sábado, 14 de dezembro de 2024
DIETE CARNIVORA
Minha dieta quase não tem vitamina C e deixei de suplementar há mais de 6 meses.
Alguns processos onde a vitamina C é fundamental: para síntese da L-Carnitina, para síntese de colágeno, para metabolismo do ferro heme. Em nenhum desses processos uma pessoa que faz dieta carnívora usa a vitamina C. Porque já consumimos a o colágeno pronto com os aminoácidos já hidroxilados, já consumimos a Carnitina pronta sem necessidade de síntese, o ferro heme não precisa de vitamina C pra ser metabolizado, diferente do ferro não heme vegetal. Além do que as vias metabólicas da vitamina C competem com as vias do carboidratos, e essa competição não ocorre na nossa dieta que não tem carboidratos.
A função anti oxidante da vitamina C é perfeitamente substituída pelo ácido úrico, que tem uma capacidade muito maior anti oxidativa que a vitamina C. Na natureza, os animais que perderam a capacidade de síntese de vitamina C ganharam um ácido úrico regulado para cima.
Também não temos em nossa dieta anti nutrientes que prejudicam a absorção da vitamina C, como é o caso de flavonóides como a quercetina.
Um fato é indiscutível: não há escorbuto na carnívora.
A dieta carnívora pede um olhar novo para a nutrição. E sobretudo humildade, porque o que tinhamos como certeza está sendo desconstruído.
METABOLISMO
O corpo humano é regido por uma complexa rede de comunicação celular, com o sistema
endócrino agindo como maestro.
Hormônios, os mensageiros químicos, conectam órgãos e tecidos,
ajustando funções às demandas internas e externas para manter a homeostase.
O tecido adiposo, além de armazenar energia, secreta leptina, que controla o
apetite ao informar o cérebro sobre as reservas de gordura, e adiponectina,
que melhora a sensibilidade à insulina. O músculo esquelético, além de gerar
movimento, age como órgão endócrino, liberando irisina, que converte gordura
branca em bege, e mionectina, que modula o metabolismo lipídico.
O fígado contribui com angiotensinogênio, que regula a pressão arterial,
e hepcidina, que ajusta os níveis de ferro no organismo.
O pulmão, além de oxigenar o sangue, converte angiotensina I em angiotensina II,
um vasoconstritor potente, e a bradicinina, que modula inflamações e tônus vascular.
Os rins regulam líquidos e minerais com renina, que ativa o sistema renina-angiotensina,
e a eritropoetina (EPO), que estimula glóbulos vermelhos, e o calcitriol, que regula o
cálcio e a saúde óssea.
O sistema digestivo, por sua vez, comunica-se hormonalmente: o estômago libera gastrina,
que estimula ácido gástrico, grelina, que ativa a fome, e somatostatina, que equilibra
secreções. Já o intestino secreta secretina, que ajusta o pH, CCK, que ajuda na digestão,
e PYY, que promove saciedade.
O cérebro lidera essa sinfonia. O hipotálamo secreta ocitocina, fortalecendo vínculos emocionais,
e ADH, que regula líquidos corporais.
A hipófise, sob seu comando, secreta GH, que promove crescimento, e ACTH, que ativa a adrenal.
O pâncreas controla a glicemia com insulina e glucagon. A tireoide regula o metabolismo com
T3 e T4, enquanto a calcitonina ajusta os níveis de cálcio.
As adrenais liberam cortisol e aldosterona, enquanto as gônadas
produzem testosterona e estradiol.
O coração, por fim, regula a pressão arterial com o PNA.
Esse sistema sincroniza o corpo com o ambiente, sustentando a vida.
Estatinas
As estatinas são medicamentos amplamente prescritos para reduzir o colesterol, mas podem causar efeitos colaterais, como mialgias (dores musculares). O mecanismo pelo qual as estatinas interferem na produção de coenzima Q10 (CoQ10) e como isso pode causar mialgias é complexo, mas podemos simplificar:
1. Inibição da via do mevalonato: As estatinas atuam inibindo uma enzima chamada HMG-CoA redutase, que é essencial para a produção de colesterol no fígado. No entanto, essa mesma via metabólica é responsável pela produção de outros compostos, incluindo a CoQ10. Ao inibir a HMG-CoA redutase, as estatinas reduzem não apenas a síntese de colesterol, mas também a produção de CoQ10.
2. Papel da Coenzima Q10: A CoQ10 é uma substância essencial para a produção de ATP nas células. Ela desempenha um papel crítico na cadeia de transporte de elétrons na mitocôndria, onde a maior parte da energia celular é gerada. A falta de CoQ10 pode levar a uma diminuição na produção de energia dentro das células, especialmente nas células musculares.
3. Mialgias (dores musculares): As células musculares, em particular, são muito dependentes de uma quantidade adequada de CoQ10 para funcionarem corretamente. Quando a produção de CoQ10 é reduzida devido ao uso de estatinas, pode haver uma disfunção muscular, resultando em mialgias. Além disso, a deficiência de CoQ10 pode levar a um aumento do estresse oxidativo nas células musculares, contribuindo ainda mais para as mialgias.
Isso não significa que a suplementação de CoQ10 vai superar essa deficiência. Alguns estudos mostram que a suplementação melhora a mialgia dos pacientes que usam estatinas, no entanto estudos mais robustos mostram que não há melhora das mialgias com suplementação de CoQ10.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2024
Hábitos que Podem Prejudicar o Funcionamento da Tireoide
Hábitos que Podem Prejudicar o Funcionamento da Tireoide
Os hormônios produzidos pela glândula tireoide são responsáveis pelo metabolismo do corpo. Quando estes hormônios não são sintetizados em uma quantidade satisfatória, o corpo sofre uma série de consequências desagradáveis.
Metabolismo atrasado, dificuldade de perder peso, inchaço, preguiça, fraqueza, problemas de memória, são apenas algumas das consequências que o hipotireoidismo pode trazer. Fiz este artigo para que todos entendam os hábitos que podem prejudicar o funcionamento da tireoide.
Entendendo a tireoide
A tireoide é uma glândula, que fica localizada na parte anterior pescoço e tem a forma muito parecida com a de uma borboleta. Glândula esta responsável pela secreção dos hormônios tireoídeos. Para produzir corretamente os hormônios, a tireoide precisa de micronutrientes como Iodo, Selênio, Zinco, entre outros.
Estes nutrientes vão vir da alimentação, portanto manter uma alimentação saudável e rica é muito importante para o bom funcionamento da tireoide. Uma boa alimentação, leva a uma boa digestão, boa assimilação e consequentemente boa metabolização para ofertar tudo isso ao corpo.
Para boas quantidades de Selênio, aposte nas oleaginosas, como a Castanha do Pará por exemplo, a ingestão de uma a duas castanhas por dia está muito bom. Cuidado com os excessos, 100g de castanhas contém mais de 600 calorias.
A falta de atividade física, má qualidade de sono, excesso de álcool e drogas, todos estes hábitos ruins impactam no funcionamento do corpo todo por consequência da tireoide também.
Quer entender mais sobre o hipotireoidismo? Clique aqui para acessar o artigo Hipotireoidismo: Investigação e Diagnóstico.
O Flúor de todos os dias
Ingerir água fluoretada ou mesmo usar flúor para higienizar os dentes é um hábito muito comum. Não vou entrar no mérito odontológico aqui, pois não é a minha área, mas o que eu posso dizer é que, para o corpo, esse flúor ingerido em poucas doses todos os dias, faz mal.
Esta pouca quantidade mas que é ingerida todos os dias, continuamente, e através das limpezas regulares feitas no dentista (com alta concentração flúor) prejudicam o funcionamento da tireoide e deveriam ser repensadas. Quando escovamos os dentes, o creme dental que utilizamos entra em contato com toda a parte interna da boca, inclusive com a mucosa e mucosa sublingual, onde então é absorvido pelo organismo.
O flúor e o iodo são absorvidos pelas mesmas vias, logo, o flúor concorre com o iodo. Absorver mais flúor, pode significar absorver menos iodo, então temos chances de ter problemas na tireoide.
Outros elementos químicos
O Bromo ainda é utilizado no Brasil. A sua utilização é nas padarias, para fazer aquele pão mais aerado. Na Europa já é proibido, mas aqui no Brasil infelizmente ainda é usado.
O Cloro também é outro elemento que prejudica o funcionamento da tireoide. Nas pessoas que passam muito tempo em piscinas tratadas com Cloro, a pele acaba absorvendo esse Cloro. No caso da sauna, a pessoa vai inalar a água com Cloro, acontece a mesma coisa. Todos eles, Flúor, Bromo e Cloro podem acabar tendo preferência ao iodo, na hora da absorção do organismo e prejudicando a absorção e refletindo no funcionamento do corpo todo.
Os alimentos Goitrogênicos
São chamados Goitrogênicos os alimentos que podem prejudicar o funcionamento da tireoide.
As hortaliças da família brassicacea (antigamente chamadas de crucíferas), são exemplos de alimentos goitrogênicos. São elas: repolhos, brócolis, couves em geral (couve-flor, couve manteiga, couve chinesa, couve de Bruxelas), nabos, rabanetes e mostardas. Estes alimentos, quando ingeridos em grandes quantidades diariamente, podem vir a prejudicar o funcionamento da tireoide.
Cuide muito com o suco verde toda manhã caso tenha problemas com a tireoide. No caso destes alimentos, o cozimento pode ajudar a retirar um pouco os nutrientes que podem prejudicar a fabricação dos hormônios da tireoide.
Além das crucíferas, é preciso comentar sobre a soja. Ela é considerada um alimento ruim para o corpo humano em geral. Eu mesmo nem considero mais a soja como um alimento, pois já passou por tantos processos industriais e modificações que acabou se tornando um produto. O consumo da soja também pode ser prejudicial para o funcionamento da tireoide.
Confira aqui o vídeo onde falo sobre o consumo da soja transgênica e o câncer.
Medicamentos que prejudicam a tireoide
Também existem medicamentos que podem prejudicar o funcionamento da tireoide, como os antidepressivos e ansiolíticos. Boa parte destes remédios são compostos químicos que contém substâncias que podem atrapalhar o funcionamento da glândula.
Estes compostos podem conter os já falados flúor, ou cloro. Remédios cujos nomes começam com prefixos que vem de flúor ou cloro, exemplo Fluoreto ou Cloreto de alguma coisa, mostra que existe estes elementos na fórmula, este conhecimento é válido para saber o que se toma.
Alguns antiarrítmicos também podem atrapalhar o funcionamento da tireoide. Cuide com o uso prolongado destes medicamentos. Estes remédios podem prejudicar a tireoide muito mais do que qualquer alimento.
Ao começar a se tratar com algum destes medicamentos, avalie os efeitos colaterais. Aumento de peso, queda de cabelo, mais depressão, bolsas inchadas abaixo dos olhos, podem ser sinais de que o remédio está influenciando na sua tireoide. Cabe avaliar se é possível e se vale a pena interromper o tratamento para preservar o bom funcionamento da tireoide.
Ao avaliar o funcionamento da sua tireoide, tenha certeza que nenhum destes medicamentos está sendo usado. Até pomadas podem alterar os resultados dos exames portanto tente estar, por algum tempo, sem a ingestão de medicamentos para poder avaliar corretamente.
Uma ciência de probabilidades e possibilidades
Vou deixar claro aqui que, em nenhum momento eu digo que quem escova os dentes com pasta com flúor ou quem come alimentos goitrogênicos vai ter problemas de tireoide. A medicina é uma ciência que trabalha com probabilidades.
A certeza que temos é o que os estudos mostram, e eles mostram a possibilidade. Pra algumas pessoas vai acontecer, pra outras não, não serve pra todo mundo justamente pois cada organismo é único.
O fato é que se eu estiver fazendo todas essas situações que prejudicam, existe muito mais chance de ter problemas. Se errar menos, tem menos chances, é assim que funciona para todo mundo.
Fonte:
https://tourlife.com.br/funcionamento-da-tireoide/
As mitocôndrias produzem pregnenolona, o precursor de todos os hormônios esteroides no corpo.
As mitocôndrias produzem pregnenolona, o precursor de todos os hormônios esteroides no corpo.
O processo ocorre da seguinte maneira:
Transporte de Colesterol: O colesterol é transportado para as mitocôndrias
por meio de uma proteína chamada proteína reguladora aguda esteroidogênica (StAR).
Conversão em Pregnenolona: Uma vez dentro das mitocôndrias, o colesterol é
convertido em pregnenolona pela enzima CYP11A1 (também conhecida como enzima
de clivagem da cadeia lateral do colesterol ou P450scc).
Essa reação requer oxigênio molecular e NADPH como cofatores.
Produção Posterior de Hormônios: A pregnenolona então sai das mitocôndrias
e serve como substrato para conversões subsequentes em vários hormônios
esteroides (por exemplo, progesterona, cortisol, testosterona e estrogênio)
no retículo endoplasmático e em outros compartimentos celulares.
As mitocôndrias são essenciais para o primeiro passo na esteroidogênese,
tornando-se centrais na produção de pregnenolona e hormônios esteroides
subsequentes.
A pregnenolona é crucial para a produção de hormônios esteroides,
neuroproteção, neuromodulação, mielinização, neuroplasticidade,
regulação da dor, fertilidade e muito mais.
TIREOIDE.
Os sintomas clássicos das disfunções da tireoide incluem fadiga, intolerância ao frio ou calor, perda ou ganho de peso, constipação, problemas de pele, irregularidades menstruais, mas você sabia que suas dores articulares também podem ser causadas por disfunções da tireoide?
E quais as manifestações reumatológicas associadas?
Problemas reumatológicos causados pelo hipotireoidismo:
Dores articuladas com envolvimento de mãos, pés, punhos e joelhos.
Mialgias
Fraqueza muscular, pode haver aumento da enzima muscular chamada CPK
Neuropatia sensório-motora
Síndrome do túnel do carpo
dores musculoesqueléticas difusas
inchaço nas articulações
fraqueza muscular
formigamento nas mãos
Hipertireoidismo(aumento da função).
dores articulares
fraqueza muscular
inchaço dos dedos das mãos
Por outro lado, a causa mais comum de doença tireoidiana é autoimune(hashimoto e graves), sendo assim, há uma associação com outras enfermidades autoimunes, quem tem uma autoimune tem maior chance de ter outras, especialmente as reumáticas:
Artrite Reumatóide
Síndrome de Sjögren
Lúpus Eritematoso Sistêmico
As dores são reversíveis com o tratamento correto das doenças da tireoide.
O tratamento completo envolve além do remédio, alimentação específica externa para tireoide, que além de ser fundamental para o remédio ter ação correta, induz remissão das autoimunes.
Depressão e Perda da Vitalidade: Um Problema Hormonal.
Depressão e Perda da Vitalidade: Um Problema Hormonal
Você sabia que a testosterona é essencial para manter
a vitalidade e o bom humor nos homens? A partir dos
25 anos, os níveis desse hormônio começam a cair de
1 a 2% ao ano, o que pode impactar negativamente a
saúde física e mental.
Fatores como obesidade, doenças crônicas, sono ruim,
sedentarismo e uso de medicações podem acelerar essa
queda, resultando em sintomas depressivos e
baixa energia.
A deficiência de testosterona está ligada ao aumento
do cortisol, o hormônio do estresse, que pode agravar
ainda mais a ansiedade e a depressão.
Por outro lado, manter níveis adequados de testosterona,
especialmente acima de 700 ng/dL, pode trazer uma série
de benefícios! Além de melhorar a queima de gordura e o
ganho de massa muscular, a reposição de testosterona
pode aumentar a neuroplasticidade no cérebro,
ajudando na regulação do humor e reduzindo os sintomas depressivos.
A testosterona atua suprimindo o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA),
que é frequentemente hiperativo em casos de depressão.
Isso significa menos cortisol e uma resposta ao estresse mais equilibrada.
Com isso, você pode se sentir mais disposto e energizado para enfrentar
o dia a dia!
DIGESTÃO
A digestão é um processo muito massa que envolve vários órgãos, cada um desempenhando funções
específicas para transformar os alimentos em nutrientes e eliminar resíduos.
Vem comigo ver como funciona:
1. Boca (dentes e língua): Tudo começa quando a pizza entra. Os dentes, como trituradores,
mastigam o alimento, enquanto a língua, super animada, mistura tudo com saliva,
que contém a enzima amilase. Essa enzima começa a quebrar os carboidratos.
Aqui, o bolo alimentar é formado, pronto para o próximo passo.
2. Esôfago: O bolo desce pelo esôfago, o “escorregador” da digestão,
graças aos movimentos peristálticos, que empurram o alimento para o estômago.
É o transporte automático do sistema, sem engarrafamentos!
3. Estômago: Agora o alimento cai no tanque ácido,
onde o estômago mistura tudo com suco gástrico,
cheio de ácido clorídrico e enzimas como a pepsina,
que começa a quebrar proteínas.
O bolo alimentar vira uma sopa chamada quimo, que será liberada aos poucos para o intestino delgado.
4. Fígado e vesícula biliar: O fígado é o químico chefe, produzindo a bile,
responsável por emulsificar as gorduras. A vesícula biliar,
como ajudante organizada, guarda a bile e a libera no momento certo, quando o quimo chega ao intestino.
5. Pâncreas: O discreto pâncreas tem um papel essencial.
Ele libera enzimas digestivas (amilase, lipase e proteases) no intestino delgado,
além de bicarbonato, que neutraliza o ácido do quimo.
6. Intestino delgado: Aqui é onde a mágica acontece.
O intestino delgado absorve nutrientes (glicose, aminoácidos, ácidos graxos) com a ajuda das vilosidades.
É o principal local de digestão e absorção.
7. Intestino grosso: No intestino grosso, o excesso de água e sais minerais é reabsorvido,
e as bactérias ajudam a fermentar restos, formando as fezes.
8. Reto: Por fim, o reto armazena as fezes até que sejam eliminadas, fechando o processo.
No fim, tudo vira energia para o corpo e resíduos devidamente descartados!
Essa "linha de produção" do corpo humano é tão eficiente quanto criativa, misturando química, mecânica e biologia em harmonia!
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
AGROTÓXICOS.
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo e isso tem gerado preocupações significativas
quanto à contaminação dos alimentos e aos impactos na saúde.
Os vegetais comprovadamente possuem baixa biodisponibilidade de vitaminas,
e a presença dos antinutrientes somada ao grande volume de agrotóxicos utilizados no país,
tornam o consumo desses alimentos mais prejudicial do que benéfica.
Se você faz questão de consumir frutas e vegetais, pelo menos, dê preferência para os orgânicos.
E lembrando, o alimento mais completo e saudável para o ser humano é carne gorda.
• “Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental:
uma revisão sistemática” destaca que o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos no mundo,
com evidências dos malefícios decorrentes da exposição a essas substâncias.
A revisão, que abrangeu estudos de 2011 a 2017, identificou impactos negativos
tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.
• “Agrotóxicos: os venenos ocultos na nossa mesa” analisa o Programa de Análise de Resíduos
de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) como uma ferramenta crucial para inspeções sanitárias e
para evidenciar o uso excessivo de agrotóxicos no Brasil. O artigo ressalta que, embora o
PARA seja importante, ele não reflete plenamente a real situação dos resíduos nos alimentos
produzidos no país.
• “Resíduos de agrotóxicos em alimentos: uma preocupação ambiental global - Um enfoque às
maçãs” apresenta uma revisão sobre a utilização de agrotóxicos em diversos setores,
fornecendo informações sobre classificações, consumo, persistência e legislações vigentes.
O estudo destaca os principais fatores que motivam pesquisas relacionadas aos resíduos de
agrotóxicos em alimentos, com foco específico nas maçãs.
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
O Perigo do Oxalato nos Alimentos Saudáveis
Certamente você já ouviu falar do oxalato, que pode gerar cálculos renais – em especial de oxalato de cálcio. Além disso, tártaro dentário também pode ser causado pelo mesmo problema.
Estas consequências são de certa forma visíveis e palpáveis, mas há outros efeitos prejudiciais ocultos que são bem mais sérios.
Os oxalatos podem causar inflamação, desequilíbrio mineral, disfunção mitocondrial, comprometimento do tecido conjuntivo, manifestações autoimunes, problemas intestinais e neurológicos.
Na parte cardíaca, pode contribuir para arritmia, insuficiência cardíaca e alteração do endotélio vascular.
Há certos problemas de saúde que não se resolvem com os tratamentos convencionais. Nesses casos, é hora de pensar se na verdade não se trata de toxicidade por oxalato.
Como exemplo temos fibromialgia e doenças autoimunes, como artrite reumatóide e lúpus. Todas podem estar relacionadas aos oxalatos.
Oxalato
São micromoléculas presentes em muitos vegetais, sementes e nozes.
São altamente reativos, ligando-se em minerais de nosso corpo, como o cálcio, e formando cristais solúveis que são facilmente absorvíveis pelo trato digestivo,
especialmente nas situações de intestino poroso ou inflamado.
Com isso, atingem as células tanto do endotélio vascular como de outras estruturas celulares, comprometendo seu metabolismo.
Condições que aumentam sua absorção
Quando o filme de revestimento intestinal está danificado, os fatores que mais potencializam sua absorção são:
– Glifosato e ecologia intestinal
Muito frequente quando se ingere vegetais que não são orgânicos é promover um desequilíbrio entre os micróbios intestinais, causando por si só um estado de inflamação
crônica nos intestinos, que aumentam a absorção de oxalato. Além disso, há aumento do risco de câncer, doença de Crohn, hepatite, esquistossomose, tireoidite, prostatite e a doença do intestino inflamatório.
– Antibióticos e ecologia intestinal
O uso frequente de antibióticos também leva a várias formas de desequilíbrio do microbioma, potencializando a absorção de oxalato.
– Vegetais ricos em fitalatos e lectinas
Pioram a inflamação intestinal, facilitando a absorção do oxalato.
Fontes alimentares de oxalato
Batatas, batata-doce, espinafre, couve flor, acelga e beterraba
Amendoins, feijão preto, trigo sarraceno, quinoa, soja, azeitona e chocolate
Nozes e sementes
Frutas como: carambola (a mais rica), kiwi, peras, goiaba, figos, damasco, amoras e abacates verdes.
Óleos e gorduras, mesmo quando extraídos de plantas, são baixos em oxalatos.
Como desintoxicar o oxalato
A maneira correta é se afastar ou reduzir ao máximo essas fontes alimentares por algum tempo, permitindo que o organismo tenha condição de expulsá-los.
Mas veja, isso não significa que você precise se afastar dos seus smoothies e das suas saladas. Simplesmente não insista em uma combinação monótona,
repetitiva. Procure variar ao máximo os vegetais que usa.
Aliás, isso vale para todas as fontes alimentares, mas deve ser feito lentamente para não ter efeitos desfavoráveis de desintoxicação.
O que enfatizar na dieta
Para ajudar, opte por alimentos que enfraquecem as ligações dos cristais de oxalato, facilitando a sua eliminação, inclusive dos cálculos renais. Para isso inclua:
Suco de limão – ¼ de xicara diluído em água ou no vinagre
Água fresca de coco verde natural
Vinagre de maçã a 6% não filtrado – 02 colheres de sopa em 01 copo de água
Procure consumir gorduras boas em abundância, proteína em moderação, vegetais com pouco oxalato e carboidrato em pequena quantidade.
Suplementos a serem associados
Além dessa atitude de reduzir as fontes alimentares que contenham oxalato, é aconselhável associar certos suplementos:
Cálcio – É muito comum, por mais estranho que pareça, que se suplemente esse mineral, mas o que os estudos mostram é que ele vai ajudar a não se formar cristais de oxalato,
pois nestas dietas há frequentemente uma baixa ingesta desse mineral. A dose recomendada pelos estudos é de 1.000 mg por dia.
Magnésio – Também é indicado, pois ajuda a se ligar como cálcio e enfraquecer as condições de geração de oxalato. Estudos indicam bons resultados com doses de 500 mg por dia.
Potássio – Importante na desintoxicação do oxalato, protegendo a parte cardíaca e vascular. A dose recomendada depende da gravidade do caso, e só o seu médico poderá lhe aconselhar.
Fique de olho, pois mesmo alimentos considerados saudáveis podem esconder alguns riscos. Estar bem informado é sua melhor arma para se prevenir e conquistar uma Supersaúde!
–
Referências bibliográficas:
https://drrondo.com/o-perigo-do-oxalato-nos-alimentos-saudaveis/
Br J Urol, 1979;51:427-431.
American Journal of Kidney Diseases, April 1991;17(4):370-375.
Scanning Microscopy, 1995;9(4):1109-1120
Am J Clin Nutr, 2008; 87(5): 1262-7.
National Kidney Foundation, Kidney Stones
Ann Intern Med. 1997 Apr 1;126(7):497-504.
www.drrondo.com/glifosato-caminho-doenca-moderna/
www.drrondo.com/vinagre-de-maca-solucao-azia-indigestao-refluxo-gastrico/
"Superalimentos Tóxicos:
"Superalimentos Tóxicos:
Como a sobrecarga de oxalato está deixando você doente — e como melhorar", Sally Norton mergulha no paradoxo de como alguns alimentos considerados
benéficos para a saúde podem, na verdade, ser prejudiciais.
O vilão central desta narrativa são os oxalatos, ou ácido oxálico, substâncias presentes em uma variedade de plantas, como leguminosas,
cereais, sementes, nozes, frutas, bagas e ervas.
Os oxalatos são compostos químicos que, em sua forma pura, são conhecidos como ácido oxálico, um agente corrosivo e potencialmente tóxico.
Esta substância, ao se ligar a minerais, forma sais denominados oxalatos.
Um exemplo notório é o oxalato de cálcio, que, ao se acumular no organismo, pode contribuir para a formação de cálculos renais dolorosos.
Além disso, ao contrário de outras toxinas alimentares, os oxalatos são resistentes a métodos de preparação de alimentos como cozimento,
imersão ou fermentação.
Até mesmo a suplementação mineral é insuficiente para neutralizar ou compensar os efeitos negativos acumulados causados pela ingestão de oxalatos.
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