Certamente você já ouviu falar do oxalato, que pode gerar cálculos renais – em especial de oxalato de cálcio. Além disso, tártaro dentário também pode ser causado pelo mesmo problema.
Estas consequências são de certa forma visíveis e palpáveis, mas há outros efeitos prejudiciais ocultos que são bem mais sérios.
Os oxalatos podem causar inflamação, desequilíbrio mineral, disfunção mitocondrial, comprometimento do tecido conjuntivo, manifestações autoimunes, problemas intestinais e neurológicos.
Na parte cardíaca, pode contribuir para arritmia, insuficiência cardíaca e alteração do endotélio vascular.
Há certos problemas de saúde que não se resolvem com os tratamentos convencionais. Nesses casos, é hora de pensar se na verdade não se trata de toxicidade por oxalato.
Como exemplo temos fibromialgia e doenças autoimunes, como artrite reumatóide e lúpus. Todas podem estar relacionadas aos oxalatos.
Oxalato
São micromoléculas presentes em muitos vegetais, sementes e nozes.
São altamente reativos, ligando-se em minerais de nosso corpo, como o cálcio, e formando cristais solúveis que são facilmente absorvíveis pelo trato digestivo,
especialmente nas situações de intestino poroso ou inflamado.
Com isso, atingem as células tanto do endotélio vascular como de outras estruturas celulares, comprometendo seu metabolismo.
Condições que aumentam sua absorção
Quando o filme de revestimento intestinal está danificado, os fatores que mais potencializam sua absorção são:
– Glifosato e ecologia intestinal
Muito frequente quando se ingere vegetais que não são orgânicos é promover um desequilíbrio entre os micróbios intestinais, causando por si só um estado de inflamação
crônica nos intestinos, que aumentam a absorção de oxalato. Além disso, há aumento do risco de câncer, doença de Crohn, hepatite, esquistossomose, tireoidite, prostatite e a doença do intestino inflamatório.
– Antibióticos e ecologia intestinal
O uso frequente de antibióticos também leva a várias formas de desequilíbrio do microbioma, potencializando a absorção de oxalato.
– Vegetais ricos em fitalatos e lectinas
Pioram a inflamação intestinal, facilitando a absorção do oxalato.
Fontes alimentares de oxalato
Batatas, batata-doce, espinafre, couve flor, acelga e beterraba
Amendoins, feijão preto, trigo sarraceno, quinoa, soja, azeitona e chocolate
Nozes e sementes
Frutas como: carambola (a mais rica), kiwi, peras, goiaba, figos, damasco, amoras e abacates verdes.
Óleos e gorduras, mesmo quando extraídos de plantas, são baixos em oxalatos.
Como desintoxicar o oxalato
A maneira correta é se afastar ou reduzir ao máximo essas fontes alimentares por algum tempo, permitindo que o organismo tenha condição de expulsá-los.
Mas veja, isso não significa que você precise se afastar dos seus smoothies e das suas saladas. Simplesmente não insista em uma combinação monótona,
repetitiva. Procure variar ao máximo os vegetais que usa.
Aliás, isso vale para todas as fontes alimentares, mas deve ser feito lentamente para não ter efeitos desfavoráveis de desintoxicação.
O que enfatizar na dieta
Para ajudar, opte por alimentos que enfraquecem as ligações dos cristais de oxalato, facilitando a sua eliminação, inclusive dos cálculos renais. Para isso inclua:
Suco de limão – ¼ de xicara diluído em água ou no vinagre
Água fresca de coco verde natural
Vinagre de maçã a 6% não filtrado – 02 colheres de sopa em 01 copo de água
Procure consumir gorduras boas em abundância, proteína em moderação, vegetais com pouco oxalato e carboidrato em pequena quantidade.
Suplementos a serem associados
Além dessa atitude de reduzir as fontes alimentares que contenham oxalato, é aconselhável associar certos suplementos:
Cálcio – É muito comum, por mais estranho que pareça, que se suplemente esse mineral, mas o que os estudos mostram é que ele vai ajudar a não se formar cristais de oxalato,
pois nestas dietas há frequentemente uma baixa ingesta desse mineral. A dose recomendada pelos estudos é de 1.000 mg por dia.
Magnésio – Também é indicado, pois ajuda a se ligar como cálcio e enfraquecer as condições de geração de oxalato. Estudos indicam bons resultados com doses de 500 mg por dia.
Potássio – Importante na desintoxicação do oxalato, protegendo a parte cardíaca e vascular. A dose recomendada depende da gravidade do caso, e só o seu médico poderá lhe aconselhar.
Fique de olho, pois mesmo alimentos considerados saudáveis podem esconder alguns riscos. Estar bem informado é sua melhor arma para se prevenir e conquistar uma Supersaúde!
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Referências bibliográficas:
https://drrondo.com/o-perigo-do-oxalato-nos-alimentos-saudaveis/
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Am J Clin Nutr, 2008; 87(5): 1262-7.
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www.drrondo.com/glifosato-caminho-doenca-moderna/
www.drrondo.com/vinagre-de-maca-solucao-azia-indigestao-refluxo-gastrico/
"Superalimentos Tóxicos: Como a sobrecarga de oxalato está deixando você doente — e como melhorar", Sally Norton mergulha no paradoxo de como alguns alimentos considerados benéficos para a saúde podem, na verdade, ser prejudiciais. O vilão central desta narrativa são os oxalatos, ou ácido oxálico, substâncias presentes em uma variedade de plantas, como leguminosas, cereais, sementes, nozes, frutas, bagas e ervas. Os oxalatos são compostos químicos que, em sua forma pura, são conhecidos como ácido oxálico, um agente corrosivo e potencialmente tóxico. Esta substância, ao se ligar a minerais, forma sais denominados oxalatos. Um exemplo notório é o oxalato de cálcio, que, ao se acumular no organismo, pode contribuir para a formação de cálculos renais dolorosos. Além disso, ao contrário de outras toxinas alimentares, os oxalatos são resistentes a métodos de preparação de alimentos como cozimento, imersão ou fermentação. Até mesmo a suplementação mineral é insuficiente para n...
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