A DIFERENÇA entre VACINAS ANTIGAS e VACINAS CONTEMPORÂNEAS..
A DIFERENÇA entre VACINAS ANTIGAS e VACINAS CONTEMPORÂNEAS...
Havendo como há uma falta generalizada de informação sobre tão importante temática, o que considero censurável e absolutamente incoerente, inicio por dizer que, a primeira tecnologia de vacina descrita na literatura foi a da varíola, precisamente em 1796, que envolveu a utilização do vírus da varíola bovina (CowPox) para prevenção da varíola humana (SmallPox). Era o exemplo de um vírus que causava uma infeção branda, mas suficiente para proteger contra a enfermidade mais grave. Este tipo de descoberta consagrou a utilização de uma forma atenuada do vírus manipulado em laboratório de modo a perder a sua capacidade de causar a moléstia, mas ainda eficaz ao gerar uma resposta do sistema imunológico. Esta tecnologia é utilizada até hoje na vacina Sabin, contra a poliomielite, nas vacinas contra o sarampo, a rubéola, a febre amarela e a de viroses por rotavírus. A propósito, lembro que a BCG é um exemplo de vacina atenuada contra uma doença bacteriana, a tuberculose. Hoje, e para advertir, ainda não incluímos vacina contra a covid-19 produzida desta forma, infelizmente!
Neste momento, surgem novas tecnologias usando o ADN (ácido desoxirribonucleico) recombinante (sequência de ADN artificial que resulta da combinação de diferentes sequências de ADNs), sendo uma descoberta do final da década de 1970, pelo que esta tecnologia foi avançando com a ciência. E para que aqui fique dito em poucas palavras o que exigiu décadas de pesquisas secretas, hoje é possível retirar fragmentos da informação genética (ADN ou RNA) de células, bactérias ou vírus para inseri-los numa segunda célula, bactéria ou vírus nos quais é estimulado a produção de uma proteína codificada pela informação genética transferida. Convirá a propósito lembrar, que a primeira proteína humana produzida por meio da tecnologia recombinante para utilização como medicamento foi a Interferona Alfa (devidamente estudada e ensaiada) para o tratamento de leucemia. Desde então, essa tecnologia espalhou-se e, hoje em dia, está presente no nosso dia a dia com enorme impulso na qualidade de vida, permitindo o desenvolvimento de medicamentos, alimentos, etc. Portanto, várias vacinas actualmente disponíveis são produzidas dessa forma, incluindo quatro contra a Covid-19, que usam o RNA do vírus Sars-CoV-2!
É sabido, que em média a concepção de uma vacina leva de 10 a 12 anos. No caso da Covid-19, cientistas trabalham sob pressão máxima para reduzir esse prazo. Apesar da pressa, tanto os eventuais fabricantes quanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) têm enfatizado que não deve haver concessões em relação à segurança. Para a fase clínica, as equipes de pesquisa contam com uma duração média de 16 meses. Contudo, isso é apenas o começo, pois não só essa fase deve ser concluída com sucesso: após a aprovação e produção segue-se a Fase 4, em que os pesquisadores observam os pacientes vacinados. A propósito, e julgo importante o que irei de seguida explicar, nas vacinas de RNA em vez de envolver uma parte "verdadeira" do vírus, os cientistas injectam o seu “ácido ribonucleico” nas células, que passam a produzir cópias de apenas uma proteína viral. Embora sem ter tido contato com o agente patogénico completo, esperar-se-á que o organismo aprenderá a reconhecer esse componente atípico desenvolvendo com isso uma reação de defesa. Por sua vez, nas vacinas baseadas no ADN, o material genético do vírus é administrado aos pacientes para que o próprio corpo humano comece a produzir partículas de vírus sem ser infectado. Assim, usando essas partículas de vírus auto-produzidas o sistema imunológico deverá aprender a reconhecer e a combater o vírus real!
Não posso nem devo terminar este texto baseado na mais pura ciência sobre as grandes diferenças entre Vacinas Antigas e Modernas, sem alertar para o seguinte: a Agência Europeia de Medicamentos emitiu há dias duas recomendações sobre eventuais novos efeitos secundários das vacinas que estão a ser administradas contra a Covid-19, nomeadamente as que utilizam a tecnologia mRNA (Pfizer e Moderna) e a da Johnson&Johnson. Segundo a EMA, há uma possível ligação entre a inflamação rara do coração e as vacinas da Pfizer e Moderna e aconselhou as pessoas com um histórico de uma doença rara do sangue a evitar a injeção de J&J. As doenças cardíacas, miocardite e pericardite, devem ser listadas como possíveis efeitos secundários das duas vacinas de mRNA, diz o comité de segurança da Agência Europeia de Medicamentos. Esses casos ocorreram sobretudo 14 dias após a vacinação, mais frequentemente após a segunda dose e, em homens adultos mais jovens, disse a EMA, o que está de acordo com as conclusões das autoridades de saúde dos EUA divulgadas no mês passado. O painel da EMA também recomendou que as pessoas com histórico de síndrome de transudação capilar (CLS) não sejam vacinadas com o medicamento de dose única da J&J. Já o mesmo aconteceu com a AstraZeneca em Junho, recomendação adoptada em Portugal. De facto, as vacinas AstraZeneca e J&J usam diferentes versões de um vírus da gripe que vão fornecer instruções para a produção de proteínas do novo coronavírus para ser produzida uma resposta imunitária!
Espero ter sido útil uma vez mais!
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