quinta-feira, 5 de maio de 2016

INHAME: NUTRITIVO E ALIADO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO.

O inhame é um tubérculo, originário da África e do Sudeste Asiático, e cultivado desde a antiguidade. Durante o período colonial, os portugueses trouxeram o inhame das ilhas de Cabo Verde e São Tomé, para o Brasil, onde esse nutritivo carboidrato encontrou condições ideais para se desenvolver.
Por tratar-se de uma rica fonte de nutrientes com elevado valor energético e que confere uma consistência perfeita às papinhas dos bebês, o inhame ganhou fama de alimento imprescindível na dieta da primeira infância.
A Medicina Oriental considera o inhame um grande fortificante dos gânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa do Sistema Imune (http://goo.gl/hdaN3Y). Opor isso, o consumo desse carboidrato é altamente recomendado na prevenção de doenças como dengue, malária e febre amarela.
A presença do inhame no sangue promove uma reação imediata à invasão do mosquito causador dessas doenças, neutralizando-o antes que este se espalhe pelo corpo.
PRINCIPAIS NUTRIENTES DO INHAME
Parente da mandioca e da batata doce, rico em carboidratos e pobre em gorduras, o inhame é grande fonte de: amido; vitaminas A, do Complexo B e C; sais minerais como cálcio, fósforo, potássio e ferro e fitoquímicos como betacaroteno, e de fito-hormônios da classe de flavonas e lignanas. Dentre os principais nutrientes do Inhame (http://goo.gl/WIvd8Y), destacam-se: as fibras solúveis e o fitoquímico Diosgenina:
1. Fibras Solúveis - promovem saciedade, auxiliam no bom funcionamento intestinal e protegem o organismo contra dislipidemias e diabetes, ao “atraírem” os sais biliares e as moléculas de glicose, auxiliando no controle dos níveis sanguíneos de LDL (o “mau colesterol”) e de glicose (glicemia);
2. Diosgenina - um fito-hormônio, que há muito tempo vem sendo utilizado pelas indústrias farmacêuticas em geral. A atuação deste fitoquímico vai muito além do papel de hormônio, pois atua também diminuindo a absorção intestinal do colesterol e aumentando sua excreção. Em estudos com animais, observou-se redução dos níveis plasmáticos e hepáticos do colesterol total e aumento da presença de enzimas antioxidantes. Esses resultados demonstram que a diosgenina atua, também, para melhorar o perfil lipídico e contribui para reduzir o processo oxidativo (combate aos radicais livres).
PORQUE ALIADO DO SISTEMA IMUNE?
Grande parte das propriedades funcionais do inhame é devido à presença do fito-hormônio Diosgenina, que vem sendo estudado pelas indústrias de medicamentos. Esses Estudos têm revelado a eficácia desse fitoquímico tanto como regulador hormonal quanto potente aliado do Sistema Imune do organismo.
Desde que a reposição hormonal na menopausa foi colocada “sob suspeita”, após várias pesquisas comprovarem o aumento da incidência dos casos de câncer, a diosgenina transformou-se em tratamento alternativo para os calores, o ressecamento de mucosas e outros sintomas que acompanham essa fase da vida feminina. Um estudo avaliou a ação desse fito-hormônio na saúde da mulher pós-menopausa e concluiu que a ingestão de inhame por 30 dias: equilibra os níveis hormonais.
Entretanto, o consumo desse tubérculo também melhora o funcionamento do Sistema Imunológico e a qualidade do sangue, graças aos seus poderes depurativo e desintoxicante. Realmente, o inhame auxilia na eliminação das toxinas do sangue, as quais são excretadas, através da pele, dos rins e do intestino, comprovando a afirmação da cultura popular que diz: “o inhame limpa o sangue”.
INHAME: UM ALIMENTO FUNCIONAL
Pesquisas acadêmicas sobre as aplicações médicas do inhame e quanto à experiência no seu uso elevaram o vegetal à categoria de alimento funcional. Hoje, o inhame é recomendado no tratamento de doenças, como reumatismo, artrite, artrose, ácido úrico elevado, sinusite, viroses, micoses e hemorroidas, deixando bem claro que suas propriedades terapêuticas vão muito além de beneficiar mulheres em menopausa. Na verdade, ao combater inflamações e infecções diversas, o inhame fortalece o organismo para o combate às doenças, sendo, portanto: um aliado do sistema imunológico.
A Medicina Alternativa afirma que o emplasto de inhame puxa tudo: furúnculos, abcessos, quistos sebáceos, verrugas, espinhas insistentes, unhas encravadas, farpas ou cacos de vidro que entram nas mãos ou nos pés, além de desinflamar cicatrizes, eliminar o sangue pisado de contusões, abscessos e tumores e “agir” para baixar a febre. Durante muito tempo, o emplasto de inhame foi empregado no tratamento contra sífilis.
O emplasto de inhame pode ser empregado imediatamente após fraturas ou queimaduras para evitar inchaço e dor, e também em processos inflamatórios de hemorroidas, apendicites, artrites, reumatismos, sinusites, pleurisias, nevralgias, neurites, eczemas.
Em caso de tumores no seio ou em locais junto à pele, o emplastro de inhame deverá ser aplicado durante uma semana antes da cirurgia. De acordo com a Medicina Natural, o emplastro irá atrair toda substância semelhante que houver no interior do corpo.
COMO SELECIONAR, CONSERVAR E CONSUMIR O INHAME
Os tipos mais comuns de inhame são o japonês (os menores, mais “peludinhos” e com maiores potenciais curativos) e o chinês. Na hora de comprar, deve-se prestar atenção à firmeza do tubérculo: se apresentarem áreas amolecidas ou sinais de brotação, devem estar estragados e devem ser desprezados.
O inhame não precisa ser conservado em geladeira, mas deve ser armazenado em um local arejado, podendo durar até 10 semanas. Podem ser descascados, bem acondicionados e congelados, chegando a resistir por seis meses.
O ideal é que “a Inhame entre no cardápio substituindo outras fontes de carboidratos” como o arroz branco, a batata comum e o macarrão: ricos em amidos, pobres em fibras e com elevados Índices Glicêmicos
Pode-se incluí-lo no cardápio, especialmente no Outono e Inverno, preparando-o de formas variadas:
1. Cru em salada: ralar, temperar com azeite, sal e limão. Se desejar, pode acrescentar outros vegetais;
2. Suco: descascar, ralar e adicionar a sucos de hortaliças com limão;
3. Cozido: com casca e inteiro, no vapor ou na pressão. Descascar, temperar com azeite, cebolinha, salsinha e gengibre;
4. Pode ainda integrar receitas de sopas, cremes, purês, pães, bolos e tortas.
DICA: EMPLASTRO DE INHAME
1. Descascar e ralar, na parte mais fina do ralo, uma porção de inhame suficiente para cobrir a área afetada;
2. Ralar também um pedaço de gengibre: o equivalente a 10% do inhame ralado;
3. Misturar tudo com um pouco de farinha de trigo: apenas o suficiente para dar liga. A pasta deve ficar bem molhada, para não diminui o efeito;
4. Aplicar sobre a região adoentada, cobrir com gaze ou outro “paninho fino”: nunca cobrir com plástico ou tecidos sintéticos;
5. Em duas ou três horas o emplastro estará seco: retirar, utilizando um “paninho molhado em água morna”, se for necessário;
6. Repetir a aplicação do emplastro por duas vezes ao dia.
Bom Proveito!
Maria das Graças Teixeira
Química e Nutricionista Clínica Funcional
Diretora da MGT Nutri.
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