Os ômegas-3 oferecem 230 por cento de retorno sobre o investimento

Um estudo europeu recente revelou que os jovens têm nas mãos uma bala de prata de baixo custo para prevenir o aumento da pressão arterial, se reforçarem o consumo de um nutriente de alta octanagem: os ácidos graxos ômega-3.
O estudo, apresentado nas Sessões Científicas de 2016 da Associação Americana do Coração (American Heart Association's 2016 Scientific Sessions), abordou a medição da quantidade de ácidos graxos ômega-3 presente no sangue de 2.036 adultos jovens e saudáveis.
Quando a pressão arterial de cada um dos indivíduos foi analisada, os cientistas descobriram que aqueles com maior quantidade de omegas-3 no sangue apresentavam a menor pressão arterial sistólica (leitura da pressão arterial superior).
Em contrapartida, os indivíduos com menor quantidade de ômegas-3 no sangue apresentavam a maior pressão arterial diastólica (o número inferior).
Dr. Mark Filipovic, pesquisador da Universidade de Zurique e do Hospital Cantonal de Baden, na Suíça, afirmou que mesmo uma redução de apenas 5 mmHg na pressão arterial poderia reduzir a quantidade de derrames e eventos cardíacos.
Além disso, outro estudo recente indica que menos de 1 grama de gorduras ômega-3 (conhecidas como essenciais porque o corpo precisa delas, mas não as fabrica e, por isso, precisa retirá-las de fontes externas) poderia trazer benefícios para pessoas que já sofrem de hipertensão.
Uma única porção de 3 gramas de salmão selvagem do Alasca fornece essa quantidade. As plantas e as fontes marinhas como peixe, óleo de peixe, algas, linhaça e semente de cânhamo fornecem ômegas-3, mas as fontes vegetais são destituídas de DHA e EPA, entre outros elementos, enquanto o óleo de krill foi considerado a melhor fonte.

Novos testes revelam a influência impressionante que os ômegas-3 podem ter na saúde

O consumo de suplementos de ômega-3 pode aumentar a função muscular em mulheres idosas (ao contrário do placebo de óleo de cártamo, conforme os testes), o que foi demonstrado enquanto os participantes completavam um treino com exercícios de resistência que durou 18 semanas.
O estudo, realizado pelas universidades de Glasgow e Aberdeen, foi publicado na Revista Americana de Nutrição Clínica (American Journal of Clinical Nutrition).
Cada participante do estudo passou por uma medição muscular via ressonância magnética e por testes de função muscular com um dinamômetro, antes e após o início do programa, o que levou ao resultado esperado: Otreino de resistência aumentou a função, o tamanho e a qualidade muscular de todos os indivíduos. Curiosamente, de acordo com a Medical Express:
"Entre os homens que consumiram os suplementos de óleo de peixe não houve ganho extra na função ou no tamanho muscular observado durante o período de intervenção de 18 semanas. No entanto, as mulheres que consumiram o óleo de peixe apresentaram um aumento considerável na função, mas não no tamanho muscular, em comparação com as mulheres do grupo placebo.
Nas mulheres do grupo placebo, o treino com exercícios resultou em um aumento médio de força de 16 por cento. No entanto, quando os exercícios foram combinados com a ingestão de óleo de peixe, esta melhoria aumentou, atingindo uma média de 34 por cento.
"Estas descobertas oferecem informações importantes para compor as orientações nutricionais para idosos, e os formuladores dessas orientações podem pensar em recomendar o consumo dos suplementos de ômega-3 para mulheres idosas, disse o Dr. Stuart Gray, do Instituto de Ciências Médicas e Cardiovasculares da Universidade de Glasgow.

Implicações positivas e abrangentes da melhora na função muscular

As melhorias no tecido muscular estriado poderiam indicar ganho na capacidade de levantar-se da cadeira (ou do toalete), subir escadas e até mesmo reconquistar ou manter a independência pessoal, que é uma das coisas que os idosos mais temem perder.
Os cientistas envolvidos nesse estudo com mulheres idosas enfatizaram dois itens: um, que o aumento da função muscular das mulheres não estava associado ao tamanho do músculo por conta da ingestão de ômega-3. E dois, que a melhoria observada foi na qualidade muscular e não no tamanho do músculo.
A redução das funções dos idosos representa uma queda na qualidade de vida.
Como a percentagem de pessoas que alcança os 65 anos tem projeção para aumentar de 17 por cento atualmente para 23 por cento de 2035, é importantíssimo incentivar as pessoas a desenvolverem estratégias eficientes para manter a saúde muito antes de atingirem essa idade, observou o Dr. Gray no Medical Xpress, acrescentando ainda:
"As descobertas dos benefícios para as mulheres são especialmente importantes, pois elas tendem a viver cerca de quatro anos mais do que os homens e cruzam o "limiar da invalidez", onde perdem sua capacidade funcional 10 anos antes dos homens".

Fosfolipídios: O significado deles para a saúde

No início de 2016, a Empresa Americana de Lecitina (American Lecithin Company), sediada em Connecticut, lançou uma nova linha de fosfolipídios e lecitinas extraídos de girassóis não derivados da soja.
Conhecido tecnicamente como fosfatidilcolina ou PC, a lecitina é uma gordura produzida pelo corpo e usada por todas as células.
Seu conteúdo de gordura o torna escorregadio, impedindo que o colesterol seja absorvido nas células e ajudando a otimizar os níveis de colesterol. Além disso, reverte o endurecimento das artérias,aumentando a saúde cardiovascular. 
Livestrong afirma:
"Como fosfolipídio, as membranas das células precisam da lecitina para funcionar corretamente. Além disso, os fetos em desenvolvimento precisam da lecitina e, por isso, muitos médicos recomendam suplementos de lecitina para gestantes, como parte de um programa vitamínico pré-natal. A lecitina facilita também a entrada de nutrientes nas células existentes".
O que são os fosfolipídios? Eles foram descritos como um conjunto amplo e diverso de componentes orgânicos chamados de "lipídios", as peças fundamentais das membranas celulares. O corpo produz esses componentes, mas alguns alimentos podem aumentar a quantidade.
Durante a digestão, os ácidos graxos conectados ao fosfolipídio formam grupamentos para ajudar a transportar vitaminas, nutrientes e moléculas portadoras de gordura pelo corpo e ajudam na digestão, absorção e utilização, ao mesmo tempo em que apoiam a função hepática e cognitiva, à saúde neural e cardiovascular e à digestão. 

As empresas estão desenvolvendo mais produtos ricos em ômega-3 para beneficiar a saúde cerebral, o controle do cortisol, a atenuação do TDAH, a nutrição esportiva e o controle do estresse, afirmou um dos CEOs.

A lecitina contém colina, que faz bem para o cérebro

A lecitina contém colina, o que a torna boa para a saúde cerebral, especialmente no que diz respeito à memória. A Wellwise explica que o óleo de krill é um suplemento popular de fosfatidil porque a fosfatidilcolina do krill está ligada aos ácidos graxos ômega-3. Na verdade:
"O melhor óleo de krill é o que contém, pelo menos, 40 por cento de fosfolipídios, dos quais normalmente três quartos são fosfatidilcolina (PC). Antes do óleo de krill ser inserido no mercado de suplementos dos Estados Unidos em 2004, a lecitina de soja era o suplemento PC predominante. No entanto, a lecitina de soja desapareceu porque não contém ômega-3.
A presença de ômega-3 como parte conectada da molécula de fosfolipídio é um grande benefício, porque os fosfolipídios do ômega 6 presentes na soja favorecem mais a inflamação. Os fosfolipídios ômega-3 presentes no krill são anti-inflamatórios".
A Neptune Wellness Solutions explica que, além da alimentação balanceada, o óleo de krill:
"[P]ode ser uma fonte excelente de fosfolipídios benéficos. Uma vantagem distinta do óleo de krill é que ele fornece fosfolipídios de ácidos graxos de cadeia longa. Isso significa que os ácidos graxos conectados aos fosfolipídios presentes no óleo de krill contêm EPA e DHA, o que não acontece com os fosfolipídios derivados de fontes vegetais.
… [O] óleo de krill contém ômega-3, os estudos revelaram que os humanos absorvem com mais eficiência esses ácidos graxos essenciais presentes no óleo de krill. O óleo de krill é comp[o]sto por EPA e DHA conectados aos fosfolipídios, o que reflete a estrutura em todas as membranas celulares humanas".
A União Europeia (UE) comunicou recentemente a economia de gastos da área de saúde alcançada por meio da utilização de suplementos de ômega-3 para reduzir eventos relacionados a doenças cardiovasculares (DCV), estimados atualmente em 38,4 milhões de eventos por toda a UE.
O custo total para tratar do problema está estimado em € 1,3 bilhões (ou cerca de $ 1,4 bilhões) ao longo dos próximos cinco anos. Um total de 18 ensaios aleatórios controlados foram examinados para descobrir a "relação entre a utilização do EPA+DHA do ômega-3 e a ocorrência dos eventos de DCV".
Os cientistas relataram que o risco relativo entre adultos de 55 anos e mais velhos (24 por cento da população) cai em 4,9 por cento dado o uso de 1.000 miligramas de suplementos de EPA+DHA do ômega-3 diariamente.
Além disso, a taxa de custo/benefício dos gastos por € 1 (US$ 1,04) atribuídos às DCV evitadas, despendidos em ômega-3, caiu para € 2,29 (US$ 2,38). Ou seja, para cada US$ 1 gasto em suplementos de ômega-3, os custos com a saúde relacionados às doenças cardíacas caíram em US$ 2,30, um retorno do investimento de 230 por cento.

Práticas sustentáveis de pesca do krill

A Aker BioMarine, a indústria que processa o meu Antarctic Krill Oil (óleo de krill da Antártida), dedica-se à pesca sustentável do krill e ao desenvolvimento de produtos biotecnológicos derivados do krill.
Como ela controla toda a cadeia de fornecimento do início ao fim do processo, a empresa se orgulha de conseguir rastrear todos os seus produtos desde o local exato da captura.
A escassez de ácidos graxos ômega-3 de base marinha é uma preocupação para a saúde devido ao maior risco de doenças crônicas em todo o mundo, até mesmo nos países desenvolvidos. No entanto, a quantidade de ômegas-3 de origem marinha que realmente recebemos pode agora ser medida pelo Teste do índice de ômega-3.
De acordo com a Aker Biomarine, baixos níveis de EPA e DHA têm uma conexão direta com a morte súbita por problemas cardíacos e, por isso, os pesquisadores examinaram o óleo de krill para ver se ele é uma boa fonte.
"Os resultados revelaram que o óleo de krill é a escolha ideal para aumentar o índice de ômega-3 porque os ômegas-3 presentes nele estão conectados aos fosfolipídios, aumentando a absorção celular e transportando EPA e DHA para o sangue com maior eficiência.
Por exemplo, as pessoas que ingeriram 4 gramas de óleo de krill por dia apresentaram um aumento no índice de ômega-3 em 2,7 pontos percentuais, de 3,7 a 6,4 por cento".
É necessário observar que, para a maioria das pessoas que consumem a alimentação americana típica, a ingestão de ácidos graxos ômega-3 é baixa e, na verdade, contém cerca de 10 vezes mais de ácidos graxos ômega-6 alimentares, um desequilíbrio possivelmente perigoso e muito insalubre.

Doações e prêmios para a prática da pesca sustentável

O Conselho de Administração Marinha (Marine Stewardship Council — MSC), uma organização internacional, não governamental e sem fins lucrativos, fundada para abordar a pesca desenfreada e insustentável e assegurar o abastecimento de frutos do mar no futuro, faz uso de um programa de certificação para premiar as empresas que mantêm práticas de pesca sustentáveis.
A Aker BioMarine ganhou classificação "A" por sua Visão Geral Sustentável sobre as Indústrias de Beneficiamento de Pescado de 2015 (2015 Reduction Fisheries Sustainable Overview) da Sustainable Fisheries Partnership, que observou que apenas 2 por cento do volume total capturado pelas indústrias de beneficiamento de pescado (que produzem farinha e óleo de peixe) vêm dos estoques em condições "muito boas".
Marte Haabeth Grindaker, o diretor de sustentabilidade da empresa, afirmou que:
"As classificações gerais desse relatório provam que são necessárias novas melhorias no controle dos oceanos em todo o mundo, especialmente no que diz respeito a padrões mais elevados e mais pesquisa... Como o krill tem grande importância na cadeia alimentar, o impacto no ecossistema mais amplo tem sido uma grande prioridade na gestão de nossa sustentabilidade".
O Conselho de Administração Marinha diz que a Aker BioMarine aprimorou a coleta de dados e abordou uma maior compreensão do impacto que a captura do krill tem sobre os peixes jovens, e suas medidas para reduzir o risco de esgotamento localizado do krill, um dos estoques marinhos mais subexplorados no mundo. 
Empreendimentos conjuntos com cientistas ambientais do Fundo de Pesquisa de Vida Selvagem da Antártida (Antarctic Wildlife Research Fund) optaram por financiar dois projetos que abordariam aspectos que solucionassem as incertezas que envolvem o fluxo de krill e como administrar a pesca do krill, mantendo as operações do ecossistema marinho da Antártida viáveis e economicamente eficientes. 
Como os oceanos cobrem 90 por cento do planeta, os especialistas acreditam que a sustentabilidade no futuro dependerá de mais oportunidades de coleta dessa fonte e que fazer isso de forma inteligente e responsável é a melhor opção para sobreviver com saúde e abundância.

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