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Contágio

Contágio

                      Mary Baker Eddy

Tudo aquilo que o homem vê, sente ou de que, alguma maneira, toma conhecimento, tem de ser captado por meio da mente, dado que a percepção, a sensação e a consciência pertencem à mente e não à matéria. Levados pela correnteza popular do pensamento mortal, sem questionar a confiabilidade de sua conclusões, nós fazemos o que os outros fazem, acreditamos no que os outros acreditam e dizemos o que os outros dizem. O consentimento geral é contagioso e torna contagiosa a doença.
As pessoas acreditam em doenças infecciosas e contagiosas, e que qualquer um está sujeito a contraí-las, em virtude de determinadas causas predisponentes e excitantes. Esse estado mental nos prepara para contrair qualquer doença, sempre que se apresentem as circunstâncias que, acreditamos, a provocam. Se acreditássemos, com a mesma sinceridade, que a saúde é contagiosa quando em contato com pessoas saudáveis, seríamos contagiados pela maneira como elas se sentem, tão certamente e com melhores resultados, do que quando nos contagiamos com o estado do homem doente.
Se apenas as pessoas acreditassem que o bem é mais contagioso do que o mal, já que Deus é onipresença, quão mais seguro seria o êxito do médico e quão mais garantida a conversão dos pecadores pelo clérigo! E, se apenas o púlpito incentivasse a fé em Deus a esse respeito, a fé na Mente acima de todas as outras influências que regulam a receptividade do corpo, a teologia ensinaria ao homem aquilo que Davi ensinou: "Pois disseste: O Senhor é o meu refúgio, fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda."
Assim, a confiança que a humanidade tem em doenças contagiosas diminuiria de forma maravilhosa, e, na mesma proporção, aumentaria a fé no poder de Deus para curar e salvar a humanidade, até que toda a espécie humana usufruísse de mais saúde, mais santidade, mais felicidade e vida mais longa. Um estado mental cristão e calmo é melhor preventivo contra o contágio do que uma droga ou qualquer outro método sanitário possível; e o "perfeito Amor" que "lança fora o medo" é defesa segura.

 (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883–1896, pp. 228-229).

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