ARGILA É EFICAZ CONTRA FERIMENTOS E INFECÇÕES
As argilas são usadas há milénios para curar ferimentos e infecções, mas só agora os cientistas estão a estudar os seus mecanismos de ação.
Argila antibacteriana
Cientistas acreditam ter dominado mais uma antiga técnica usada pela medicina popular.
Há milénios, em várias partes do mundo, as pessoas vêm usando a argila para fazer emplastros para o tratamento e cicatrização de queimaduras e outros ferimentos.
Agora, a equipe da Dra. Lynda Williams, da Universidade do Estado do Arizona (EUA), descobriu que a argila pode ser ainda mais poderosa do que se acreditava.
Os pesquisadores demonstraram que uma argila natural, extraída de um depósito vulcânico no estado do Oregon, é capaz de destruir até mesmo as temidas superbactérias.
As superbactérias, como a MRSA, são microrganismos que se tornaram resistentes aos antibióticos, representando hoje um problema mundial de saúde.
"Conforme surgem novas estirpes bacterianas resistentes aos antibióticos, representando crescentes riscos para a saúde, desenvolver novos agentes antibacterianos é uma necessidade urgente," disse ela.
Argila medicinal
A boa notícia é que, no laboratório, a argila natural destruiu estirpes de Escherichia coli e Staphylococcus epidermidis.
A equipe descobriu que a argila disponibiliza grandes quantidades do elemento ferro, interrompendo o metabolismo das bactérias. As células bacterianas foram inundadas com o excesso de ferro, sobrecarregando as proteínas de reserva do elemento e matando as bactérias.
"A capacidade das argilas antibacterianas para controlar o pH também parece ser essencial para seu potencial de cura e sua viabilidade como alternativa aos antibióticos convencionais," afirma a equipe num artigo publicado na revista científica Environmental Geochemistry and Health.
Estudos feitos na França, onde são comuns os "banhos minerais" ou "banhos de argila", já haviam demonstrado que o material natural tem não apenas propriedades antibacterianas, mas também é capaz de tratar úlceras, destruindo o patogénio Mycobacterium ulcerans.
"Nós podemos usar estas informações para propor o uso medicinal de determinadas argilas naturais, especialmente na cicatrização de ferimentos," disse a pesquisadora.
Estes resultados também deverão incentivar outros pesquisadores a estudar os diversos tipos de argila disponíveis em todo o mundo, já que nem todas têm a mesma composição química, devendo ser selecionadas aquelas que realmente produzem os efeitos antibacterianos.
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