Pular para o conteúdo principal

Dieta anti-inflamatória e antioxidante.

Dieta anti-inflamatória e antioxidante


A maneira através da qual uma pessoa envelhece depende do que ela come, já que os alimentos consumidos diariamente podem contribuir para inibir a inflamação do organismo ou promovê-la.
São várias as causas de inflamação no organismo, sendo a dieta uma das principais. Os alimentos que se consomem podem ser inflamatórios, ou seja, geram uma resposta inflamatória no organismo ou podem ser anti-inflamatórios, isto é, suprimem a resposta inflamatória.

Alimentos inflamatórios


Os alimentos inflamatórios são os que causam uma rápida elevação dos níveis de glicose no sangue (alimentos com alto índice glicêmico), ocasionando a liberação de insulina na corrente sanguínea. Estes alimentos são o açúcar, a batata, os pães, os bolos, os sucos, as batatas fritas ou os chips, entre outros.
O açúcar não só contribui com o aumento rápido dos níveis de glicose no sangue, mas também pode se ligar ao colágeno da pele e de outras partes do corpo através de um processo chamado glicação. Nos locais onde o açúcar se liga ao colágeno pode ocorrer inflamação. Esta inflamação produz enzimas que rompem o colágeno, dando como resultado o aparecimento de rugas. Além de criar inflamação, a glicação provoca o endurecimento e a perda de flexibilidade do colágeno.

Figura 7.1: Glicação da pele. Quando o açúcar entra em contato com o colágeno, ocorre uma reação imediata gerando espécies reativas de oxigênio (EROs) que levam à inflamação e ao entrecruzamento do colágeno. Por outro lado, também são produzidos produtos de glicação avançada (AGEs) que se ligam aos receptores nas células, causando inflamação, inibindo o crescimento celular da pele e contribuindo para o entrecruzamento do colágeno.

O consumo excessivo de açúcar também produz ligações entre o açúcar e as proteínas que se acumulam no organismo com o passar do tempo. O açúcar não só se liga ao colágeno, mas também às veias, às artérias, aos ligamentos, aos ossos e ao cérebro, contribuindo para a deterioração dos órgãos e o endurecimento das artérias e das articulações.

Os alimentos de alto índice glicêmico promovem a elevação do nível de glicose no sangue, o que aumenta os níveis de insulina e contribui para a inflamação do organismo. A inflamação produz glicação (ligação das moléculas de açúcar às proteínas), o que ocasiona a formação de radicais livres, aumentando a inflamação celular.
A glicação pode ocorrer na pele, criando mudanças no colágeno e contribuindo para o aparecimento de rugas. Quando a glicação ocorre na pele, as moléculas de açúcar ligam-se às fibras de colágeno, ocasionando várias reações químicas, o que resulta na perda da elasticidade da pele e na formação de rugas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

METABOLISMO

O corpo humano é regido por uma complexa rede de comunicação celular, com o sistema endócrino agindo como maestro. Hormônios, os mensageiros químicos, conectam órgãos e tecidos, ajustando funções às demandas internas e externas para manter a homeostase. O tecido adiposo, além de armazenar energia, secreta leptina, que controla o apetite ao informar o cérebro sobre as reservas de gordura, e adiponectina, que melhora a sensibilidade à insulina. O músculo esquelético, além de gerar movimento, age como órgão endócrino, liberando irisina, que converte gordura branca em bege, e mionectina, que modula o metabolismo lipídico. O fígado contribui com angiotensinogênio, que regula a pressão arterial, e hepcidina, que ajusta os níveis de ferro no organismo. O pulmão, além de oxigenar o sangue, converte angiotensina I em angiotensina II, um vasoconstritor potente, e a bradicinina, que modula inflamações e tônus vascular. Os rins regulam líquidos e minerais com renina, que ativa...

QUEIJO

Para produzir 1 kg de queijo branco, são necessários mais de 10 litros de leite, o que resulta em uma alta concentração de caseína e hormônios naturais presentes no leite, como estrogênio, progesterona e o fator de crescimento IGF-1. ➡️ A caseína do Leite A1 possuir uma péssima digestibilidade, tendo como produto a Beta-casomorfina-7(BCM-7), um peptídeo opiode que está relacionado à inflamação, desordens intestinais, alterações do sistema nervoso e possível relação com doenças crônicas. E por ter uma alta quantidade de leite, o consumo desse queijo faz produzir muito BCM-7. ➡️ Os hormônios naturais, por sua vez, podem interferir no equilíbrio hormonal do corpo, sendo um ponto de atenção para quem tem condições hormonais, como endometriose ou histórico de câncer de mama, próstata, ovário e endométrio. Além disso, os níveis de IGF-1 no queijo branco, por ser um alimento concentrado, podem estar associados ao crescimento celular, o que pode ser preocupante em algumas condições. Se pre...

"Superalimentos Tóxicos:

"Superalimentos Tóxicos: Como a sobrecarga de oxalato está deixando você doente — e como melhorar", Sally Norton mergulha no paradoxo de como alguns alimentos considerados benéficos para a saúde podem, na verdade, ser prejudiciais. O vilão central desta narrativa são os oxalatos, ou ácido oxálico, substâncias presentes em uma variedade de plantas, como leguminosas, cereais, sementes, nozes, frutas, bagas e ervas. Os oxalatos são compostos químicos que, em sua forma pura, são conhecidos como ácido oxálico, um agente corrosivo e potencialmente tóxico. Esta substância, ao se ligar a minerais, forma sais denominados oxalatos. Um exemplo notório é o oxalato de cálcio, que, ao se acumular no organismo, pode contribuir para a formação de cálculos renais dolorosos. Além disso, ao contrário de outras toxinas alimentares, os oxalatos são resistentes a métodos de preparação de alimentos como cozimento, imersão ou fermentação. Até mesmo a suplementação mineral é insuficiente para n...