DIMAGNÉSIO MALATO
O Dimagnésio Malato é composto por duas moléculas de magnésio e uma de ácido málico; os dimetais malatos são um constituinte habitual do organismo, sendo um dos elementos fundamentais do ciclo de Krebs.
Absorção / Biodisponibilidade
A sua biodisponibilidade foi comparada com o óxido de magnésio através de um estudo randomizado, duplo-cego, conduzido no Canadá. Os participantes receberam 150 mg de magnésio como Dimagnésio malato ou óxido de magnésio. Amostras de sangue foram obtidas antes do tratamento e 1, 2, 3, 4 e 8 horas após a administração do mineral. Os resultados mostraram que as concentrações séricas de magnésio foram significativamente maiores nos sujeitos que receberam Dimagnésio malato comparados àqueles do grupo de óxido de magnésio.
Utilização
O ácido málico, constituinte natural de diversas frutas e vegetais, está envolvido na produção de energia em condições aeróbicas e anaeróbicas (Abraham e Flechas, 1992), sendo que em hipóxia (baixo teor de oxigênio), este melhora a produção de energia em fibromiálgicos, revertendo os efeitos negativos observados nesses pacientes.
O magnésio é um nutriente essencial como cofator em mais de 100 reações enzimáticas, necessário para a síntese de gorduras, proteínas e ácidos nucléicos, para a geração de novas células, para o relaxamento muscular, para o metabolismo de vitamina D e para a regulação da pressão sanguínea. Também desempenha um papel importante na manutenção da integridade óssea, bem como no metabolismo da ATP (Monteiro e Vannuchi, 2010).
Como o magnésio e o ácido málico são utilizados na síntese de ATP em condições aeróbicas e anaeróbicas, estes nutrientes são essenciais para indivíduos que buscam maximizar sua produção de energia e, assim, melhorar seu desempenho em atividades físicas, bem como para pacientes com fibromialgia, como relatado em literatura. A fibromialgia é uma síndrome dolorosa, crônica, de caráter não-inflamatório, que se manifesta no sistema músculo-esquelético. Esta envolve o distúrbio de modulação central da dor e o sintoma presente em todos os pacientes é a dor difusa que acomete o esqueleto axial e periférico (Turan et al, 2009; Siena e Marrone, 2010).
Considera-se que a diminuição do fluxo sanguíneo sob pontos sensíveis, diminuição de ATP e da hipóxia local sejam importantes no desenvolvimento dos sintomas (Turan et al, 2009). O tratamento da fibromialgia tem como objetivo o alivio da dor, a melhora do condicionamento físico e da fadiga. Como a etiologia da fibromialgia ainda é desconhecida e parece estar associada a muitos fatores e preditores, acredita-se que o estresse oxidativo e/ou desequilíbrio do status de alguns nutrientes possam desempenhar um papel importante nesta síndrome (Sakarya et al, 2011).
Como o tratamento medicamentoso é insuficiente para a maioria dos pacientes, deve ser adotada uma abordagem multidisciplinar, como, por exemplo, o cuidado com a alimentação (Siena e Marrone, 2010). O aumento do consumo de magnésio ajuda a diminuir os espasmos musculares e impulsos nervosos, importantes nas contrações musculares (Siena, 2010). Segundo Turan et al (2009), alguns estudos sugerem que os níveis de magnésio em pacientes com fibromialgia são abaixo do normal e, ainda, que a terapia com o magnésio combinado com o ácido málico, foi efetiva na melhora do dor e do número de tender points em pacientes.
No estudo de Abraham e Flechas (1992), 15 pacientes com fibromialgia receberam doses orais de ácido málico e de magnésio por 8 semanas. Os scores dos tender points foram de 19,6 no baseline e de 8,1 e 6,5 após 48 horas de suplementação. Para o grupo placebo, estes valores aumentaram para 21,5 e foram relatados dores musculares nas 48 horas após administração do placebo.
Russel et al (1995) observaram que, entre pacientes fibromiálgicos que receberam ácido málico e magnésio por 6 semanas, a suplementação promoveu reduções significativas na severidade de todas as dores primárias avaliadas. Outro benefício da suplementação com magnésio a proteção contra cãibras musculares. O magnésio age em conjunto com o cálcio para manter o funcionamento normal dos músculos. Em situações onde ocorre depleção de magnésio, há uma elevação de cálcio intracelular e, visto que este exerce papel importante na contração, tanto da musculatura lisa como da esquelética, um quadro de carência de Magnésio pode resultar em cãibras musculares, hipertensão e vaso-espasmos coronarianos e cerebrais (Mafra e Cozzolino, 2005).
De fato, Roffe et al (2002) observaram que a suplementação com 300 mg de magnésio em indivíduos que sofriam de cãibras regulares reduziu de 16 episódios para 4 após três meses de tratamento. Dentre os participantes, 67% e 39% relataram ter menos ou não ter cãibras, respectivamente. Os autores comprovaram que o uso de magnésio é efetivo na redução de cãibras noturnas.
Conclusões
O Dimagnésio malato oferece, em uma única molécula, os nutrientes magnésio e ácido málico, essenciais para a síntese de ATP. Estudos comprovam uma biodisponibilidade superior e redução dos efeitos colaterais indesejáveis e comuns em outras fontes de magnésio.
fonte:
https://ivandeliosanctus.com.br/produtos-naturais
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