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Afinal, a gordura faz mal?



É indiscutível a eficácia das dietas LOW CARB, o grande motivo que leva médicos e nutricionistas a condená-las é o fato de tratarem-se de dietas ricas em gorduras, inclusive, inclusive gordura saturada. 🌰Como a teoria lipídica sugere que a gordura saturada eleva o LDL, e o LDL leva à obstrução das artérias, estas dietas seriam perigosas. Outro motivo é o mito das dietas low carb serem dietas altas em proteínas, o que não é verdade. 🐟Há alguns bons motivos para crer que esta postura esteja equivocada. Em primeiro lugar, uma dieta que restringe carboidratos que nos engordam faça mal para o sistema cardiovascular. 🐖Afinal a obesidade, sim, é um fator de risco para doenças cardiovasculares, bem como para o diabetes e a síndrome metabólica, que, por sua vez, também são fatores de risco. 🍳Pode parecer loucura, mas a ideia de que uma dieta rica em gordura faz mal à saúde é oriunda da décadas de 50 e 60 baseada em um estudo epidemiológico repleto de problemas, como analisar dietas com gorduras em animais como o coelho. Estudos de Ancel Keys que nunca foram confirmadas experimentalmente em humanos. 🚨A ideia de que a gordura na dieta causa doença cardíaca vem de um estudo de 1953 publicado por um fisiologista (sem experiência clínica com pacientes). 🤔Foi realizado um levantamento de 6 países comparando o consumo de gordura per capita (por consumo do país, sem questionários com pacientes) e a mortalidade por causas cardiovasculares (atestado de óbito, sem confirmação de causa). 📈O que se sucedeu depois foram vários estudos de restrição de gorduras na dieta com milhares de pacientes e ao custo de bilhões de dólares, alguns mostrando menos e outros mais mortes. 💣 Em 2001, foi publicado uma metanálise definitiva. O resultado? Não há ❤️NENHUMA diferença na mortalidade cardiovascular entre pessoas que restringiram a gordura na dieta e as que não restringiram. 🌴Se você tem medo de gordura saturada, porque consome óleo de coco que é 100% saturada e sai falando que é saudável? Pense nisso. 🔬 Referência: B.M.J. 2001; 322 (7289):757-63
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