COLESTEROL

O sistema médico-farmacêutico pretende persuadir as populações de que o colesterol é a causa maior do infarto e dos acidentes vasculares cerebrais. Isto é falso. Jean-Marie Dupuis
Por que acontece isto? Para vender mais medicamentos anticolesterol, as estatinas. Uma pessoa em cada três com mais de 45 anos de idade (ou seja, oito milhões de indivíduos) tomam estatinas. Isto custa uma fortuna à Assistência Social (um bilhão de euros por ano). As vendas aumentam há dez anos. Mas o que não se diz é que o colesterol não é um veneno. E as pessoas sob os efeitos das estatinas põem sua saúde em risco, porque estes medicamentos geram uma longa lista de efeitos secundários debilitantes, de insuficiência cardíaca a dores musculares, sem mencionar as perdas de memória e as lesões hepáticas. Por acréscimo, um estudo publicado no American Heart Journal (janeiro de 2009), ao analisar 137.000 pacientes admitidos nos hospitais dos Estados Unidos com crise cardíaca revelou que quase 75% apresentavam uma taxa de colesterol "normal".
Conspiração para manter você doente
Por que nem os médicos, nem os cirurgiões, nem os hospitais, nem as empresas farmacêuticas e outras associações ligadas às profissões médicas não concordam em dizer a verdade sobre as estatinas? Por que não querem que se saiba que os medicamentos que diminuem as taxas de colesterol provocam numerosos efeitos secundários, sem, no entanto, proteger contra as doenças cardiovasculares? São várias as razões. Por um lado, seriam milhares de eminentes cardiologistas e credenciados professores de medicina a reconhecerem publicamente que se enganam há trinta anos e isto, creiam-me, não é fácil... Atualmente, qualquer pessoa que critique estas políticas ou delas discordem é chamada de herética, é ignorada e ridicularizada. O extraordinário livro do cardiologista Michel de Lorgeril sobre os meios naturais de evitar o infarto, que acaba de aparecer, foi totalmente ignorado pela imprensa. E unicamente por denunciar, com argumentos científicos em seu apoio, uma verdade que perturba sobremaneira o mundo médico.
Michel de Lorgeril é, no entanto, pesquisador do CNRS (a) e já escreveu centenas de artigos nas maiores revistas cientificas. Seu livro contem todas as informações mais atualizadas sobre a pesquisa e inúmeros conselhos vitais e tranquilizadores para as pessoas que cuidam de seus corações e de suas artérias.
Em face dessas revelações para milhões de doentes na França, o silêncio
da mídia é inexplicável. De outra maneira, a medicina tornou-se, lamentavelmente, um negócio que envolve muito dinheiro. E se você não tomar os remédios... ou se você advertir o enfermo ou se você curar-se naturalmente... nem ele nem ninguém ganhará um centavo sequer.
Tendo em vista estas revelações para milhões de doentes na França, o silêncio da mídia é inexplicável. Por outro lado, a medicina tornou-se, infelizmente, um negócio de grande vulto. E se você não tomar os medicamentos, ou você prevenir os doentes ou se você pessoalmente curar-se por meios naturais... ninguém ganhará sequer um centavo.
Os nutrientes que desejam esconder de você.
Entre os efeitos indesejáveis das estatinas, um dos mais perniciosos é que torna seu organismo significativamente desprovido de reservas da coenzima 10 (CoQ10).
A coenzima 10 (CoQ10) intervém nas mitocôndrias, que são pequenas centrais elétricas fornecedoras da energia que permite aos músculos se contraírem. Ora, qual é o principal músculo de seu organismo, aquele que dela mais necessita? É o coração, evidentemente.
A coenzima 10 (CoQ10) é indispensável ao funcionamento dos músculos, e o coração é o músculo mais vital. Pretender cuidar do coração esvaziando seu organismo das reservas de CoQ10, é como se um garagista esperto alterasse o motor de seu carro prometendo melhor desempenho, por traz furtando a reserva de combustível!!
Se alguém toma os medicamentos que fazem baixar a taxa de CoQ10, e este é o caso da maior parte dos remédios que fazem baixar os níveis de colesterol, por outro lado tornando-se importante compensar essa perda ministrando-se suplementos da CoQ10 por via oral.
Muito poucos médicos deste pormenor informam seus pacientes. E isto é inaceitável.
O colesterol é bom para a saúde
O colesterol muitas vezes é vilipendiado pela comunidade científica e médica, mas o fato é que ele é um componente imprescindível ao corpo humano. De fato, níveis reduzidos de colesterol estão correlacionados a problemas de saúde, em particular a hemorragias cerebrais (ataques), noutras palavras uma artéria que se rompe no cérebro, provocando um sangramento que acarreta instantaneamente uma paralisia, ou cega o paciente, faz-lhe perder a memória etc.
Ainda, um teor de colesterol baixo também foi relacionado a um risco mais elevado de câncer.
A ligação entre o risco de câncer e baixo nível de colesterol foi estabelecida de forma recorrente por estudos científicos, de tal forma a tornar-se absurdo e perigoso alguém vangloriar-se de ser portador de baixo nível de colesterol e, ainda pior, procurar atingir este estágio por meio de alimentação pobre em gordura ou, ainda mais grave, através de medicamentos.
Alguns cientistas tentaram demonstrar que a ligação entre baixo teor de colesterol e o risco elevado de mortalidade resultava de uma "causalidade inversa".
Noutras palavras, seria resultante de doenças crônicas como o câncer, por causa da baixa taxa de colesterol, e não o inverso (hipótese de Iriberren) (1).
Uma explicação possível entre a relação de taxas de colesterol e câncer, é que o colesterol é ingrediente básico da vitamina D; a vitamina D é de fato colesterol que sofreu modificação química na pele, sob o efeito dos raios solares.
No entanto, a vitamina D desempenha papel crucial no controle da reprodução celular. Um déficit crônico de vitamina D pode favorecer o desenvolvimento anárquico de células e, por consequência, de tumores cancerosos.
Outro indicativo de que o déficit de colesterol pode provocar câncer, é que um estudo no curso de quatro anos verificou que a combinação de dois medicamentos anticolesterol, a simvastatine e o Ezétimibe, correlacionava-se com um risco maior de câncer. Quando foram apreciados os resultados de três pesquisas nas quais a simvastatine e o Ezétimibe eram absorvidos em associação, o risco de morte por câncer aumentara em 45%
Mas este resultado foi posto de lado por cientistas que, de forma surpreendente, atribuíam-no ao "acaso".
Note-se que um dossiê Santé Nature Innovation sobre o colesterol foi publicado no mês de fevereiro de 2012. É, segundo tenho conhecimento, a melhor síntese já apresentada sobre o assunto, num estilo de leitura fácil e agradável.
Pode-se obter este dossiê hoje, mediante registro no Santé Nature Innovation.
Por sua saúde!
Fontes das matérias deste artigo:
(1) Alawi A., e AL.Statinas, Low-Density Lipoprotein Cholesterol and Risk of Cancer. Journal of American College of Cardiologists 2808; 52(14):1141-7
(2) - Yang X, e al. Independent associations between low-density lipoprotein cholesterol and cancer among patients with type 2 diabetes mellitus. Canadian Medical Association Journal 2008; 179(5):427-437.
(3) - Schatzkin A, e al. Serum cholesterol and cancer in the NHANES I epidemiologie followup study, National Health and Nutrition Examination Survey. Lancet 1987; 2:298-301.
(4) -Rossebo AB, e al. Intensive lipid lowering with simvastatin and ezetimibe in aortic stenosis. N Eng J Med. 2008; 359(13): 1343-56.
(5) - Peto R, e al. Analysisof cancer data from three ezetimide trials. N. Eng. J. Med 2008; 359(13):1357-66.

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