HISTÓRIA DA SOJA - TUDO O QUE ELES NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA
No
mundo inteiro, o setor de soja movimenta uma fortuna em dinheiro.
E
tentam nos fazer acreditar que devemos consumir soja porque ela faz
muito bem.
Será
verdade?
Propagada
como um alimento rico em proteínas, baixo em calorias, carboidratos
e gorduras, sem colesterol, rico em vitaminas, de fácil digestão,
um ingrediente saboroso e versátil na culinária, a soja, na
verdade, é mais um conto do vigário do qual a maioria é vítima.
A
soja vem da Ásia, mais especificamente da China.
Porém
os chineses só consumiam produtos fermentados de soja, como o shoyu
e o missô.
Não
é à toa que os antigos chineses não se alimentavam do grão de
soja.
Hoje
a ciência sabe que ele contém uma série de substâncias que podem
ser prejudiciais à saúde e que recebem o nome de antinutrientes.
Um
desses antinutrientes é um inibidor da enzima tripsina, produzida
pelo pâncreas e necessária à boa digestão de proteínas.
Os
inibidores da tripsina não são neutralizados pelo cozimento.
Com
a redução da digestão das proteínas, o caminho fica aberto para
uma série de deficiências na captação de aminoácidos pelo
organismo. Animais de laboratório desenvolvem aumento no tamanho do
pâncreas e até câncer nessa glândula quando submetidos a dietas
ricas em inibidores da enzima tripsina.
Uma
pessoa que não absorve corretamente os aminoácidos tem seu
crescimento e desenvolvimento prejudicados.
Você
já notou que os japoneses são, normalmente, mais baixinhos?
Já
os descendentes que vivem em outros países e adotam as dietas desses
países costumam ter uma estatura maior que a média no Japão
(Wills, M. R. et al. Phytic acid and nutritional rickets in
immigrants. The Lancet, 8 de abril de 1972, p. 771-773).
O
efeito inibidor da absorção de aminoácidos pode comprometer a
fabricação de inúmeras substâncias formadas a partir deles, entre
os quais os neurotransmissores.
A
enxaqueca, a cefaléia em salvas, a cefaléia do tipo tensional e
outras dores de cabeça, além de depressão, ansiedade, pânico e
fibromialgia, são causadas por um desequilíbrio dos
neurotransmissores. Qualquer fator que prejudique a sua fabricação
pode aumentar ou perpetuar esse desequilíbrio.
A
soja contém também uma substância chamada hemaglutinina, que pode
aumentar a viscosidade do sangue e facilitar a sua coagulação.
Portadores de enxaqueca já sofrem de um aumento na tendência de
coagulação do sangue e têm propensão maior a acidentes
vasculares. A pior coisa para esses indivíduos é ingerir
substâncias que agravam essa tendência.
Tanto
a tripsina quanto a hemaglutinina e os fitatos são neutralizados
totalmente pelo processo de fermentação natural da soja na
fabricação de shoyu e missô, e parcialmente durante a fabricação
de tofu.
Os
fitatos, ou ácido fítico, são substâncias presentes não apenas
na soja, mas também em todas as sementes, que bloqueiam a absorção
de uma série de substâncias essenciais ao organismo, como cálcio
(osteoporose), ferro (anemia), magnésio (dor crônica) e zinco
(inteligência).
Você
não sabia de nada disso?
Mas
a ciência já sabe, estuda esse fenômeno extensamente e não tem
dúvidas a respeito.
Já
comprovou esse fato em estudos realizados em países subdesenvolvidos
cuja dieta é baseada largamente em grãos (Van-Rensburg et al.
Nutritional status of African populations predisposed to esophageal
cancer. Nutr Cancer, v. 4, p. 206-216; Moser, P. B. et al. Copper,
iron, zinc and selenium dietary intake and status of Nepalese
lactating women and their breast-fed infants. Am J. Clin Nutr, v. 47,
p. 729-734; Harland, B. F. et al. Nutritional status and phytate zinc
and phytate x calcium zinc dietary molar ratios of
lacto-ovo-vegetarian. Trappist monks 10 years later. J. Am Diet
Assoc., v. 88, p. 1562-1566).
Claro
que a divulgação desse conhecimento não é do interesse de toda
uma indústria multibilionária da soja.
A
soja contém mais fitato que qualquer outro grão ou cereal (El tiney
ah proximate composition and mineral and phytate contents of legumes
grown in Sudan. Journal of Food Composition and Analysis, v. 2, 1989,
p. 67-78).
Nos
demais cereais e grãos (arroz integral, feijão, trigo, cevada,
aveia, centeio, etc.), é possível reduzir bastante e neutralizar em
grande parte o conteúdo de fitatos com cuidados simples, como
deixá-los de molho por várias horas e, em seguida, submeter a um
cozimento lento e prolongado (Ologhobo, A.D. et al. Distribution of
phosphorus and phytate in some Nigerian varieties of legumes and some
effects of processing. J Food Sci, v. 49, n. 1, p. 199-201).
Já
os fitatos da soja não são reduzidos por essas técnicas simples,
requerendo para isso um processo bem longo (muitos meses, no mínimo)
de fermentação. O tofu, que passa por um processo de precipitação,
não tem os seus fitatos totalmente neutralizados.
Interessantemente,
se produtos como o tofu forem consumidos com carne, ocorre uma
redução dos efeitos inibidores dos fitatos (Sandstrom, B. et al.
Effect of protein level and protein source on zinc absorption in
humans. J Nutr, v. 119, n. 1, p. 48-53; Tait, S. et al. The
availability of minerals in food, with particular reference to iron.
J. R. Soc. Health, v. 103 n. 2, p. 74-77).
Mas
geralmente os maiores consumidores de tofu são vegetarianos que
pretendem consumi-lo em lugar da carne! O resultado? Deficiências
nutricionais que podem levar a doenças como dores crônicas e
fibromialgia.
O
zinco e o magnésio são necessários para o bom funcionamento do
cérebro e do sistema nervoso.
O
zinco, em particular, está envolvido na produção de colágeno, na
fabricação de proteínas e no controle dos níveis de açúcar no
sangue, além de ser um componente de várias enzimas essencial para
o nosso sistema de defesas.
Os
fitatos da soja prejudicam a absorção do zinco mais do que qualquer
outra substância (Leviton, Richard. Tofu, tempeh, misso and other
soyfoods. The "Food of the Future" - How to Enjoy Its
Spectacular Health Benefits, Keats Publishing Inc, New Canaan, CT,
1982, p. 14-15).
Por
causa da tradição oriental, a indústria da soja conseguiu
inseri-la em um status de "alimento saudável", sem
colesterol, e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais
vegetariano. Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas
desinformados, ou melhor, mal informados por publicações
pseudocientíficas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja,
fornecendo conselhos em programas de TV em rede nacional para
consumi-la na forma de leite de soja (até para bebês!), carne de
soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de
soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteína texturizada de soja
e a maior sensação do momento: comprimidos de isoflavona de soja.
A
divulgação na grande mídia desses produtos, de paladar no mínimo
duvidoso, como saudáveis tem resultado em uma aceitação cada vez
maior deles pela população.
Sabe
como se faz leite de soja industrializado?
Primeiro,
deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a
tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da
tripsina.
Depois
essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão.
Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos
antinutrientes, mas, em troca, danifica a estrutura das proteínas,
tornando-as desnaturadas, de difícil digestão (Wallace, G. M.
Studies on the processing and properties of soymilk. J Sci Fd Agric,
v. 22, p. 526-535).
Além
disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a
absorção de nutrientes essenciais.
A
propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é
à base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo,
cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai
para a sua mesa e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias
cancerígenas.
Esse
n-hexano reduz também a concentração de um aminoácido importante,
a cistina (Berk, Z. Technology of production of edible flours and
protein products from soybeans. FAO Agricultural Services Bulletin,
97. Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas, p.
85, 1992).
Felizmente,
a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral -
alimentos normalmente evitados pelos consumidores de leite de soja.
Mas
como?
A
soja não é saudável?
Não
é isso que dizem os médicos e nutricionistas?
Infelizmente,
a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa
a toda a indústria alimentícia.
A
alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio.
Dois
terços de todos os alimentos processados industrialmente contêm
algum derivado da soja em sua composição.
É
só conferir os rótulos.
A
lecitina de soja atua como emulsificante.
A
farinha de soja aumenta a "vida de prateleira" de uma série
de produtos.
O
óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos.
A
indústria da soja é enorme e poderosa.
E
como se fabrica a proteína de soja?
Em
primeiro lugar, retira-se da soja moída o seu óleo e o seu
carboidrato usando solventes químicos e alta temperatura. Em
seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras.
Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação
utilizando um banho ácido. Por último, vem um processo de
neutralização com uma solução alcalina. Segue-se a uma secagem a
altas temperaturas e à redução do produto a um pó. Esse produto,
altamente manipulado, tem seu valor nutricional totalmente
comprometido. As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina
permanecem firmes e fortes (Rackis, J. J. et al. The USDA trypsin
inhibitor study. I. Background, objectives and procedural details.
Qual Plant Foods Hum Nutr, v. 35, p. 232).
Não
existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja
a exibir nos rótulos a quantidade de inibidores da tripsina. Também
não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas desse
produto. Que conveniente!
O
povo, coitado, só foi "treinado" para ficar de olho na
quantidade de coleterol – esta informação sim, sim, presente em
todos os rótulos. Uma substância natural e vital para o
crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do
organismo como um todo.
O
povo nunca ouviu falar nos antinutrientes e inibidores da tripsina
dos alimentos de soja.
A
proteína texturizada de soja (proteína texturizada vegetal, carne
de soja) tem ainda como agravante a adição de glutamato
monossódico, no intuito de neutralizar o sabor do grão e criar um
sabor de carne.
Alguns
pesquisadores acreditam que o grande aumento das taxas de câncer de
pâncreas e fígado na África se deve à introdução de produtos de
soja naquela região (Katz, S. H. Food and biocultural evolution a
model for the investigation of modern nutritional problems.
Nutritional Anthropology, Alan R. Liss Inc., 1987 p. 50).
Soja
transgênica
É
outro ponto negativo da soja.
Infelizmente,
a soja produzida no Brasil hoje é quase toda modificada
geneticamente.
Dica
Quando
consumir soja, utilize apenas os derivados altamente fermentados,
como o missô e o shoyu.
Mesmo
assim, muita atenção para os rótulos.
Compre
apenas se neles estiver escrito "fermentação natural" e
se NÃO contiverem produtos como glutamato monossódico e outros
ingredientes artificiais. Quando consumir tofu, certifique-se de
lavá-lo com água corrente, pois grande quantidade dos
antinutrientes ficam no seu soro.
*Texto
adaptado de “Soja, a história não é bem assim”, de Alexandre
Feldman, publicado em www.enxaqueca.com.br
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