MEDICINA PREVENTIVA! VOCÊ SABE USÁ-LA?



Medicina Preventiva Ativa: prevenção de verdade!


Em primeiro lugar, muito daquilo que hoje se considera prevenção é um engodo. Por exemplo, utilizar-se de dosagem sanguínea de PSA e toque retal periódicos não previnem nada. Esses atos não reduzem a chance de se ter um câncer prostático. No máximo podem surpreender um tumor em seu estágio inicial. E isso é uma vantagem, realmente, mas não é prevenção.
Vamos ver alguns fatos que diferenciam a medicina tradicional, aquela que pratiquei por mais de 20 anos e da qual não tenho nenhuma saudade, da medicina realmente preventiva, denominada de funcional ou ativa.
Então, nesse caso específico da próstata, o que seriam realmente medidas preventivas (aquelas que evitariam o aparecimento do tumor)? Acho que concordamos que fazer PSA e toque retal não atuam diretamente na possibilidade de surgimento da doença. É de fundamental importância que se conheçam as causas do câncer prostático e dos fatos que possibilitam o gatilho que dispara a doença. Só a título de informação, esse câncer em especial tem um forte componente genético e é facilitado por obesidade, alimentação inadequada, particularmente por consumo regular de leite e derivados, carboidratos refinados e ingestão de xenoestrógenos (falsos hormônios femininos que estão presentes em vários recipientes de plástico e agrotóxicos) e produtos de soja transgênica (quase todas hoje), além do hábito de fumar e beber álcool. O estresse crônico atua como uma lente de aumento nessas causas.
Mas, voltando ao assunto central, o que gosto na medicina preventiva ativa (ou funcional) é que ela vai em busca dos riscos de desenvolver doenças que encurtam a vida e detonam sua qualidade. Vai buscar no ambiente oculto sinais de que determinadas enfermidades já iniciaram seu processo de aparecimento. Como exemplo, atualmente é possível vislumbrar o aparecimento do diabetes cerca de 9 anos antes de sua instalação “oficial”.
Sendo assim, muito mais importante e interessante é evitar que a doença se manifeste (o que é possível e desejável), que seja contida e dominada. Não como a medicina tradicional faz: espera o “pipoco” para – só então – tomar medidas paliativas e, às vezes, inócuas ou provocadoras de várias outras doenças (tratamento como causa de mais doença).
Antecipar e dissolver a doença antes de seu aparecimento é inteligente, barato e eficaz. Mas, triste do médico que tomar esse caminho. Os próprios colegas mergulhados na corrente tradicional e a indústria farmacêutica, a Big Pharma, não perdoarão: baterão sem piedade nesses profissionais que ousaram desafiar o status quo. A medicina preventiva ativa não é para qualquer um; é para aqueles que não se importam em levar sopapos de todo lado, para os resistentes e que, na vanguarda, abrem alternativas muito mais saudáveis do que as da medicina tradicional, a da doença.

Qual a Medicina que realmente importa?


Vamos aprofundar um pouco mais. Qual a medicina realmente importa? A preventiva ou aquela que apenas remedia? A que remedia, chamada paliativa ou alopata, tem sua importância, especialmente nas situações de emergência, onde vale tudo. Muito mais pela brecha deixada na falha da implementação da medicina preventiva como a principal do que por qualquer outra razão. A medicina preventiva é, de longe, a mais importante. Contudo, também é que menos traz lucros financeiros, tanto para a indústria farmacêutica, quanto para os profissionais de saúde. Mas é a única que realmente promove saúde, pois não deixa chegar à situação de necessidade de cura. A doença que, formando-se “embaixo do tapete”, pode ser identificada com antecedência, ou seja,  antes de sua manifestação e, adequadamente, impedida de se manifestar, é realmente o sinônimo de saúde.
Pare e pense. Pense mesmo. Reflita. Você é capaz e não precisa ser médico para isso. Qual a medicina é importante? A que cura. Mas, nem sempre é possível curar. Há janelas (oportunidades) que, se passadas, impedem a cura. Então, entram em cena os procedimentos paliativos, aqueles que aliviam sintomas perturbadores e desagradáveis. São importantes, porém denotam que a oportunidade de prevenção e cura foram desperdiçadas. Ou por responsabilidade do paciente ou do profissional de saúde assistente, ambas de modo consciente ou não. Associadas ou não.
Não é essa a medicina que se pratica neste país. Infelizmente. A alma médica do Brasil está entregue às multinacionais farmacêuticas, que ditam modas e tratamentos “revolucionários”. E caros. E prolongados “até a missa de sétimo dia”, como dizem alguns médicos, tentando ser engraçados (só tentando!). O belo da medicina é descobrir a doença de está por vir e bloquear (janela de oportunidade) sua manifestação plena e não, exatamente quando não têm mais cura e sim, cuidados paliativos (e financeiramente custosos). Não é à toa que 20 a 50% da renda dos aposentados são destinadas a medicamentos que quase nada curam. Mantêm-lhes vivos, mais sem um pingo de saúde.

Medicina Preventiva: a verdadeira promoção de saúde
Com 25 anos de medicina, 23 dos quais dedicados a essa medicina “meia tigela”, consigo enxergar hoje que pesquisar com antecedência e evitar a manifestação da doença que está por vir é a verdadeira promoção de saúde. Realizar mamografias, ultrassonografias, tomografia, cintilografias ou dosagens de disso ou daquilo não é prevenção. Realizar mamografia ou dosagens de PSA (além de muitas outras “prevenções”) é apenas tentativa de detecção precoce. Grave bem: detecção precoce! E isso nada tem a ver com prevenção.
Prevenção é saber que seus níveis de homocisteína, lipoproteína-A, PCR-US, fibrinogênio e insulina em jejum estão elevados e informam que você vai infartar, ter um AVC ou se tornar um diabético. Colesterol não é um bom marcador para isso. No fundo, colesterol não mata ninguém, pois é uma molécula fundamental para a vida, para a produção de vitamina D (que é um hormônio) e para a fabricação de hormônios esteroidais-sexuais. Não é o colesterol que promove o infarto ou derrame; é inflamação subclínica crônica que habita seu corpo em virtude da alimentação inadequada (consumo de soja e derivados, margarinas, óleos de cozinha, leite e derivados, refrigerantes, sucos de caixa, açúcar, adoçantes) e contaminação ambiental, além de agrotóxicos e danosos pesticidas e embalagens de plásticos.
Portanto, comece a refletir: a medicina tradicional cura ou é um “faz-de-conta”? Tem visto pessoas que tomam 5, 7, 10 ou 12 medicamentos por dia? Elas têm saúde? Alguém orienta sua alimentação com propriedade? Ou simplesmente manda que você evite isso ou aquilo na sua alimentação, mas sempre sem muita convicção? Sugiro que abra seu olho e sua mente: exija de seu médico o máximo de informações possível e não se contente com explicações superficiais e que não induzam à sua convicção de que está no caminho certo com o médico certo.
Fonte:
http://www.drbayma.com/tag/carlos-bayma/

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