O Que É O Magnésio Dimalato? Para Que Serve? Quais Os Benefícios.
O Magnésio Dimalato é um suplemento nutricional que além de ser fonte de Magnésio, oferece em sua composição o Ácido Málico. Para entendermos os benefícios e aplicações do Magnésio Dimalato na saúde, precisamos primeiramente entender cada um dos dois nutrientes isoladamente. Vamos lá…
Importância do Magnésio
O Magnésio é um mineral essencial para a vida humana. Ele participa de várias reações celulares, sendo responsável por quase todas as ações que envolvem anabolismo e catabolismo (construção e quebra de complexos orgânicos).
Mais de 300 sistemas enzimáticos dependem da presença de Magnésio. Ele regula diversas reações bioquímicas no corpo, incluindo a glicólise, o metabolismo proteico e lipídico. O Magnésio é necessário para a produção de energia tanto na via aeróbia quanto na via anaeróbia, regula a pressão arterial, atua na excitação muscular e no impulso nervoso, mantém o rítmo cardíaco normal, regula o nível de potássio dentro da célula, participa da síntese de DNA e RNA, contribui para o desenvolvimento estrutural do osso e atua no controle da glicose no sangue. (1,2,3)
Mais da metade do Magnésio encontrado no organismo, fica armazenado nos ossos e o restante distribuído entre a musculatura e os tecidos moles (coração, fígado, intestino, pele e outros tecidos conectivos). O Magnésio transita lentamente entre os ossos, músculos e demais tecidos, porém no caso de deficiência, o Magnésio é mobilizado dos tecidos ósseos e muscular para suprir a demanda dos órgãos vitais, como coração e fígado.
O Magnésio está presente naturalmente em diversas hortaliças, legumes, frutas e feijões, em concentrações variadas. Já os vegetais escuros folhosos, sementes oleaginosas, cereais integrais e frutas secas apresentam altas concentrações de Magnésio.
A Recomendação dietética diária (Recommended Dietary Allowances – RDA) para o Magnésio é de 400 a 420 para homens adultos e 310 a 320 mg para mulheres adultas. Entretanto, em países industrializados, cuja cultura alimentar “fora do lar” vem se disseminando na mesma proporção do aumento do consumo de alimentos processados, cujo valor nutricional baseia-se em energia, é comum encontrar prevalência de deficiência dietética de Magnésio. O consumo inadequado de Magnésio, vem sendo associado ao surgimento de diversas doenças crônicas. É crescente o número de evidências científicas que apontam o papel protetor dos nutrientes da dieta na etiologia e progressão das doenças crônicas. (4)
De acordo com a Pesquisa de Orçamento Familiar 2008-2009 (POF), na qual foram entrevistados 13.569 domicílios de todas as regiões brasileiras, afim de avaliar a qualidade da alimentação da população, observou-se elevadas prevalências de inadequação de vitaminas e Magnésio na população adulta, de ambos os sexos, destacando-se a população idosa com os piores resultados. A implicação das elevadas prevalências de inadequação de Magnésio, pode ser decorrente da pouca variedade de alimentos que compõem a dieta habitual dos brasileiros e principalmente dos idosos. (5)
Outro grupo populacional com tendência a apresentar deficiência de Magnésio, são os atletas de competições devido às perdas elevadas pela urina e pelo suor em períodos de treinamento intenso e, atletas de atividades com padrão estético rígido (balé, ginástica olímpica), pois, tendem a consumir na dieta, quantidades inadequadas de Magnésio. Inclusive, por esta razão, especula-se que a adequação de Magnésio em atletas, seja 10% a 20% maior do que as recomendações atuais para indivíduos sedentários do mesmo sexo e faixa etária. (4)
A deficiência de Magnésio no organismo pode causar tremores, espasmos musculares, mudanças de personalidade, danos cardíacos, anorexia, náuseas e vômitos, etc.
Conhecendo o Ácido Málico
O Ácido Málico é um composto orgânico naturalmente encontrado em algumas frutas como maçãs, cranberries e certos tipos de uvas. O Ácido Málico também é sintetizado pelo corpo humana através do ciclo de Krebs, que é um mecanismo de conversão do glicogênio em energia, ou seja, gera energia ao organismo por meio dos alimentos ingeridos.
O Ácido Málico é o único metabólito do Ciclo de Krebs que está relacionado positivamente com a atividade física. Ele demonstrou ser um poupador de oxigênio por conter carboidrato em sua composição. A respiração das mitocôndrias induzida pelo exercício físico está associada a um acúmulo de Ácido Málico no organismo. Devido às convincentes evidências de que o Ácido Málico desempenha um papel fundamental na produção de energia, especialmente durante as condições hipóxicas (baixa concentração de oxigênio nos tecidos), os suplementos de Magnésio Dimalato foram examinados quanto aos seus efeitos sobre a Fibromialgia.
Na fibromialgia, acredita-se que o Ácido Málico possa prevenir a hipóxia nos tecidos musculares, ajudando os músculos a obterem mais oxigênio, melhorando a produção de energia nas células musculares e prevenindo a ruptura do tecido muscular.
Em estudo realizado para atestar a eficácia da suplementação de Magnésio Dimalato no tratamento da síndrome da fibromialgia, 24 pacientes foram submetidos à dosagens diária de um suplemento de Magnésio Dimalato durante 6 meses. Os pesquisadores mediram a dor e a sensibilidade dos pacientes e obtiveram resultados significativos e positivos quanto aos sintomas avaliados. A conclusão do estudo foi que a suplementação de Magnésio Dimalato é seguro e pode ser benéfico no tratamento de pacientes com Fibromialgia. (6)
Tanto pessoas com Fibromialgia quanto indivíduos saudáveis podem optar pela suplementação de Magnésio Dimalato para aumentar a resistência atlética, considerando que do Ácido Málico age como um “acelerador” na entrega do oxigênio aos tecidos do músculo, afetando positivamente o desempenho e a recuperação do músculo após o exercício. Além disso, o Ácido Málico parece ter ainda função anti-inflamatória, podendo auxiliar na diabetes
Portanto, na suplementação do Magnésio Dimalato, você terá todos os benefícios essenciais que o Magnésio oferece ao organismo, aliado às benfeitorias do consumo do Ácido Málico.
Referências Bibliográficas:
- 1. Institute of Medicine (IOM). Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes: Calcium, Phosphorus, Magnesium, Vitamin D and Fluoride.Washington, DC: National Academy Press, 1997.
- 2. Rude RK. Magnesium. In: Coates PM, Betz JM, Blackman MR, Cragg GM, Levine M, Moss J, White JD, eds. Encyclopedia of Dietary Supplements. 2nd ed. New York, NY: Informa Healthcare; 2010:527-37.
- 3.Rude RK. Magnesium. In: Ross AC, Caballero B, Cousins RJ, Tucker KL, Ziegler TR, eds. Modern Nutrition in Health and Disease. 11th ed. Baltimore, Mass: Lippincott Williams & Wilkins; 2012:159-75.
- 4. AMORIM, A. G. TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Rev. Nutr. Campinas, vol. 21, n. 5, pp. 563-575. Setembro/Outubro de 2008.
- 5. FISBERG, Regina Mara et al. Ingestão inadequada de nutrientes na população de idosos do Brasil: Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009. Rev. Saúde Pública. São Paulo, vol. 47, suppl. 1, pp. 222-230. Fevereiro de 2013.
- 6.Russell IJ, et al. Treatment of fibromyalgia syndrome with Super Malic: a randomized, double blind, placebo controlled, crossover pilot study. Journal of Rheumatology. PubMed.gov. Vol. 22, n. 5, pp. 953-958. Maio de 1995.
- http://natusvitaonline.com.br/blog/2016/11/24/por-que-consumir-magnesio-dimalato/
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