Pular para o conteúdo principal

Magnésio no tratamento de arritmias cardíacas graves, como fibrilação atrial, extra-sístoles e taquicardias.

Entre 40 e 60% das pessoas que sofrem ataques cardíacos súbitos podem ter nenhuma obstrução arterial ou histórico de batimentos cardíacos irregulares(AM J Cardiology, vol 75, pp. 321-323, 1995). Duas causas suspeitas são: espasmos nas artérias coronárias e ocorrência de uma perturbação grave do ritmo cardíaco, como fibrilação atrial. Ambas as causas podem ser resultante de uma deficiência de magnésio (Pierce JB, Heart Healthy Magnesium: Your Nutrition Key to Cardiovascular Wellness, Avery Publishing Group, New York, 1994; Iseri LT, “Magnesium and cardiac arrhythmias”, Magnesium, vol. 5, nos, 3-4, po. 111-126, 1986.; Magnesium, vol. 8, pp. 229-306, 1989).
Níveis baixos de magnésio faz com que o músculo cardíaco fique muito sensível, levando ao desenvolvimento de uma pertubação do ritmo que não poderá ser interrompido sem intervenção médica de urgência. A médica Dra. Carolyn Dean, autora do livro ‘The Magnesium Miracle, informa que:
“É importante reconhecer a possibilidade de deficiência de magnésio, e aplicar imediatamente o magnéiso por via intravenosa. Batimentos cardíacos rápidos ou taquicardia atrial, extra-sístoles, fibrilação atrial, todos essas condições respondem favoravelmente por administração de magnésio intravenoso (Am J Med Sci, vol. 206, pp. 43-48, 1943; Scand Cardiovasc J, vol. 33n. 5, pp. 300-305, 1999; Magnes Res, vol. 13, n. 2, pp-111-112, 2000; J Intern Med, vol. 247, pp. 78-86, 2000; Acta Pharmacol Toxicol Copenh, vol. 54, suppl. 1, pp 119-123, 1984; JAMA, vol 268, pp. 2395-2402, 1992; Ann Thorac Surg, vol 59, pp. 942-947, 1995; Ann Thorac Surg, vol. 72, n. 4, pp. 1256-1261, 2001).”
A importância do magnésio no tratamento de arritmias cardíacas foi demonstrado pela primeira vez em 1935 (Klin Wochenschr, vol. 14, pp. 1429-1433, 1935). Segundo o naturopata e pesquisador Dr. Mark Sircus, autor do livro “Magnesium: The Ultimate Heart Medicine”:
“Desde então tem havido inúmeros estudos mostrando o benefício do magnésio para muitos tipos de arritmias, incluindo, fibrilação atrial, contrações prematuras ventriculares, taquicardia ventricular e arritmias ventriculares graves. Suplementação de magnésio também foi demonstrado ser útil no tratamento de angina, quer devido a um espasmo da artéria coronária ou aterosclerose.”
(…)
O magnésio é indicado para arritmias ventriculares relacionadas com a toxidade digitálica, e overdose de antidepressivos tricíclicos. Em pacientes criticamente enfermos, a administração de magnésio mostrou-se mais eficaz do que o medicamento Amiodarona para a conversão de taquiarritmias atriais agudas (Br J Anaesth 1999, 83: 302-20).”
A síndrome de morte súbita por arritmia repentina é um mal funcionamento da atividade elétrica no coração. É uma desordem do sistema elétrico do coração que pode levar à morte pessoas aparentemente saudáveis, sem qualquer aviso. O problema centraliza-se no período de tempo que leva o sistema elétrico para recarregar depois de uma batida do coração. Isto é conhecido como o intervalo QT. As pessoas que tem um intervalo QT longo são mais vulneráveis a uma arritmia.
O magnésio tem um efeito estabilizador sobre as membranas celulares, particularmente no músculo cardíaco. Um coração saudável gera impulsos elétrico estáveis e previsíveis. A falta de magnésio permite impulsos elétricos instáveis o que faz gerar ritmos cardíacos anormais (NY State J Med. 1986 Mar; 86(3): 133-6; Clin Cardiol. 1992 Aug; 15(8): 556-68). As pesquisas sobre a administração de magnésio , ao longo dos anos, tem se concentrado o seu uso durante um ataque cardíaco para reduzir a morte por arritmias fatais (Magnes Res 2003 Mar; 16(1): 65-9).
O magnésio deve ser levado para todas as condições do coração, exceto quando a pressão arterial está muito baixa, ou quando há suspeita de insuficiência renal. Uma vez que nenhum medicamento pode substituir o magnésio, este mineral é indicado para a maioria dos pacientes cardíacos. O magnésio, em particular em sua forma de cloreto (cloreto de magnésio), é o suplemento definitivo tanto para a prevenção como para tratamento de doenças cardíacas.
*Todas as referências científicas foram citadas na matéria . Além disso, este texto fundamenta-se nos seguintes livros:
1. Magnesium: The Ultimate Heart Medicine – Dr. Mark Sircus
2. The Magnesium Miracle – Dra. Carolyn Dean
3. https://nutricaobrasil.wordpress.com/2014/04/07/magnesio-no-tratamento-de-arritmias-cardiacas-graves-como-fibrilacao-atrial-extra-sistoles-e-taquicardias/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Superalimentos Tóxicos:

"Superalimentos Tóxicos: Como a sobrecarga de oxalato está deixando você doente — e como melhorar", Sally Norton mergulha no paradoxo de como alguns alimentos considerados benéficos para a saúde podem, na verdade, ser prejudiciais. O vilão central desta narrativa são os oxalatos, ou ácido oxálico, substâncias presentes em uma variedade de plantas, como leguminosas, cereais, sementes, nozes, frutas, bagas e ervas. Os oxalatos são compostos químicos que, em sua forma pura, são conhecidos como ácido oxálico, um agente corrosivo e potencialmente tóxico. Esta substância, ao se ligar a minerais, forma sais denominados oxalatos. Um exemplo notório é o oxalato de cálcio, que, ao se acumular no organismo, pode contribuir para a formação de cálculos renais dolorosos. Além disso, ao contrário de outras toxinas alimentares, os oxalatos são resistentes a métodos de preparação de alimentos como cozimento, imersão ou fermentação. Até mesmo a suplementação mineral é insuficiente para n...

QUEIJO

Para produzir 1 kg de queijo branco, são necessários mais de 10 litros de leite, o que resulta em uma alta concentração de caseína e hormônios naturais presentes no leite, como estrogênio, progesterona e o fator de crescimento IGF-1. ➡️ A caseína do Leite A1 possuir uma péssima digestibilidade, tendo como produto a Beta-casomorfina-7(BCM-7), um peptídeo opiode que está relacionado à inflamação, desordens intestinais, alterações do sistema nervoso e possível relação com doenças crônicas. E por ter uma alta quantidade de leite, o consumo desse queijo faz produzir muito BCM-7. ➡️ Os hormônios naturais, por sua vez, podem interferir no equilíbrio hormonal do corpo, sendo um ponto de atenção para quem tem condições hormonais, como endometriose ou histórico de câncer de mama, próstata, ovário e endométrio. Além disso, os níveis de IGF-1 no queijo branco, por ser um alimento concentrado, podem estar associados ao crescimento celular, o que pode ser preocupante em algumas condições. Se pre...

AGROTÓXICOS.

O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo e isso tem gerado preocupações significativas quanto à contaminação dos alimentos e aos impactos na saúde. Os vegetais comprovadamente possuem baixa biodisponibilidade de vitaminas, e a presença dos antinutrientes somada ao grande volume de agrotóxicos utilizados no país, tornam o consumo desses alimentos mais prejudicial do que benéfica. Se você faz questão de consumir frutas e vegetais, pelo menos, dê preferência para os orgânicos. E lembrando, o alimento mais completo e saudável para o ser humano é carne gorda. • “Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática” destaca que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo, com evidências dos malefícios decorrentes da exposição a essas substâncias. A revisão, que abrangeu estudos de 2011 a 2017, identificou impactos negativos tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. • “Agrotóxicos: os venenos ocultos na nossa mesa” analis...