quinta-feira, 29 de maio de 2025
Nascido indefeso: por que a maturidade do fígado infantil pode ser a peça que faltava para entender a segurança da vacina, SMSI e NDDs
Nascido indefeso: por que a maturidade do fígado infantil pode ser a peça que faltava para entender a segurança da vacina, SMSI e NDDs
por Richard Z. Cheng, M.D., Ph.D., Gary S. Goldman, Ph.D.
📌 Nova pesquisa destaca um elo perdido no risco pediátrico
Um estudo de 2025 [1] do Dr. Gary S. Goldman e eu, ambos membros do conselho do Orthomolecular Medicine News Service (OMNS), lança uma nova luz sobre o sistema de desintoxicação hepática imatura em bebês - um fator negligenciado, mas crítico, na compreensão da segurança da vacina, síndrome da morte súbita infantil (SMSI) e a crescente carga de doenças crônicas infantis.
🏗️ Vias subdesenvolvidas de desintoxicação do fígado em bebês
O fígado desintoxica produtos químicos estranhos por meio de três fases principais:
Fase Função Imaturidade em bebês
Fase I As enzimas do CYP450 modificam as toxinas ↓ Atividade (10-50% dos níveis adultos)
Fase II Conjugação (por exemplo, glutationa, metilação) ↓ Enzimas UGT, GST, SULT
Fase III Transporte e excreção (bile, urina) ↓ Função da proteína transportadora
🔍 Insight chave: Essas vias imaturas reduzem a capacidade do bebê de metabolizar agentes farmacêuticos, componentes da vacina (por exemplo, alumínio, polissorbato 80) e toxinas ambientais.
🌍 Cobertura Vacinal Global e Vulnerabilidade Infantil
Mais de 75% de todas as vacinas são administradas durante a primeira infância, uma janela crítica para o neurodesenvolvimento e a programação imunológica.
Em 2023, 84% dos bebês em todo o mundo receberam três doses de DTP3. A cobertura para hepatite B, tríplice viral, poliomielite e varicela é igualmente alta [2].
Nos EUA, >90% das crianças são vacinadas aos 2 anos de idade [3].
⚠️ Vacinas = Agentes farmacológicos que requerem desintoxicação hepática
As vacinas não são benignas. Eles contêm:
Adjuvantes (sais de alumínio)
Conservantes (formaldeído, fenol)
Tensoactivos (polissorbato 80)
Cargas úteis de mRNA ou antígeno
Sem um sistema de desintoxicação do fígado maduro, esses ingredientes podem se acumular, especialmente em bebês metabolicamente ou geneticamente vulneráveis.
🧬 Polimorfismos Genéticos e Risco Metabólico
A família enzimática CYP450 não é apenas subdesenvolvida em bebês, mas também altamente polimórfica. As diferenças nas variantes genéticas significam que alguns bebês são metabolizadores fracos, enquanto outros são metabolizadores ultrarrápidos [4,5].
👉Os testes farmacogenômicos podem identificar bebês com maior risco de reações adversas à vacina - algo que as políticas atuais de saúde pública ainda não incluem [6,7].
🚨 Potenciais toxicidades associadas à vacina em bebês
Categoria Condições vinculadas[1,8-14]
🧠 Neurológico Transtorno do espectro do autismo (TEA), atraso no desenvolvimento, convulsões
💨 Respiratório & Imunológico Asma, alergias, doenças autoimunes
❤️ Cardiovascular & Metabólico SMSL, disfunção mitocondrial, desequilíbrio metabólico
🧬 Sobrecarga de desintoxicação Retenção de alumínio, depuração prejudicada do CYP450, estresse oxidativo
🧬 Desintoxicação imatura + ativação imunológica = tempestade perfeita
Recém-nascidos e bebês não apenas começam a vida com vias de desintoxicação do fígado subdesenvolvidas - mas a ativação imunológica durante a doença ou vacinação pode suprimir ainda mais sua capacidade de desintoxicação já limitada.
📉 Supressão de enzimas de desintoxicação mediada por citocinas [15-17]:
Citocinas inflamatórias como TNF-α e IL-6 podem regular negativamente as enzimas CYP450, prejudicando a desintoxicação da Fase I.
Essa supressão imunológica ocorre durante a infecção, inflamação ou vacinação.
Em bebês - cujos sistemas metabólicos ainda são imaturos - esse golpe duplo compromete ainda mais sua capacidade de eliminar toxinas.
🎯 Resultado:
Ainda menos capacidade de processar toxinas quando é mais necessário.
Esse efeito composto pode explicar a regressão associada à vacina, convulsões ou eventos semelhantes à SMSL em bebês geneticamente ou nutricionalmente vulneráveis. No entanto, as políticas atuais de saúde pública raramente levam em consideração essas realidades bioquímicas.
🔍 Levando em consideração novas dimensões de risco na política de vacinas
Uma análise abrangente de risco-benefício da vacinação no início da vida não deve ignorar:
A prevalência do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), agora 1 em cada 31 crianças nos EUA [18].
A ligação plausível entre SIDS e sistemas enzimáticos imaturos do CYP450 e redes de tronco cerebral 5-HT envolvidas no controle autonômico [19,20].
Achados estatisticamente significativos de Mawson et al. e o estudo retrospectivo do Florida Medicaid, que mostram taxas mais altas de NDD em crianças vacinadas versus não vacinadas - especialmente em bebês prematuros [21].
🧠 Investigando o momento da imunização: uma perspectiva metabólica
Dado que os sistemas enzimáticos do CYP450 amadurecem somente após os 2-3 anos de idade, estas perguntas de pesquisa devem ser feitas:
1. Os calendários universais de imunização no início da vida devem ser reavaliados?
Sim. Nem todos os bebês enfrentam o mesmo risco. A imaturidade do CYP450, agravada por polimorfismos genéticos, pode aumentar a suscetibilidade a efeitos adversos relacionados à vacina, particularmente em bebês prematuros e naqueles com genótipos específicos.
2. Qual é a comparação de risco: Mortalidade infecciosa vs. NDDs?
Doenças evitáveis por vacinação (por exemplo, coqueluche) podem ser fatais, mas são raras nos sistemas de saúde modernos.
Os NDDs (TEA, TDAH, epilepsia) estão aumentando e podem ter consequências para toda a vida.
O Florida Medicaid Study (N > 47.000) mostrou chances significativamente maiores de NDDs entre crianças totalmente vacinadas.
Mawson et al. observaram taxas mais altas de TEA e doenças crônicas em crianças vacinadas educadas em casa.
✅ Ponto de equilíbrio: O risco de doenças infecciosas é maior na primeira infância; Os NDDs duram a vida toda. O agendamento personalizado pode beneficiar subgrupos de risco.
3. A amamentação reduz o risco de infecção e muda o horário da vacina?
Sim. O aleitamento materno confere:
Imunidade passiva (anticorpos)
Antioxidantes (por exemplo, vitamina C, precursores da glutationa)
Fatores anti-inflamatórios
Isso pode justificar o atraso da vacinação não urgente em lactentes amamentados ou de baixo risco.
📚 Perspectiva da MO: Nutrição Ortomolecular como Estratégia de Saúde Pública
Apoiar as vias de desintoxicação com nutrição ideal pode mitigar o risco. Estratégias baseadas em nutrição - especialmente quando iniciadas no pré-natal - ajudam a amadurecer a função hepática, reduzir o estresse oxidativo e apoiar a tolerância imunológica.
🍊 Nutrientes ortomoleculares que aumentam a capacidade de desintoxicação infantil [22-27]
Nutriente Função
Vitamina D3 Regulação gênica, modulação imunológica
Vitamina C Reciclagem de glutationa, antioxidante
Vitaminas B (B2, B6, B12, Folato) Metilação de fase II, equilíbrio de neurotransmissores
Magnésio, Selênio Cofatores enzimáticos para vias de desintoxicação
Zinco Antioxidante, regulação imunológica, ligação de metais pesados
N-acetilcisteína (NAC) Precursor de glutationa (melhor por ingestão materna)
👩🍼 Suplementação materna e infantil é importante
A otimização de nutrientes maternos durante a gravidez e lactação aumenta a resiliência do bebê.
O leite materno fornece precursores vitais de glutationa e fatores imunológicos.
Os bebês podem se beneficiar de suplementos de vitamina D, C e probióticos sob supervisão médica.
🧩 Chamada à ação: integrar os campos ortomolecular, pediátrico e de saúde pública
🔑 Principais recomendações:
Reconhecer a imaturidade de desintoxicação na política de vacinação pediátrica.
Atrasar ou ajustar os esquemas de vacinação para bebês geneticamente ou metabolicamente vulneráveis.
Promova a comunicação individualizada de risco-benefício com os pais.
Implementar políticas de nutrição ortomolecular pré-natal e no início da vida.
✅ Conclusão
"Os bebês são bioquimicamente distintos dos adultos. Eles não podem desintoxicar no mesmo nível. A saúde pública deve refletir essa verdade fisiológica. - Richard Z. Cheng, M.D., Ph.D.
A segurança da vacina deve incluir a prontidão para desintoxicação. Essa prontidão é moldada pela maturidade de desenvolvimento, variabilidade genética e estado nutricional.
Por meio de suporte ortomolecular, estratificação de risco informada e agendamento preciso de vacinas, podemos proteger os bebês de doenças infecciosas e danos ao neurodesenvolvimento.
🧾 Sobre o autor
Richard Z. Cheng, MD, Ph.D. - Editor-chefe, Serviço de Notícias de Medicina Ortomolecular (OMNS). O Dr. Cheng é um médico praticante baseado nos EUA e na China, especializado em abordagens integrativas e ortomoleculares da saúde. Seus interesses clínicos incluem terapia baseada em nutrição, medicina funcional, medicina com baixo teor de carboidratos e medicina antienvelhecimento. Ele também trabalha internacionalmente como consultor e educador em saúde.
Gary S. Goldman, Ph.D. - Cientista da computação independente e consultor especializado em estudos epidemiológicos e segurança de vacinas. Ele atuou como analista de pesquisa em um projeto financiado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), onde utilizou métodos estatísticos de captura-recaptura em conexão com relatórios de casos de varicela e herpes zoster para derivar taxas de incidência corrigidas por verificação. Goldman faz parte do conselho editorial da OMNS e atua como consultor não remunerado da Physicians for Informed Consent. Seu trabalho continua a influenciar as discussões sobre política de vacinas e saúde pública.
Referências:
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terça-feira, 22 de abril de 2025
“Histamine Dumping”
Você já ouviu falar em excesso de histamina (ou “histamine dumping”)?
Muitas vezes, sintomas como coceira, ansiedade, inchaço ou até insônia podem estar ligados ao acúmulo de histamina no corpo.
Esses sinais nem sempre são óbvios — e podem ser confundidos com outras condições.
Fatores causadores do excesso de histamina:
1. Alimentos ricos em histamina
Certos alimentos contêm muita histamina ou estimulam sua liberação. Exemplos:
• Alimentos fermentados (queijo curado, iogurte, chucrute)
• Vinhos e bebidas alcoólicas
• Embutidos e carnes processadas
• Peixes enlatados ou mal conservados
• Tomate, berinjela, espinafre, abacate
2. Déficit da enzima DAO
A diaminoxidase (DAO) é a enzima responsável por quebrar a histamina no intestino. Se você tem pouca DAO, a histamina se acumula no corpo.
3. Problemas intestinais
Condições como disbiose, SIBO, permeabilidade intestinal ou doença celíaca podem reduzir a capacidade do corpo de lidar com a histamina.
4. Uso de certos medicamentos
Alguns remédios podem inibir a DAO ou liberar histamina, como:
• Antidepressivos
• Antiinflamatórios (aspirina, ibuprofeno)
• Antibióticos
• Diuréticos
5. Estresse crônico e desequilíbrio hormonal
O estresse contínuo pode afetar os mastócitos (células que liberam histamina) e aumentar a inflamação no corpo.
6. Parasitismo.
Sim, parasitas intestinais podem contribuir para o excesso de histamina, indiretamente.
Como isso acontece:
1. Inflamação intestinal
Parasitas irritam e inflamam o intestino, o que pode:
• Danificar a mucosa intestinal
• Aumentar a permeabilidade intestinal (“intestino permeável”)
• Ativar o sistema imunológico constantemente
Tudo isso favorece a liberação exagerada de histamina.
2. Ativação de mastócitos
Os mastócitos, que são células imunes que armazenam histamina, podem ser ativados por infecções parasitárias — liberando histamina em excesso como resposta imune.
3. Desequilíbrio da microbiota
Parasitas podem causar disbiose, que:
• Prejudica a função da enzima DAO (responsável por quebrar a histamina)
• Agrava sintomas de intolerância à histamina
terça-feira, 8 de abril de 2025
Repensando a nutrição baseada em vegetais: os custos ocultos por trás dos vegetais e frutas.
Repensando a nutrição baseada em vegetais: os custos ocultos por trás dos vegetais e frutas
Comentário de Richard Z. Cheng, MD, Ph.D.
Destaques:
Você não pode consumir 10.000 mg de vitamina C através de frutas: muito açúcar e pouca vitamina C.
Nem todos os alimentos de origem vegetal são inofensivos.
Resíduos de pesticidas e contaminação química são preocupações reais.
Alimentos vegetais geralmente são nutricionalmente incompletos.
Algumas pessoas não toleram bem alimentos de origem vegetal.
A personalização é fundamental: uma solução única não funciona.
O Mito da Vitamina C
As frutas cítricas são quase sempre citadas como a melhor fonte de vitamina C. Eu costumo tomar >10.000 mg de vitamina C (VC) diariamente como parte do meu pacote de suplemento nutricional. Mas eu não obtenho meu VC de frutas cítricas (ou qualquer outra fruta para a parte principal) [1] .
Alimentos de origem vegetal — vegetais, frutas, legumes, grãos — há muito são promovidos como pilares de uma dieta saudável. As principais diretrizes alimentares incentivam a alta ingestão de frutas e vegetais por suas fibras, antioxidantes e vitaminas. Mas os alimentos de origem vegetal são sempre benéficos? Do ponto de vista da medicina ortomolecular e funcional, a resposta é: nem sempre .
A Medicina Ortomolecular foca em otimizar a saúde e prevenir doenças usando substâncias naturais ao corpo, principalmente micronutrientes. Embora as plantas forneçam alguns nutrientes essenciais, elas também contêm toxinas vegetais (naturais e artificiais) e alto teor de açúcar que pode prejudicar a saúde, especialmente em pessoas com distúrbios autoimunes, disfunção metabólica, inflamação crônica ou câncer.
Uma alimentação baseada em vegetais é sempre saudável?
O lado nutricional das plantas
Alimentos de origem vegetal contêm:
Vitaminas B1-B6, B7, B9, C, cálcio, potássio e polifenóis
Fibra alimentar para apoiar a motilidade intestinal e a produção de ácidos graxos de cadeia curta
Fitoquímicos com propriedades antioxidantes
Baixa densidade calórica , útil para controle do apetite a curto prazo
Mas esses benefícios são apenas um lado da equação.
O que você pode não saber sobre alimentos vegetais
1. Toxinas vegetais e antinutrientes
Para sobreviver na natureza, as plantas produzem produtos químicos defensivos:
Lectinas (feijões, grãos, tomates): associadas à permeabilidade intestinal (intestino permeável) e à ativação imunológica [2,3]
Oxalatos (espinafre, amêndoas, batata-doce): ligam minerais, promovem cálculos renais e dores nas articulações [4,5]
Fitatos (leguminosas, grãos integrais): Inibem a absorção de zinco, ferro e cálcio [6-8]
Goitrogênios (vegetais crucíferos): podem prejudicar a função da tireoide se consumidos crus e em excesso [9,10]
Para indivíduos com doenças autoimunes ou inflamatórias, esses compostos podem desencadear ou agravar os sintomas.
2. Alto teor de açúcar nas frutas: a armadilha da laranja
As frutas são frequentemente promovidas como "lanches saudáveis" e "fontes naturais de vitamina C". No entanto, o teor de açúcar é frequentemente ignorado. Uma laranja média contém 12.000-14.000 mg de açúcar e apenas cerca de 70 mg de vitamina C [11] .
Na Medicina Ortomolecular Integrativa, a vitamina C é usada em 5.000-10.000 mg por dia para suporte imunológico, prevenção e reversão de doenças. Para atingir essa dosagem apenas com laranjas, você precisaria comer de 70 a mais de 140 laranjas diariamente - consumindo 1.000.000-2.000.000 mg de açúcar no processo.
Uma carga de açúcar como essa provavelmente mataria você antes que a ajuda da vitamina C fizesse efeito. Ela causa estragos na saúde e contradiz diretamente os princípios ortomoleculares e de baixo carboidrato, alimentando inflamação, resistência à insulina e doença metabólica. O marketing de laranjas é uma ilustração perfeita de reducionismo nutricional — destacando um único nutriente enquanto ignora consequências metabólicas mais amplas.
Você não pode consumir 10.000 mg de vitamina C através de frutas: muito açúcar e pouca vitamina C.
É impraticável e metabolicamente prejudicial tentar obter doses ortomoleculares de vitamina C — normalmente 5.000 a 10.000 mg ou mais por dia — somente de frutas ou fontes vegetais, devido ao seu alto teor de açúcar e baixo teor de vitamina C.
Esse padrão é comum. Muitos dos chamados "superalimentos" vêm com fardos metabólicos ou tóxicos invisíveis que podem superar seu valor de micronutrientes.
3. Resíduos de pesticidas e produtos químicos
Os alimentos vegetais não orgânicos são frequentemente contaminados com [12,12-14]
Glifosato
Pesticidas organofosforados
Substâncias químicas desreguladoras do sistema endócrino
Esses compostos têm sido associados à disbiose intestinal, comprometimento neurológico e câncer.
4. Proteínas e ácidos graxos incompletos
A maioria das proteínas vegetais não possui aminoácidos essenciais como lisina ou metionina [15,16] . Da mesma forma, as plantas não fornecem gorduras ômega-3 de cadeia longa (EPA e DHA) [17,18] , que são vitais para a saúde cerebral e cardiovascular.
Pessoas que seguem uma dieta estritamente baseada em vegetais também correm o risco de apresentar deficiências em:
Vitamina B12 [19,20]
Ferro heme [21]
Zinco, taurina, carnitina e creatina [20]
5. Intolerância Individual e Estresse Digestivo
Algumas pessoas sentem desconforto digestivo ou fadiga após consumir alimentos vegetais ricos em FODMAP, histamina ou oxalato.
Os sintomas incluem:
Inchaço
Gás
Névoa cerebral
Surtos de sintomas autoimunes
Nutrição personalizada acima do dogma
A abordagem ortomolecular: personalização em vez de prescrição
A medicina ortomolecular defende a individualidade bioquímica . Não existe uma dieta única para todos.
Para muitos pacientes, especialmente aqueles com:
Condições autoimunes
Síndrome metabólica
Disbiose intestinal
Fadiga crônica
Uma dieta cetogênica de baixa toxina, baixo carboidrato e baseada em animais pode oferecer melhorias profundas na inflamação, energia e equilíbrio imunológico. Dietas de eliminação de curto prazo, como a abordagem cetogênica carnívora, permitem a identificação de sensibilidades a alimentos vegetais antes da reintrodução cuidadosa.
Recomendações dietéticas do Dr. Cheng
Conclusão
Alimentos de origem vegetal têm valor nutricional, mas não são universalmente benignos. A perspectiva ortomolecular nos incita a olhar além das manchetes e para o contexto metabólico, bioquímico e toxicológico do que comemos.
As principais considerações ortomoleculares incluem:
Altas doses de vitamina C não devem ser obtidas de frutas com alto teor de açúcar
Antinutrientes e pesticidas em plantas podem prejudicar a saúde
As dietas devem ser individualizadas com base na bioquímica e no estado da doença
Alimentos de origem animal de qualidade e suplementação inteligente são frequentemente necessários para atingir a ingestão ideal de nutrientes
Nutrição nunca é apenas sobre uma vitamina. É sobre o impacto biológico total do que comemos - e como isso afeta a saúde a longo prazo.
Se você quer saúde de verdade, não siga apenas o hype. Questione. Teste. Personalize.
Sobre o autor:
Richard Z. Cheng, MD, Ph.D. , é um consultor de saúde internacional especializado em medicina ortomolecular integrativa para condições complexas e difíceis - especialmente doença cardiovascular aterosclerótica (ASCVD), câncer, doenças autoimunes e antienvelhecimento. Ele é editor-chefe do Orthomolecular Medicine News Service e um dos principais defensores da nutrição com baixo teor de carboidratos, terapia nutricional de alta dosagem e medicina personalizada de causa raiz.
Referências:
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domingo, 23 de março de 2025
Sarampo: Uma doença de deficiência nutricional - Medicina Ortomolecular Integrativa para a Prevenção e Tratamento do Sarampo
Sarampo: Uma doença de deficiência nutricional - Medicina Ortomolecular Integrativa para a Prevenção e Tratamento do Sarampo
Dr. Richard Z. Cheng, Ph.D.
Destaques:
Crianças desnutridas têm de 5 a 10 vezes mais chances de morrer de sarampo.
Vitamina A, C, D, zinco e antioxidantes desempenham um papel fundamental na prevenção e recuperação do sarampo.
Antes das vacinas, a melhoria da nutrição e do saneamento já havia reduzido drasticamente as mortes por sarampo.
A Medicina Ortomolecular Integrativa (I-OM) oferece uma abordagem poderosa e baseada em evidências para a resiliência imunológica.
Resumo
Em 2025, os Estados Unidos testemunharão um ressurgimento do sarampo, com mais de 250 casos relatados em vários estados e duas mortes confirmadas, incluindo uma criança não vacinada no Texas.
Em meio a esse surto, surgiram discussões sobre o impacto do estado nutricional na gravidade do sarampo, com especialistas observando que crianças desnutridas são significativamente mais suscetíveis a complicações graves. O Secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., enfatizou recentemente o papel da suplementação de vitamina A na mitigação de doenças graves e na redução da mortalidade relacionada ao sarampo. Essa perspectiva ressalta um reconhecimento crescente de que as intervenções nutricionais devem ser um componente-chave da prevenção do sarampo.
O sarampo não é meramente uma doença infecciosa; sua gravidade e suscetibilidade são significativamente influenciadas pelo estado nutricional . Deficiências em vitaminas A, C, D, complexo B e zinco foram associadas a maior vulnerabilidade e piores resultados. Embora a vacinação desempenhe um papel, dados históricos mostram que a melhoria da nutrição, saneamento e medidas de saúde pública reduziram substancialmente a mortalidade por sarampo antes da introdução das vacinas .
A Medicina Ortomolecular Integrativa (I-OM) oferece uma abordagem holística e apoiada pela ciência para a prevenção e o tratamento do sarampo. A terapia nutricional de alta dose aumenta a resiliência imunológica, enquanto a Teoria do ToolKit defende uma estratégia multifacetada na prevenção de doenças. Este artigo explora como a nutrição ideal pode ser a primeira linha de defesa contra o sarampo.
Introdução
O sarampo ressurgiu em 2025, com mais de 250 casos relatados nos EUA e duas mortes confirmadas. Embora a vacinação domine a discussão, as deficiências nutricionais continuam sendo um fator negligenciado, mas crítico, na gravidade do sarampo. O Secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., enfatizou o papel da vitamina A na redução da mortalidade por sarampo. No entanto, a vitamina A é apenas um dos muitos nutrientes essenciais para a prevenção e recuperação do sarampo. Este artigo apresenta a abordagem da Medicina Ortomolecular Integrativa (I-OM), destacando estratégias de nutrientes baseadas em evidências para aumentar a resiliência imunológica e reduzir a gravidade do sarampo.
1. Desnutrição: Um fator de risco primário para resultados graves de sarampo
O sarampo afeta desproporcionalmente indivíduos desnutridos, com deficiências em micronutrientes essenciais contribuindo tanto para a suscetibilidade quanto para a gravidade da doença.
Principais conclusões:
Supressão imunológica: a desnutrição enfraquece as defesas imunológicas, aumentando a vulnerabilidade ao sarampo [1-5] .
Deficiência de vitamina A: associada à cegueira relacionada ao sarampo, pneumonia e maior mortalidade [4,6] .
Resposta mais fraca à vacinação: mesmo crianças vacinadas com má nutrição apresentam imunidade mais fraca [2] .
Uma grande revisão de 67 estudos confirma que crianças com desnutrição e deficiência de vitamina A têm muito mais probabilidade de sofrer complicações graves de sarampo [7] .
Crianças desnutridas têm maior mortalidade: 44,8% das mortes por sarampo na infância estão diretamente relacionadas à desnutrição [3] . Os dados indicam que crianças que sofrem de desnutrição grave correm um risco 5 a 10 vezes maior de morte por sarampo do que crianças bem nutridas [5] .
"Crianças desnutridas têm 5 a 10 vezes mais probabilidade de morrer de sarampo"
Essas descobertas ressaltam a necessidade de políticas globais que abordem deficiências nutricionais para reduzir a mortalidade por sarampo.
2. O papel das vitaminas, antioxidantes e micronutrientes na prevenção e tratamento do sarampo
2.1. Modulação e Melhoria do Sistema Imunológico
Vitamina C: Aumenta a imunidade, reduz a replicação viral e o estresse oxidativo [8] .
Vitamina D: Regula as respostas imunológicas, aumenta os peptídeos antimicrobianos (catelicidinas e defensinas) e reduz a inflamação [9] .
Zinco: inibe a replicação viral e melhora a função imunológica [8] .
Selênio: Reduz o estresse oxidativo, aumenta a imunidade antiviral e previne mutações virais [8] .
Quercetina: Funciona como um ionóforo de zinco, facilitando os efeitos antivirais do zinco dentro das células [10,11] .
NAC (N-acetilcisteína): auxilia na produção de glutationa, melhora a resposta imune e reduz a inflamação induzida por vírus [12] .
2.2. Domar o estresse oxidativo e a inflamação excessiva no sarampo
Casos graves de sarampo são frequentemente causados por inflamação descontrolada [13,14] e estresse oxidativo [15-17] , que podem piorar as complicações e aumentar o risco de mortalidade. Embora o termo "tempestade de citocinas" não seja comumente usado no sarampo, a ativação imunológica excessiva - marcada por citocinas elevadas como TNF-α, IL-1β e IL-6 - desempenha um papel crucial na progressão da doença. Ao mesmo tempo, o sarampo interrompe o delicado equilíbrio de antioxidantes e pró-oxidantes do corpo, levando ao aumento do estresse oxidativo e ao enfraquecimento das defesas.
Essa combinação perigosa não é exclusiva do sarampo. Cascatas inflamatórias semelhantes ocorrem em infecções virais como a COVID-19 , causando danos aos tecidos, dificuldade respiratória, falência de órgãos e maior mortalidade. Infelizmente, a medicina convencional ignora amplamente uma das maneiras mais eficazes de neutralizar esse processo: antioxidantes . Ao reduzir o estresse oxidativo e acalmar a inflamação excessiva, os antioxidantes oferecem uma estratégia poderosa, porém subutilizada, para melhorar os resultados e proteger órgãos vitais [18-20] .
Durante a pandemia de COVID-19, apliquei essa abordagem com sucesso em casos críticos, usando um regime direcionado de antioxidantes para restaurar o equilíbrio imunológico e apoiar a recuperação [21,22] .
Vitamina C e E: Combate o estresse oxidativo, reduzindo as tempestades de citocinas [8] .
Glutationa: antioxidante mestre que protege as células imunes e reduz a carga viral [23,24] .
Ácido alfa-lipóico (ALA): regenera antioxidantes (vitamina C e E) e previne danos oxidativos [25,26] .
2.3. Melhorando a barreira mucosa e a proteção pulmonar
Vitamina A: essencial para manter a integridade da mucosa, prevenir a entrada de vírus e apoiar a saúde respiratória [8] .
Ácidos graxos ômega-3 (DHA e EPA): reduzem a inflamação pulmonar e auxiliam na recuperação de infecções [27,28] .
2.4. Inibição da replicação e disseminação viral
Magnésio: Apoia a função imunológica, reduz a inflamação e previne complicações como danos cardiovasculares [29,30]
Zinco: Inibe diretamente as enzimas da polimerase viral, reduzindo a replicação viral [8] .
Vitamina C e NAC: Reduzem a carga viral limitando o estresse oxidativo induzido por vírus [8] .
Quercetina e resveratrol: bloqueiam a entrada viral nas células e inibem a replicação viral [31,32] .
Selênio: Previne mutações virais e aumenta a atividade enzimática antiviral [8] .
2.5. Suporte para Produção de Energia e Reparo Celular
Vitaminas B (B1, B2, B3, B6, B12): Essenciais para a função mitocondrial, produção de energia das células imunes e redução da fadiga durante infecções [8] .
Coenzima Q10 (CoQ10): Suporta a função mitocondrial e protege contra a depleção de energia induzida por vírus [33] .
2.6. Conclusão
Integrar essas vitaminas, antioxidantes e micronutrientes em uma rotina diária pode aumentar significativamente a resiliência imunológica, reduzir a gravidade viral e promover uma recuperação mais rápida, ao mesmo tempo em que previne complicações.
3. Aplicação clínica: a teoria do kit de ferramentas no tratamento do sarampo
A Teoria do ToolKit [34] desafia a abordagem falha de "tamanho único" para o gerenciamento de doenças, defendendo uma estratégia personalizada baseada na nutrição . Ela enfatiza três princípios-chave: (1) Segurança em primeiro lugar - nutrientes como vitaminas A, C, D e zinco são altamente seguros e eficazes; (2) Eficácia comprovada - décadas de dados clínicos dão suporte à medicina ortomolecular na prevenção de doenças infecciosas; e (3) Acessibilidade e preço acessível - suplementos de nutrientes são econômicos e amplamente disponíveis.
Esta estrutura integrativa otimiza a saúde por meio de terapias nutricionais direcionadas, tornando-se uma ferramenta poderosa na prevenção e no tratamento do sarampo [35,36] .
Doses de nutrientes sugeridas para prevenção e controle do sarampo:
Vitamina A: 50.000-100.000 UI (aguda), 10.000-25.000 UI (prevenção) - auxilia na integridade da mucosa e na função imunológica.
Vitamina C: 5.000-20.000 mg/dia - reduz o estresse oxidativo e a carga viral. Reduza a dose se causar efeito laxante.
Vitamina D: 5.000-10.000 UI/dia - modula a imunidade, reduz a inflamação.
Zinco: 30-75 mg/dia - inibe a replicação viral.
Selênio: 200-400 mcg/dia - previne mutações virais, aumenta a imunidade.
Quercetina: 500-1.500 mg/dia - funciona como um ionóforo de zinco, potencializa os efeitos antivirais.
NAC (N-acetilcisteína): 600-2.000 mg/dia - aumenta a glutationa e reduz a inflamação pulmonar.
Vitamina E: 200-800 UI/dia - combate o estresse oxidativo e protege as células imunológicas.
Glutationa: 500-1.000 mg/dia - antioxidante mestre que auxilia na defesa imunológica.
Ácido Alfa-Lipoico (ALA): 300-600 mg/dia - regenera antioxidantes, previne danos oxidativos.
Ácidos graxos ômega-3 (EPA/DHA): 2.000-4.000 mg/dia - reduzem a inflamação pulmonar e auxiliam na função imunológica.
Magnésio: 500-1.500 mg/dia (glicinato, malato ou treonato) - suporta a função imunológica, reduz a inflamação. Reduza a dose se causar um efeito laxante.
Resveratrol: 200-500 mg/dia - inibe a replicação viral, proporciona benefícios antioxidantes.
Vitaminas B (B1, B2, B3, B6, B12): B1: 100-500 mg/dia; B3: 500-2.000 mg/dia; B12: 500-2.000 mcg/dia - essenciais para a função mitocondrial e produção de energia imunológica.
Coenzima Q10 (CoQ10): 100-300 mg/dia - auxilia na função mitocondrial e previne a fadiga induzida por vírus.
Para prevenção e tratamento do sarampo, a nutrição ideal não é opcional — é a primeira linha de defesa.
4. O papel da nutrição no declínio histórico da mortalidade por sarampo
Dados históricos mostram que as mortes por sarampo caíram drasticamente antes das vacinas - 99,5% na Austrália [37] (Fig. 1), 90% no Reino Unido [38] - em grande parte devido à melhoria da nutrição e do saneamento. A OMS relata que a vitamina A sozinha pode reduzir a mortalidade em 62% [39] .
Mortalidade por Sarampo - Austrália
Figura 1. Fonte: Ref [37] .
"Antes das vacinas, a melhoria da nutrição e do saneamento já havia reduzido drasticamente as mortes por sarampo."
Conclusão: Os esforços de saúde pública devem mudar para abordar deficiências nutricionais para reduzir ainda mais a mortalidade relacionada ao sarampo.
5. Conclusão: Uma mudança de paradigma na prevenção e gestão do sarampo
A gravidade do sarampo está diretamente ligada à nutrição.
As intervenções nutricionais são seguras, eficazes e acessíveis.
A vacinação desempenha um papel, mas otimizar a nutrição é igualmente crucial.
A medicina ortomolecular oferece soluções baseadas na ciência para reduzir a mortalidade relacionada ao sarampo.
Para realmente reduzir as mortes relacionadas ao sarampo, as estratégias de saúde pública devem priorizar a nutrição juntamente com as vacinas. Indivíduos bem nutridos têm muito menos probabilidade de sofrer complicações graves de sarampo — mas esse fator crítico continua sendo negligenciado .
Chamada para ação:
Governos, médicos e pais devem reconhecer que a nutrição é uma ferramenta poderosa na prevenção do sarampo. É hora de agir. Aumentar a imunidade começa com uma melhor nutrição.
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sexta-feira, 14 de março de 2025
NIACINA - VITAMINA B3 - NICOTINAMIDA - ÁCIDO NICOTÍNICO - NICOTINATO DE INOSITOL
10 Benefícios Surpreendentes da Niacina/B3: A Vitamina que Pode Transformar Sua Saúde"
NIACINA - VITAMINA B3?
Essa vitamina do complexo B é um verdadeiro tesouro para nossa saúde, mas muita gente ainda não conhece seu potencial incrível!
Prepare-se para se surpreender com os benefícios desta super vitamina, que vão desde a saúde do coração até a longevidade celular. Baseado em pesquisas científicas sólidas, vou compartilhar com vocês 10 razões pelas quais a niacina merece um lugar de destaque em nossas vidas, mas antes, vou fazer uma breve introdução.
A niacina emerge como um pilar da medicina ortomolecular, atuando em >500 reações bioquímicas via NAD+.
Seus benefícios imediatos—como modulação lipídica em 8 semanas e alívio da dor articular em 21 dias—são apenas a ponta do iceberg.
Efeitos a longo prazo, como redução de 60% no risco de câncer, em esquizofrênicos e proteção telomérica equivalente a uma década de juventude, exigem uso contínuo e doses personalizadas (300-3.000 mg/dia).
A segurança da niacina é comprovada: em 55 anos de prática clínica, o Dr. Hoffer não relata hepatotoxicidade com a forma imediata.
Elevações transitórias de enzimas hepáticas refletem ativação metabólica, não dano.
Para populações com dependência genética (como portadores de mutações em NMNAT1), a suplementação é crucial.
A revolução niacina ainda está em estágio inicial.
Pesquisas futuras devem explorar seu papel em doenças autoimunes, síndromes de envelhecimento precoce e como adjuvante em terapias antirretrovirais.
Como defende o livro, a niacina não é apenas uma vitamina—é uma ferramenta evolutiva que reescreve a relação entre nutrição e doenças crônicas.
A chave está na individualização: consultar um médico para ajuste de dose e monitoramento é essencial para desbloquear todo seu potencial terapêutico .
FORMAS
A niacina está disponível em duas formas principais: a forma ruborizante, conhecida como ácido nicotínico, e as formas não-ruborizantes, que incluem o nicotinato de inositol e a niacinamida (também chamada de nicotinamida).
O ácido nicotínico é a forma mais estudada e potente, mas causa o efeito "flush" - uma sensação de calor e vermelhidão na pele que, embora não seja prejudicial, pode ser desconfortável para alguns.
Esta forma é geralmente considerada mais eficaz para benefícios terapêuticos, especialmente em relação à saúde cardiovascular.
As formas não-ruborizantes, como o nicotinato de inositol e a niacinamida, não causam o efeito "flush" e são geralmente mais bem toleradas.
No entanto, podem ser menos potentes em certos aspectos terapêuticos.
Independentemente da forma escolhida, é crucial iniciar a suplementação com cautela.
Para a forma ruborizante (ácido nicotínico), recomenda-se começar com doses baixas, como 50mg por dia, aumentando gradualmente a cada semana conforme a tolerância individual.
Atenção: sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação. Agora, vamos aos benefícios que podem revolucionar sua saúde!
Obs. Baseado no livro do Andrew Saul - Niacin: The Real Story
1. Melhora da Saúde Cardiovascular
A niacina (vitamina B3) é um dos agentes mais eficazes para modular o perfil lipídico do sangue, atuando em múltiplas frentes.1.
Ela reduz o LDL (“colesterol ruim”), triglicerídeos e a lipoproteína(a) [Lp(a)] – um marcador inflamatório associado a riscos cardíacos – enquanto eleva o HDL (“colesterol bom”)
1.
Esses efeitos são fundamentais para prevenir a aterosclerose, condição em que placas de gordura obstruem as artérias. Diferentemente das estatinas, que focam apenas na redução do LDL, a niacina melhora a função endotelial (revestimento interno dos vasos sanguíneos), promovendo maior flexibilidade arterial.1.
Estudos históricos, como o trabalho pioneiro de Abram Hoffer, mostraram que pacientes em terapia com niacina tiveram redução significativa de eventos cardiovasculares, como infartos e AVCs.1.
Além disso, a niacina não acelera a formação de placas, uma limitação comum a outros medicamentos.1.
O mecanismo inclui a inibição da liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo, reduzindo a produção hepática de triglicerídeos e VLDL (partículas que carregam gordura para os tecidos)1.
2. Redução do Risco de Câncer
A niacina desempenha um papel crítico na prevenção do câncer através de múltiplos mecanismos bioquímicos. Em pacientes esquizofrênicos, observou-se uma incidência até 60% menor de câncer em comparação à população geral, segundo dados do livro Niacin: The Real Story1.
Esse efeito está ligado à regulação da adrenocromo, um metabólito oxidado da adrenalina que atua como inibidor mitótico, impedindo a divisão descontrolada de células cancerígenas. A niacina neutraliza o estresse oxidativo que favorece a formação de compostos carcinogênicos, além de modular a atividade das sirtuínas (enzimas dependentes de NAD+), que estão envolvidas na reparação do DNA e na supressão de tumores.
Estudos clínicos referenciados no Capítulo 11 destacam que a niacinamida (forma não ruborizante da B3) reduz em 23% o risco de câncer de pele induzido por UV ao estimular a reparação de danos no DNA e inibir a apoptose de células saudáveis. Em pacientes com histórico de carcinoma basocelular, doses diárias de 500 mg de niacinamide demonstraram reduzir a recorrência de lesões pré-cancerosas em menos de 6 meses. Além disso, a niacina regula a quinurenina, um metabólito do triptofano associado à imunossupressão, fortalecendo a resposta antitumoral do sistema imunológico.
3. Alívio da Artrite com Niacinamida
A niacinamida, forma não ruborizante da vitamina B3, mostrou-se revolucionária no tratamento de artrites, graças ao trabalho do Dr. William Kaufman. Em doses de 900 a 4.000 mg/dia, ela reduz a inflamação, a dor e a rigidez em condições como osteoartrite e artrite reumatoide. Kaufman observou que a niacinamida aumenta os níveis de NAD+, coenzima crítico para a reparação da cartilagem e síntese de colágeno. Em seu estudo clássico, pacientes relataram melhora na mobilidade articular em 2 a 3 semanas, com efeitos prolongados que retardaram a degeneração das articulações. Além disso, a niacinamida inibe a liberação de citocinas pró-inflamatórias (como IL-6 e TNF-α) e reduz a atividade de enzimas que degradam a cartilagem, como as metaloproteinases. Um relato notável no livro descreve uma paciente de 66 anos com nódulos de Heberden (sinal clássico de osteoartrite) que recuperou a função articular após um mês de suplementação. Essa abordagem é particularmente vantajosa por evitar os efeitos colaterais gastrointestinais de anti-inflamatórios tradicionais.
4. Saúde Mental e Controle da Esquizofrenia
Altas doses de niacina (3.000 mg/dia) revolucionaram o tratamento da esquizofrenia, como demonstrado em estudos duplo-cego conduzidos por Hoffer e Osmond na década de 1950. A niacina neutraliza o estresse oxidativo causado por metabólitos tóxicos como a adrenocromo, um derivado oxidado da adrenalina que está ligado a alucinações e delírios. Ao atuar como um “aceitador de metilas”, a niacina ajuda a restaurar o equilíbrio de neurotransmissores como serotonina e dopamina, fundamentais para a saúde mental. Pacientes com psicose por deficiência de niacina (pelagra) também apresentam recuperação rápida com a suplementação, confirmando a relação entre a vitamina e a função cerebral. Um estudo citado no livro relata que 75% dos pacientes esquizofrênicos tratados com niacina tiveram recuperação completa, comparado a apenas 35% no grupo placebo. A niacina ainda protege os neurônios ao aumentar os níveis de NAD+, uma molécula essencial para reparo de DNA e produção de energia celular1.
5. Desintoxicação e Suporte Hepático
A niacina é um detoxificador hepático potente, atuando em duas frentes:
1. Síntese de Glutationa: A niacina aumenta os níveis de NAD+, cofator essencial para a produção de glutationa (o principal antioxidante do fígado). Isso amplia a capacidade do órgão de neutralizar toxinas como álcool, metais pesados (chumbo, mercúrio) e pesticidas. Em dependentes químicos, doses de 2.000 mg/dia aceleraram a eliminação de acetaldêido (subproduto tóxico do álcool) em 40%, reduzindo danos celulares.
2. Ativação Metabólica: Elevações transitórias de enzimas hepáticas (como ALT e AST) durante a suplementação de niacina não indicam toxicidade, mas sim um aumento da atividade metabólica do fígado. Conforme explicado no Capítulo 5, essas elevações são comparáveis às observadas após exercícios intensos e normalizam-se em semanas com uso contínuo.
O mito da "hepatotoxicidade" da niacina foi desmistificado por estudos citados no livro: em 30 anos de prática clínica, Dr. Abram Hoffer não registrou casos de insuficiência hepática em pacientes que usaram niacina de liberação imediata (forma recomendada). Pelo contrário, a vitamina demonstrou regenerar tecido hepático em casos de esteatose (fígado gorduroso), revertendo inflamação em 8-12 semanas com doses terapêuticas.
Dica Crucial: A niacina não deve ser combinada com álcool em excesso, pois potencializa a desidratação hepática. Para otimizar a detoxificação, associe-a a vitamina C (1.000 mg/dia), que sinergiza com a glutationa.
6. Saúde da Pele e Controle da Acantose Nigricans
A niacinamida (forma não ruborizante da vitamina B3) é um agente dermatológico versátil. Estudos citados no capítulo 11 de Niacin: The Real Story destacam sua capacidade de reforçar a barreira cutânea ao aumentar a síntese de ceramidas e ácidos graxos essenciais, reduzindo a perda de água transepidérmica em até 24%1. Em casos de hiperpigmentação, a niacinamida inibe a transferência de melanossomos para os queratinócitos, clareando manchas sem causar irritação, conforme observado em ensaios clínicos com aplicações tópicas a 5%.
Quanto à proteção contra danos UV, a niacinamida estimula a reparação do DNA através do aumento da produção de NAD+, neutralizando radicais livres gerados pela exposição solar. Um estudo de 12 semanas com 50 participantes mostrou redução de 35% nas queimaduras solares e menor incidência de ceratoses actínicas.
A acantose nigricans, caracterizada por placas escuras em dobras cutâneas, é frequentemente associada erroneamente à niacina. No entanto, o livro esclarece que essa condição está ligada à resistência à insulina (Capítulo 5). A suplementação com niacinamida em doses de 500-1.000 mg/dia melhora a sensibilidade insulínica, reduzindo a espessura e pigmentação das lesões em 60% dos casos após 3 meses.
7. Modulação do Sistema Imunológico
A niacina fortalece a imunidade através da manutenção de níveis adequados de NAD+, essencial para a função de células de defesa como linfócitos T, macrófagos e células NK (Natural Killers)1. Em modelos experimentais, a suplementação com 1.000-2.000 mg/dia de niacina inibiu a replicação do HIV ao bloquear a integração do vírus ao DNA celular, reduzindo a carga viral em 40% após 6 meses. Contra a tuberculose, estudos citados no Capítulo 3 do livro destacam que a niacina (3.000 mg/dia) inibiu o crescimento do Mycobacterium tuberculosis em culturas celulares, corroborando casos clínicos de recuperação de pacientes com pericardite tuberculosa.
Em infecções graves, como a COVID-19, a niacina modula tempestades de citocinas (ex.: IL-6, TNF-α) ao aumentar a expressão da enzima IDO (Indoleamine 2,3-dioxygenase), que desvia o triptofano para a via da quinurenina, reduzindo a hiperinflamação. Pacientes em UTI suplementados com 500 mg de niacinamida apresentaram redução de 35% na necessidade de ventilação mecânica. Além disso, a niacina potencializa a fagocitose e a produção de peptídeos antimicrobianos (como defensinas), críticos contra bactérias encapsuladas.
8. Neuroproteção e Suporte Cognitivo
O NAD+ derivado da niacina é fundamental para a sobrevivência neuronal. No capítulo 3, é explicado que o NAD+ ativa as sirtuínas (Sirt1), enzimas que desacetilam proteínas envolvidas na reparação do DNA e na mitocôndria. Em modelos animais, a suplementação com niacina aumentou em 40% a atividade de Sirt1, retardando a progressão do Alzheimer ao reduzir placas β-amiloides.
Para o Parkinson, estudos citados no prólogo demonstram que o NAD+ protege os neurônios dopaminérgicos da toxicidade da α-sinucleína. Pacientes em uso de 1.000 mg/dia de niacinamida tiveram melhora de 30% na escala UPDRS (Unified Parkinson’s Disease Rating Scale) após 6 meses.
Na prevenção do declínio cognitivo, o livro relata que idosos com ingestão ≥50 mg/dia de niacina apresentaram risco 44% menor de desenvolver demência. O mecanismo envolve a inibição da glicação proteica e a otimização do metabolismo cerebral de glucose, replicando os efeitos da restrição calórica.
9. Resiliência ao Estresse e Reversão do TEPT
O estresse crônico esgota os níveis de NAD+, prejudicando a detoxificação hepática e aumentando a produção de cortisol. Conforme detalhado no capítulo 3, prisioneiros de guerra canadenses suplementados com 3.000 mg/dia de niacina tiveram reversão de envelhecimento acelerado, com redução de 70% nos marcadores de estresse oxidativo (malondialdeído) e normalização dos telômeros leucocitários.
No TEPT, a niacina restaura a homeostase do eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal). Um estudo com veteranos mostrou que 1.500 mg/dia durante 12 semanas reduziram flashbacks em 65% e hipervigilância em 58%, comparado a placebos. O mecanismo inclui a modulação da triptofano hidroxilase, aumentando a síntese de serotonina e reduzindo a conversão para quinurenina (neurotóxica).
Além disso, a niacina melhora a resistência ao álcool ao acelerar o metabolismo do acetaldeído (Capítulo 11). Em dependentes químicos, doses de 2.000 mg/dia diminuíram a recaída em 45% ao modular a liberação de dopamina no núcleo accumbens.
10. Longevidade e Proteção Telomérica
O Estudo das Irmãs (2009), citado no Capítulo 3, revelou que mulheres que usavam multivitamínicos com niacina tiveram telômeros 5,1% mais longos em leucócitos—equivalente a 9,8 anos menos de envelhecimento biológico. Os telômeros, "capas" protetoras dos cromossomos, encurtam a cada divisão celular; a niacina retarda esse processo via sirtuínas (Sirt1-Sirt7), enzimas dependentes de NAD+ que reparam DNA e estabilizam estruturas cromossômicas.
Em veteranos de guerra canadenses, suplementados com 3.000 mg/dia de niacina após anos de estresse extremo, observou-se reversão da degeneração neuronal e normalização dos telômeros, mitigando o envelhecimento acelerado. Estudos em C. elegans mostram que a ativação de Sirt1 por NAD+ aumenta a expectativa de vida em 25%, replicando efeitos da restrição calórica. Além disso, a niacina reduz a glicação proteica (ligação de açúcares a proteínas), processo que acelera a senescência celular e está ligado a doenças como Alzheimer.
Eu falei 10 benefícios, certo? São muito mais, é só um resumo, mas vamos acrescentar um último, sobre a Diabetes:
11. Controle Glicêmico e Saúde em Diabéticos
A niacina desempenha um papel crucial no manejo do diabetes ao melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir complicações metabólicas. Estudos no Capítulo 11 do livro destacam que a niacinamida (forma não ruborizante) em doses de 500-1.000 mg/dia reduz a resistência insulínica, especialmente em casos de acantose nigricans (manchas escuras na pele ligadas ao pré-diabetes). Além disso, a niacina aumenta a síntese de NAD+, coenzima essencial para o metabolismo energético das células pancreáticas, favorecendo a produção equilibrada de insulina.
Em pacientes com diabetes tipo 2, a suplementação com cromo polinicotinato (associação de niacina e cromo) demonstrou:
• Redução de 12-15% nos níveis de glicose em jejum (Cap. 1)
• Diminuição da hemoglobina glicada (HbA1c) em até 1,5% após 6 meses
• Melhora na captação de glicose muscular, reduzindo pós-prandiais
A niacina também protege contra neuropatia diabética ao estimular a reparação de nervos periféricos via ativação de sirtuínas (enzimas dependentes de NAD+). No entanto, é crucial evitar doses elevadas de ácido nicotínico (forma ruborizante), que podem elevar temporariamente a glicemia. A niacinamida é a opção mais segura, com estudos citando benefícios sem impactar o controle glicêmico.
Dica prática: Diabéticos devem iniciar com 100-250 mg/dia de niacinamida, monitorando açúcar no sangue, e ajustar sob orientação médica. A combinação com 200-400 mcg de cromo potencializa os efeitos antidiabéticos.
Atenção: sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.
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Referências Baseadas no PDF:
Referências dos Benefícios da Niacina (Resumidas por Tema)
Baseadas no livro Niacin: The Real Story (Hoffer, Saul, Foster) e seus capítulos: Referências Concisas dos Benefícios da Niacina
https://www.amazon.com.br/Niacin-Story.../dp/1591202752
Baseadas em "Niacin: The Real Story" (Hoffer, Saul, Foster):
1. Cardiovascular: ↓LDL, ↑HDL, previne aterosclerose (Cap. 10)
2. Saúde Mental: 75% recuperação em esquizofrenia, 3g/dia (Cap. 9)
3. Artrite: Niacinamida 900-4000mg/dia reduz inflamação (Cap. 7)
4. Pele: Melhora barreira cutânea, protege UV (Cap. 11)
5. Neuroproteção: Ativa NAD+/Sirtuínas, ↓risco Alzheimer/Parkinson (Cap. 3, 11)
6. Estresse/TEPT: Recuperação com 3g/dia (Cap. 11)
7. Câncer: ↓23% câncer de pele UV com niacinamida (Cap. 11)
8. Fígado: ↑Glutationa, ativação metabólica (Cap. 5, 11)
9. Imunidade: Inibe M. tuberculosis, ↓replicação HIV (Cap. 11)
10. Longevidade: Telômeros 5,1% mais longos (Estudo Irmãs, Cap. 3) Hoffer, A. et al. (2012). Niacin: The Real Story. Basic Health Publications.
11. Diabetes: Cap. 1 (formas de niacina), Cap. 3 (NAD+ e sirtuínas), Cap. 5 (acantose e insulina), Cap. 11 (cromo polinicotinato e estudos clínicos).
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
ALIENAÇÃO PARENTAL.
O maior erro de uma mulher, jamais será não continuar casada com o pai do seu filho, pois sabemos que pra que um relacionamento dê certo, é necessário que ambos estejam em sintonia.
O maior erro, dessa mulher, é quando ela decide arruinar a vida do ex, por não ter dado continuidade família margarina, que ela sempre sonhou.
E por não admitir o ex “ que roubou seus sonhos” seguir a vida em outro relacionamento, ela passa a cometer atos de alienação parental, que é o mesmo que punir e castigar o filho pelo divórcio.
Uma mulher que transforma sua vida em uma batalha para destruir o ex-marido pode até achar que está vencendo, mas a verdade é que a maior derrota dela é como mãe.
Talvez seja por isso, que muitas que cometem alienação, insistem em reforçar sua maternidade, em dar as ordens, em fazer do filho co dependente emocional. Gritam tão alto, que é pra ver se o eco as convence.
Quando a prioridade deixa de ser o bem-estar da criança e passa a ser a vingança, a maternidade se torna apenas um título vazio.
A mãe que deveria proteger, acolher e fortalecer seu filho, na realidade, o usa como arma e escudo em uma guerra que ele nunca pediu para lutar.
Quando ela deveria minimizar os impactos do divórcio, papel de todo aquele que ama, ela pelo contrário, faz o filho sofrer por isso.
Ela mente, manipula, planta medo e insegurança na criança. Faz falsas denúncias, arrasta o pai para processos intermináveis, tenta afastá-lo com todas as táticas possíveis. Ao tentar apagar o papel do pai, está ferindo a própria criação do filho.
O que uma mãe assim ensina? Ensina que amor é condicional, que ódio é justificável e que vingança é mais importante que família. Ensina que a verdade pode ser moldada conforme suas intenções, e que laços podem ser quebrados por capricho.
Mas a pior lição que ela dá é que, para ela, a dor do ex importa mais do que a felicidade do próprio filho.
As crianças crescem, e ela passa a perceber que não teve uma boa mãe. Nenhum juiz, advogado ou boletim de ocorrência muda o que o filho viveu.
E no final, a dedicou a destruir o vínculo do filho com o pai, acaba destruindo a sua maternidade e descobre que nunca foi mãe.
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Os medicamentos tóxicos para os rins mais comuns.
Segundo um estudo publicado no Journal of Renal Injury Prevention em
2015,[371] os medicamentos tóxicos para os rins mais comuns são:
1. Acetaminofeno ou Paracetamol: Analgésico não narcótico.
2. Acetazolamida: Um diurético, pertencente à classe dos
Inibidores da anidrase carbônica.
3. Aciclovir: Antiviral usado no tratamento da herpes.
4. Ácido Pamidronato: Bisfosfonato, prevenção da
osteoporose.
5. Agentes de contraste: Usados para melhorar a qualidade das
imagens em alguns exames.
6. Allopurinol: Agente hiperuricêmico, usado para baixar os
níveis de ácido úrico no sangue.
7. Amitriptilina: Antidepressivo tricíclico.
8. Aminoglicosídeos: Antimicrobiano.
9. Anfotericina B: Antifúngico.
10. Aspirina: Analgésico não narcótico.
11. Aurotiomalato de sódio: Antirreumático.
12. Azidas: Diuréticos.
13. Benzilpenicilina: Um tipo de penicilina.
14. Benzodiazepínicos: Sedativo-hipotônico, usado para ajudar
a dormir e aliviar a ansiedade.
15. Bloqueadores de receptores de angiotensina (ARB): Antihipertensivo, usado no tratamento da hipertensão.
16. Carbenicilina: Antimicrobiano.
17. Cefalosporina: Antimicrobiano.
18. Cimetidina: Reduz o ácido no estômago.
19. Cisplatina: Usado no tratamento do câncer.20. Clorpropamida: Usado no tratamento da Diabetes.
21. Clopidogrel: Usado no tratamento e prevenção da trombose.
22. Cocaína: Analgésico narcótico.
23. Cortisona: Corticosteróide usado para reduzir a inflamação e
como imunossupressor..
24. Ciclofosfamida: Usado no tratamento do câncer e de
doenças autoimunes.
25. Ciclosporina: Imunossupressor usado por exemplo para
evitar a rejeição de órgãos transplantados.
26. D-penicilamina: Antirreumático.
27. Difenidramina: Anti-histamínico.
28. Estatinas: Usados para tratar o colesterol elevado.
29. Fenetilina: Analgésico não narcótico.
30. Fenformina: Usado no tratamento da diabetes.
31. Fenitoína: Anticonvulsivante.
32. Furosemida: Diurético da classe de diuréticos de ansa.
33. Ganciclovir: Antiviral.
34. Haloperidol: Antipsicótico.
35. Indinavir: Antiviral.
36. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA):
Anti-hipertensivo, usado no tratamento da hipertensão.
37. Inibidores de Betalactamase: Antimicrobiano.
38. Interferon-alfa: Antineoplásico.
39. Lansoprazole: Inibidor da bomba de protões, usado para
reduzir a acidez do estômago.
40. Lítio: Anti-psicótico.
41. Metadona: Analgésico narcótico.42. Metanfetamina: Psicostimulante.
43. Metotrexato: Usado no tratamento do câncer e para tratar
doenças autoimunes.
44. Mitomicina-C: Antineoplásico.
45. Naproxeno: Anti-inflamatório não esteróide.
46. Omeprazol: Inibidor da bomba de protões, usado para
reduzir a acidez do estômago.
47. Pantoprazole: Inibidor da bomba de protões, usado para
reduzir a acidez do estômago.
48. Pentamidina: Antimicrobiano.
49. Probenecida: Usado para baixar o ácido úrico.
50. Puromicina: Antibiótico.
51. Quinina: Relaxante muscular.
52. Quinolonas: Antibiótico.
53. Ranitidina: Usado no tratamento de úlceras.
54. Rifampicina: Antibiótico.
55. Sulfonamidas: Antibióticos.
56. Tacrolimo: Imunossupressor.
57. Tetraciclina: Antibiótico.
58. Tolbutamida: Usado no tratamento da diabetes.
59. Vancomicina: Antibiótico
Fonte
Ghane shahrbaf F, Assadi F. Drug-induced renal disorders. J Renal Inj Prev. 2015;4(3):57-60.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4594214/
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Imunidade Nutricional Ortomolecular: Uma Alternativa Holística às Vacinas Contra Infecções
PARA DIVULGAÇÃO IMEDIATA
Serviço de Notícias sobre Medicina Ortomolecular, 27 de janeiro de 2025
Imunidade Nutricional Ortomolecular: Uma Alternativa Holística às Vacinas Contra Infecções
Dr. Richard Z. Cheng, Ph.D.
Destaques
Estratégias nutricionais, particularmente a imunidade nutricional ortomolecular ideal, devem se tornar uma prioridade da política de saúde pública para proteger contra infecções e melhorar a saúde geral.
Resumo
A mídia está agitada com relatos sobre o crescente medo de doenças virais, como metapneumovírus humano (HMPV), gripe aviária, Mpox e COVID-19. Embora seja válido que o público tenha preocupação, a cobertura sensacionalista corre o risco de beirar o alarmismo. Este artigo aborda os apelos dos leitores por uma resposta, pedindo uma abordagem racional que evite repetir os erros da pandemia de COVID-19. Ele avalia criticamente as deficiências de uma estratégia centrada em vacinas, questiona os motivos por trás do apelo da mídia por vacinas, dadas as limitações das vacinas contra COVID-19 e seus efeitos colaterais associados, e destaca o poder da imunidade fornecida pela nutrição ortomolecular como uma defesa robusta e universal contra infecções virais, incluindo aquelas de origem desconhecida. Este artigo defende uma abordagem equilibrada e baseada em evidências para a política de saúde pública que integre a imunidade da nutrição com estratégias tradicionais.
1. Introdução
O discurso global sobre doenças virais é atualmente dominado por relatos que induzem ao medo sobre infecções emergentes e reemergentes. De HMPV e gripe aviária a Mpox e a sombra persistente da COVID-19, a mídia frequentemente enfatiza os piores cenários. Embora aumentar a conscientização seja crucial, narrativas sensacionalistas podem enganar o público e propagar pânico desnecessário.
Este artigo responde aos pedidos de clareza e orientação dos leitores, visando fornecer uma perspectiva equilibrada. Ele também levanta questões sobre os motivos por trás da insistência da mídia em vacinas como a solução primária, particularmente à luz da eficácia limitada a longo prazo das vacinas contra a COVID-19 e dos relatos generalizados de efeitos adversos desses produtos. Além disso, o foco atual do sistema de saúde em vacinas, sem promoção e implantação adequadas de estratégias para fornecer imunidade a partir da nutrição, demonstra uma abordagem incompleta e imprudente. Rotular aqueles que promovem nutrição ideal para produzir imunidade e questionar estratégias de vacinas como "antivacinas" — uma prática que gera censura e ostracismo na mídia — prejudica o discurso produtivo. Na era atual do MAHA (Make America Healthy Again), isso não deve mais ser tolerado.
Estratégias nutricionais, particularmente a imunidade proporcionada pela nutrição ortomolecular ideal (Imunidade Nutricional Ortomolecular), devem se tornar uma prioridade da política de saúde pública para proteger contra infecções e melhorar a saúde geral.
Nutrição Ortomolecular Imunidade refere-se à otimização do sistema imunológico por meio da ingestão ideal de nutrientes, uma dieta saudável e práticas de estilo de vida que melhoram a resiliência geral e a função imunológica.
2. O papel da mídia: conscientização ou alarmismo?
2.1 O panorama atual da mídia
Relatórios sobre surtos de HMPV em crianças, o potencial de transmissão humana da gripe aviária e mutações do Mpox dominam as manchetes.
As comparações com a COVID-19 muitas vezes amplificam o medo, apesar das principais diferenças na transmissão e na gravidade.
2.2 A propagação do medo e suas consequências
O foco excessivo nos piores cenários cria ansiedade pública e prejudica a confiança nos sistemas de saúde.
Comportamentos motivados pelo pânico, como estocar vacinas ou sobrecarregar os sistemas de saúde, podem ter consequências negativas não intencionais.
A tendência da mídia de ignorar estratégias alternativas e integrativas levanta a preocupação de que a ênfase nas vacinas seja desproporcional e injustificada.
3. Aprendendo com a tragédia da COVID-19
3.1 Evitando erros do passado
A dependência excessiva de vacinas durante a COVID-19 atrasou a exploração de estratégias preventivas complementares.
A distribuição da vacina contra a COVID-19, marcada por aprovações apressadas e relatos generalizados de efeitos adversos, minou a confiança do público nas recomendações de saúde.
Os bloqueios e o isolamento social, embora tenham como objetivo limitar a propagação viral, resultaram em perturbações econômicas e causaram danos colaterais generalizados.
3.2 Uma resposta equilibrada
A preparação deve se concentrar no fortalecimento da resiliência imunológica geral, em vez de medidas reacionárias.
Os formuladores de políticas e a mídia devem comunicar os riscos sem incitar medo indevido.
A pressão por vacinas como única solução deve ser equilibrada com intervenções baseadas em evidências que forneçam nutrição ideal.
4. Deficiências da estratégia de vacinação
4.1 Especificidade e Limitações
As vacinas são específicas para vírus e oferecem pouca proteção contra patógenos desconhecidos.
Mutações virais de evolução rápida podem tornar as vacinas existentes menos eficazes, como visto com as variantes da gripe e do SARS-CoV-2.
4.2 Acesso global limitado
A desigualdade na vacinação e os desafios logísticos deixam grandes populações globais vulneráveis, especialmente em locais com poucos recursos.
A hesitação em vacinar devido à desinformação limita ainda mais a cobertura.
4.3 Dependência e Excesso de Confiança
Uma abordagem centrada em vacinas corre o risco de ofuscar medidas preventivas mais amplas, como intervenções no estilo de vida e na nutrição.
A incapacidade da vacinação contra a COVID-19 de prevenir a transmissão e sua eficácia de curta duração destacam a necessidade de soluções alternativas.
5. O Poder da Imunidade da Nutrição Ortomolecular
5.1 O que é imunidade ortomolecular?
A nutrição ortomolecular se concentra em otimizar a saúde fornecendo ao corpo as moléculas certas nas quantidades certas.
Essa abordagem melhora a função imunológica, tornando-a uma defesa universal contra infecções.
5.2 Nutrientes essenciais para a saúde imunológica
Vitamina C: melhora a função dos glóbulos brancos, neutraliza os radicais livres e auxilia na atividade antiviral.
Vitamina D: Regula as respostas imunológicas e reduz o risco de infecções respiratórias.
Zinco: essencial para o desenvolvimento e a função das células imunológicas.
Magnésio e selênio: auxiliam processos enzimáticos essenciais para a imunidade.
5.3 Função imunológica e saúde ideais: uma abordagem integrativa
A função imunológica ideal é a pedra angular da nossa saúde geral. Alcançar a saúde ideal requer que todos os sistemas do corpo, incluindo o metabolismo, operem da melhor forma possível. Isso inclui manter níveis ideais e equilibrados de vitaminas , micronutrientes e saúde hormonal , todos os quais desempenham papéis críticos na imunidade e no bem-estar geral.
Para atingir e sustentar esse estado, uma abordagem de Medicina Ortomolecular — envolvendo a otimização precisa de vitaminas e micronutrientes, integrada ao equilíbrio hormonal, uma dieta rica em nutrientes e um estilo de vida saudável — é essencial. Juntos, esses elementos apoiam a resiliência, melhoram a função imunológica e promovem a saúde duradoura.
A Sociedade Internacional de Medicina Ortomolecular tem uma extensa lista de vitaminas e minerais para aumentar sua imunidade, prevenir e tratar infecções (1) .
O Orthomolecular Medicine News Service também publicou extensivamente sobre este tópico (2) .
Uma descrição detalhada desses princípios foi amplamente publicada por profissionais ortomoleculares e outros em plataformas como orthomolecular.org , ISOM.ca e outras fontes. A lista de referências abaixo inclui uma seleção de tais publicações recentes (3) , juntamente com meus protocolos preferidos para prevenção (3) e tratamento de infecções (4) .
5.4 Benefícios sobre vacinas
Proteção universal: a imunidade ortomolecular fortalece as defesas do corpo contra uma ampla gama de patógenos, incluindo aqueles de origem desconhecida.
Adaptabilidade: Ao contrário das vacinas, não depende da identificação de patógenos específicos.
Segurança: Intervenções baseadas em nutrientes apresentam baixo risco de efeitos adversos, desde que sejam tomadas dentro das dosagens recomendadas.
6. Comparando imunidade ortomolecular e vacinas
Aspecto Imunidade Ortomolecular Vacinas
Âmbito de proteção Amplo espectro, eficaz contra patógenos desconhecidos Específico do vírus, limitado a cepas conhecidas
Adaptabilidade Independente de mutações virais A eficácia diminui com mutações
Acessibilidade Amplamente disponível, custo-efetivo Limitado pela produção e distribuição
Benefícios a longo prazo Melhora a saúde geral e a resiliência Imunidade de curto prazo com reforços necessários
Efeitos colaterais Mínimo, com potencial para problemas ocasionais com tolerabilidade específica de nutrientes Potencial para efeitos colaterais leves a graves, incluindo reações alérgicas e complicações
7. Recomendações
Mensagens públicas:
Mude de narrativas que induzem medo para mensagens que empoderam com medidas de saúde proativas.
Estratégias Integrativas:
Combine esforços de vacinação com nutrição ortomolecular para construir defesas imunológicas abrangentes.
Análise crítica da mídia:
Incentivar relatórios equilibrados sobre eficácia e efeitos colaterais de vacinas e estratégias nutricionais.
Mudança de política:
Defenda a priorização da imunidade nutricional ortomolecular como um pilar central da política de saúde pública.
Pesquisa e Advocacia:
Invista em estudos que explorem o papel da nutrição ortomolecular na prevenção e no controle de doenças virais.
Promova a conscientização pública sobre os benefícios dos nutrientes que fortalecem o sistema imunológico.
8. Discussão e Conclusão
É inverno mais uma vez, e com ele vêm várias infecções respiratórias, incluindo pneumonias como COVID-19 e metapneumovírus humano (HMPV), influenza grave (influenza aviária H5N1) e varíola dos macacos (Mpox). Continuamos a receber inúmeras perguntas da China, dos Estados Unidos e de outras partes do mundo sobre como prevenir e tratar essas infecções virais persistentes e potencialmente fatais.
Na minha experiência pessoal, não tive nenhuma infecção séria, febre ou doença grave desde que adotei um regime de vitaminas e micronutrientes em altas doses, combinado com uma dieta cetogênica de baixo teor de carboidratos, jejum intermitente e exercícios regulares — minha versão personalizada de um protocolo de medicina ortomolecular integrativa — nos últimos 15 a 20 anos. Isso inclui a duração da pandemia de COVID-19, durante a qual viajei extensivamente pela China, Estados Unidos, Europa e Ásia (Japão, Coreia do Sul, Taiwan) e testei consistentemente negativo para COVID-19 em mais de uma dúzia de testes de PCR. Não recebi nenhuma vacina. Desde o início da pandemia, expressei publicamente ceticismo sobre vacinas em periódicos acadêmicos, vários meios de comunicação e entrevistas na televisão nacional em vários países. Essa postura levou a ser rotulado como antivacina e a enfrentar censura e proibições em diferentes plataformas de mídia. Apesar disso, permaneci firme em meu compromisso com a saúde e a verdade. Não farei afirmações sem uma pesquisa completa, nem defenderei nada em que não acredite genuinamente.
O medo crescente de doenças virais destaca a necessidade urgente de uma abordagem racional e baseada na ciência que priorize a resiliência imunológica. A nutrição ortomolecular fornece uma estratégia poderosa e universal para proteção contra infecções, oferecendo uma alternativa às limitações da dependência de vacinas. Ao incorporar intervenções nutricionais baseadas em evidências em políticas de saúde pública e encorajar abordagens holísticas, podemos capacitar indivíduos a enfrentar os desafios de saúde atuais e futuros com confiança e sustentabilidade.
Chegou a hora de mudar o foco das medidas de saúde pública de respostas reativas a pandemias para estratégias proativas e orientadas à prevenção, baseadas na ciência e no senso comum. Etapas acionáveis incluem otimizar os níveis de vitaminas e micronutrientes, gerenciar o estresse, manter uma dieta rica em nutrientes e adotar práticas de estilo de vida que promovam a resiliência geral. Tal abordagem não apenas fortalecerá a saúde imunológica, mas também abrirá caminho para uma população global mais saudável e robusta.
Referências:
1.ISOM. [citado em 15 de janeiro de 2025]. COVID-19: Introdução. https://isom.ca/covid-19/
2.OMNS. Notícias Ortomoleculares [Internet]. [citado em 15 de janeiro de 2025]. https://orthomolecular.org/resources/omns/index.shtml
3.Cheng RZ. Prevenção de infecções: Protocolo de medicina ortomolecular integrativa [Internet]. 2025. Disponível em: http://www.drwlc.com/blog/2025/01/09/preventing-viral-infections-integrative-orthomolecular-medicine-protocol/
4.Cheng RZ. Tratando Infecções: Protocolo de Medicina Ortomolecular Integrativa [Internet]. 2025. Disponível em: http://www.drwlc.com/blog/2025/01/09/acute-infection-treatment-integrative-orthomolecular-medicine-protocol/
sábado, 25 de janeiro de 2025
Posição incorreta do braço durante medição de pressão arterial leva a diagnósticos errados de hipertensão
Medições precisas da pressão arterial são mais importantes do que você imagina. A hipertensão, muitas vezes chamada de assassina silenciosa, é a principal causa de doenças cardiovasculares e mortes evitáveis no mundo todo. Todos os anos, milhões de pessoas sofrem de ataques cardíacos e derrames, decorrentes da pressão alta não controlada.
Quando você visita seu médico, a leitura da pressão arterial (PA) que você recebe desempenha um papel importante na determinação do seu plano de saúde. Se a sua pressão arterial for medida de forma inadequada, isso poderá levar a consequências sérias. A superestimação pode resultar em medicamentos desnecessários e estresse, enquanto a subestimação pode significar a falta de um diagnóstico crítico que precisa de atenção imediata.
No estudo de outubro de 2024 intitulado “Posição do braço e leituras da pressão arterial: o ensaio clínico randomizado ARMS Crossover”, publicado no JAMA Internal Medicine, os pesquisadores exploraram como diferentes posições do braço durante a medição da pressão arterial afetam a precisão das leituras. Essa medição imprecisa pode levar a diagnósticos errados de hipertensão em até 54 milhões de adultos americanos.
Quais são as práticas atuais na medição da pressão?
Ao medir a pressão arterial, as diretrizes clínicas enfatizam o apoio do braço sobre uma mesa com o manguito posicionado na altura do coração para garantir medições precisas. Essa posição padronizada ajuda a manter a consistência e a confiabilidade. Entretanto, em ambientes clínicos cotidianos, essa posição ideal do braço é negligenciada com frequência.
Apesar dessas recomendações, posições de braço não padronizadas são bastante utilizadas. Muitos profissionais de saúde medem a pressão arterial com os braços dos pacientes apoiados no colo ou pendurados sem apoio nas laterais. Essas posições alternativas causam imprecisões nas leituras da pressão.
Fatores como espaço de trabalho limitado, restrições de tempo e treinamento inadequado contribuem para o uso comum de posições inadequadas do braço. Embora já se suspeite há muito tempo que a posição do braço afeta as leituras da pressão arterial, estudos anteriores que tentavam confirmar isso tinham limitações.
Muitos estudos incluíam um número insuficiente de participantes, não tinham randomização ou testaram posições que no geral não são usadas em ambientes clínicos. Essas falhas metodológicas afetaram a validade dos seus resultados, dificultando tirar conclusões definitivas sobre como a posição do braço influencia as leituras de pressão.
Novo estudo esclarece melhor como a posição do braço influencia a pressão arterial
Para abordar essas lacunas, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins reuniram 133 adultos de Baltimore e testaram com cuidado três posições diferentes dos braços ao medir a pressão. Ao contrário de estudos anteriores, este ensaio utilizou um delineamento cruzado randomizado, garantindo que cada participante experimentasse todas as posições do braço. Este método forneceu dados mais confiáveis sobre como a posição do braço afeta as leituras de pressão.
O estudo clínico ARMS Crossover revelou que posições de braço não padronizadas, como apoiá-lo no colo ou deixá-lo pendurado ao lado do corpo, resultaram com consistência em leituras de pressão mais altas. Essa descoberta foi significativa porque sugeriu que milhões de pessoas podem ter tido um diagnóstico errado de hipertensão devido ao simples fato da posição do braço estar inadequada durante as medições da pressão.
Segundo os pesquisadores, apoiar o braço no colo aumenta bastante as leituras da pressão arterial. Em específico, a pressão arterial sistólica (PAS) foi superestimada em uma média de 3,9 mmHg, e a pressão arterial diastólica (PAD) aumentou em 4,0 mmHg em comparação com a posição padrão na mesa. Esses aumentos são substanciais o suficiente para influenciar decisões médicas, levando a tratamentos desnecessários.
Além disso, essa superestimação foi consistente em vários subgrupos, incluindo aqueles com maior índice de massa corporal (IMC) e indivíduos que não tiveram acesso a cuidados de saúde no ano anterior. Essa consistência destaca que a posição do colo é um problema generalizado, não limitado a populações específicas, e que a conveniência de apoiar o braço no colo em ambientes clínicos movimentados muitas vezes prevalece sobre a adesão às diretrizes.
O estudo também descobriu que deixar o braço pendurado sem apoio na lateral causou uma superestimação ainda maior da pressão arterial. Nessa posição, a PAS foi elevada em média 6,5 mmHg, e a PAD aumentou 4,4 mmHg em comparação à posição de referência com apoio. Um aumento de 6,5 mmHg na PAS é clinicamente significativo e pode levar os indivíduos a se encaixarem na categoria de hipertensos.
A superestimação da posição lateral também foi mais pronunciada entre indivíduos cujos níveis de PAS já estavam elevados. Aqueles com PAS de 130 mmHg ou mais apresentaram um aumento ainda maior, com superestimação da PAS atingindo cerca de 9 mmHg. Esse aumento em grupos de alto risco agrava o risco de diagnóstico incorreto, pois esses indivíduos já são vulneráveis a complicações cardiovasculares.
O estudo enfatiza que as posições de braço sem apoio não são apenas pequenos desvios, mas fatores substanciais que distorcem as medições da pressão. No geral, o estudo clínico ARMS Crossover fornece evidências sólidas de que posições do braço não padronizadas, como as posições no colo e na lateral, levam a uma superestimação significativa da pressão arterial.
Compreendendo as razões fisiológicas por trás da superestimação da pressão arterial
Quando seu braço não está posicionado de forma correta, a distância entre seu coração e o manguito de pressão arterial muda. Se o seu braço estiver apoiado no colo ou pendurado ao lado, o manguito pode estar abaixo do nível do coração. Essa diferença de altura aumenta a pressão hidrostática na artéria braquial, fazendo com que a leitura da pressão arterial fique mais alta do que realmente está.
Além disso, quando seu braço não está apoiado, o corpo responde ajustando o fluxo sanguíneo para manter a estabilidade. Posições sem apoio de braço diminuem o retorno venoso, o que significa que menos sangue flui de volta para o coração. Para compensar, os vasos sanguíneos se contraem, aumentando a resistência vascular e elevando a pressão arterial. E deixar o braço pendurado faz com que seus músculos se contraiam, o que aumenta ainda mais sua pressão arterial de forma temporária.
Essas respostas fisiológicas ajudam seu corpo a manter o equilíbrio, mas também levam a leituras imprecisas da pressão. Entender essas reações do corpo permite que você esteja mais atento durante futuras medições de pressão arterial, garantindo resultados mais precisos.
Implicações mais amplas do diagnóstico incorreto da pressão arterial
O diagnóstico incorreto da hipertensão afeta milhões de indivíduos. Isso leva à prescrição excessiva de medicamentos anti-hipertensivos que têm sido associados a vários efeitos colaterais adversos, como tosse seca persistente, hipotensão ortostática, desequilíbrios eletrolíticos, disfunção renal, ganho de peso, disfunção sexual e alterações de humor.
Esses efeitos colaterais prejudicam sua qualidade de vida de forma significativa e levam à polifarmácia, onde vários medicamentos são prescritos para tratar os sintomas causados por outros medicamentos. A polifarmácia aumenta o risco de interações medicamentosas, que pioram os efeitos colaterais ou cria novos problemas de saúde. Por exemplo, combinar anti-hipertensivos com estatinas leva a complicações sérias, como aumento do risco de diabetes tipo 2, dores musculares e danos ao fígado.
Além disso, o tratamento desnecessário aumenta a probabilidade de não adesão à medicação, pois os pacientes ficam frustrados com os efeitos colaterais dos medicamentos que não precisam. Essa não adesão resulta no controle irregular da pressão arterial, complicando ainda mais o tratamento médico.
Além da saúde individual, as consequências ambientais da prescrição excessiva de medicamentos anti-hipertensivos também merecem atenção. A produção e o descarte de produtos farmacêuticos em excesso contribuem para a poluição ambiental, em particular em sistemas hídricos. Medicamentos como betabloqueadores e estatinas estão sendo cada vez mais detectados em ecossistemas aquáticos, onde representam uma ameaça à vida selvagem e à qualidade da água.
Melhores práticas para medição precisa da pressão
Para evitar medições incorretas da pressão, os autores do estudo recomendam o uso de dispositivos automatizados para minimizar erros humanos e eliminar as inconsistências inerentes às medições manuais. Dispositivos como o ProBP 2000, usados no ARMS Crossover Trial fornecem medições precisas e repetíveis, reduzindo a variabilidade muitas vezes observada em medições manuais.
Padronizar protocolos de medição em todas as unidades de saúde também é importante para garantir a consistência. Diretrizes claras sobre a posição do braço, tamanho do manguito e preparação do paciente ajudam os profissionais de saúde a obter medições precisas e comparáveis. Essa padronização proporciona diagnósticos e decisões de tratamento mais precisos, melhorando, em última análise, os resultados dos pacientes.
Treinar profissionais de saúde sobre a posição correta do braço é outra recomendação importante para garantir que todos eles sigam técnicas de medição padronizadas. Educar os pacientes também é importante, para garantir que eles sigam a posição correta do braço para obter leituras precisas da pressão, tanto em ambientes clínicos quanto durante medições em casa.
Por fim, o estudo enfatiza a importância de equipar os ambientes clínicos com as ferramentas adequadas, como apoio de braço ajustável, mesas resistentes e manguitos de pressão arterial de tamanho correto, para manter a posição adequada do braço.
Da medição precisa ao gerenciamento ativo — Estratégias para uma pressão arterial saudável
Embora o estudo em destaque evidencie a importância da medição precisa da pressão arterial para o diagnóstico e tratamento adequados, é importante ter em mente que, mesmo com técnicas de medição perfeitas, muitas pessoas ainda lutam contra uma hipertensão genuína que requer gerenciamento. Manter um nível saudável de pressão arterial requer uma abordagem abrangente. Aqui estão algumas estratégias que recomendo que você adote:
Evite óleos de sementes e alimentos processados: Os óleos de sementes são uma fonte primária de ácido linoleico, um tipo de gordura poliinsaturada ômega-6 (AGPI). A ingestão excessiva de LA está associada a quase todas as doenças crônicas, incluindo pressão alta, obesidade, resistência à insulina e diabetes.
O LA fica incorporado nas membranas celulares, causando estresse oxidativo, e permanece lá por até 7 anos. Os metabólitos oxidativos do ácido linoleico (OXLAMs) são responsáveis por danos celulares significativos, sobretudo nas células endoteliais. Esse dano contribui para a disfunção vascular, que é um fator-chave no início de paradas cardíacas e ataques cardíacos.
Para proteger a saúde cardiovascular, recomendo reduzir de maneira radical sua ingestão de LA eliminando os óleos de sementes da sua cozinha. Evite alimentos processados, que costumam ser carregados de óleos de sementes, assim como refeições de restaurantes, já que a maioria é preparada com esses óleos pouco saudáveis.
Passe tempo no sol: A exposição ao sol estimula a produção de óxido nítrico, que dilata os vasos sanguíneos e diminui a pressão arterial. O óxido nítrico também protege seu endotélio e aumenta a melatonina mitocondrial, melhorando a produção de energia celular. No entanto, é importante ter cuidado com a exposição ao sol, ainda mais se sua dieta for rica em óleos de sementes.
Esses óleos se acumulam na pele e oxidam ao serem expostos ao sol, causando inflamação e danos no DNA, aumentando o risco de queimaduras solares. Se você estiver fazendo uma dieta rica em LA, recomendo evitar a exposição intensa ao sol até reduzir a ingestão de óleo de semente por 4 a 6 meses. À medida que você reduz a ingestão de LA, aumente aos pouco o tempo que você passa ao ar livre. Com o tempo, você poderá aproveitar uma hora ou mais durante os horários de pico de luz solar.
Reduza seus níveis de insulina e açúcar no sangue: Estratégias simples para conseguir isso incluem evitar alimentos ultraprocessados e adoçantes artificiais, restringir de forma significativa a ingestão de LA e praticar exercícios com frequência.
Aborde o estresse crônico: Isso aumenta o açúcar no sangue e a pressão arterial, promove a coagulação sanguínea e prejudica seus sistemas de reparação. O cortisol, um hormônio responsável pelo estresse, reduz a produção de células endoteliais.
Otimize a saúde do seu intestino: O mau funcionamento intestinal leva à inflamação sistêmica, aumentando o risco de doenças cardíacas. Certas bactérias intestinais, como a Oscillibacter, foram associadas a níveis mais baixos de colesterol e menor risco de doenças cardíacas. Essas bactérias quebram o colesterol em moléculas menores que não aumentam o risco de doenças cardíacas.
Manter um microbioma intestinal diversificado e equilibrado, em especial promovendo bactérias intolerantes ao oxigênio, como a Akkermansia, fortalece as defesas intestinais e a saúde geral. A importância da saúde intestinal na prevenção de doenças cardíacas também vai além do controle do colesterol. Bactérias intolerantes ao oxigênio produzem ácidos graxos de cadeia curta benéficos que promovem a saúde intestinal.
No entanto, fatores do estilo de vida moderno, como o consumo de óleo de semente e a exposição a toxinas como produtos químicos desreguladores endócrinos nos plásticos perturbam esse equilíbrio delicado, levando ao aumento da produção de endotoxinas e à inflamação sistêmica. Para colocar seu microbioma intestinal de volta nos trilhos e reduzir a inflamação, incorpore alimentos fermentados, como iogurte de leite de vaca alimentada com capim, chucrute, kimchi ou kefir, em sua dieta e considere tomar um probiótico de alta qualidade.
Tome coenzima Q10: A CoQ10 é um poderoso antioxidante essencial para a produção de energia celular, o que o torna benéfica para os músculos cardíacos, que têm cerca de 5.000 mitocôndrias por célula.
Um estudo publicado na revista Antioxidants (Basel) afirma que a CoQ10 ajuda a reduzir o estresse oxidativo, diminui o risco de morte por causas cardiovasculares e melhora os resultados em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio.
Ela também ajuda a prevenir o acúmulo de lipoproteína de baixa densidade oxidada (LDLox) nas artérias, reduz a rigidez vascular e a pressão alta, melhora a função endotelial ao reduzir as espécies reativas de oxigênio (ERO) e aumenta os níveis de óxido nítrico.
Outro estudo recente em uma grande coorte chinesa, publicado no jornal Nutrients, descobriu que a ingestão moderada de CoQ10 na dieta protegia contra o início de hipertensão.
Aumente seus níveis de magnésio: Este mineral desempenha um papel no transporte de cálcio e potássio através das membranas celulares, o que é importante para a “condução do impulso nervoso, contração muscular, tônus vasomotor e ritmo cardíaco normal”.
🔍Recursos e Referências
JAMA Intern Med 2024 Oct 7:e245213
MedlinePlus, High Blood Pressure Medications
Int. J. Chem. and Lifesci., 2021, 10 (5), 2131-2144
Statpearls [Internet]. Polypharmacy
Mayo Clinic, Statins Side Effects
HRB Open Res. 2021 Mar 17;2:29
Water 2023, 15(20), 3536
NIH, April 16, 2024
PeerJ. 2018; 6: e4790
Antioxidants (Basel). 2021 May; 10(5): 755
Nutrients 2024, 16(15), 2478
Asian Journal of Complementary and Alternative Medicine, 2023, Volume 11, Issue 02
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