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O RELACIONAMENTO sob o olhar sistêmico

O RELACIONAMENTO sob o olhar sistêmico No homem falta a mulher e na mulher o homem, simplificando uma das primeiras explicações de Bert Hellinger sobre as ordens do amor na relação entre homem e mulher. “Faz parte, em primeiro lugar, das ordens do amor entre o homem e a mulher, que o homem queira a mulher como mulher e que a mulher queira o homem como homem. Portanto, se numa relação conjugal o homem ou a mulher se querem principalmente por outras razões – por exemplo, para a diversão ou sustento, ou porque o outro é rico ou pobre, culto ou iletrado, católico ou evangélico, ou porque o quer conquistar, proteger, melhorar ou salvar, ou ainda porque querem o outro, como se diz com belas palavras, como pai ou mãe dos próprios filhos - , então a casa foi construída sobre a areia e dentro da maçã já se encontra o verme”, diz Bert no livro “ O amor do espírito”. Muitas vezes, portanto, o casamento que resulta em divórcio não encontrou problemas ao longo da convivência, ele simplesmente nasceu morto, como se diz popularmente. O que, efetivamente, você buscou no seu parceiro/a ao casar-se? Digo sempre sobre o que esperamos do outro, sobre saber olhar com leveza nossa relação, tomar somente o que nos é dado, e querer o que ele consegue dar. Senão não dá. Nos iludimos e nos refugiamos em uma relação vazia, um casal de um só membro. Outra questão importante é se a relação atual é a segunda ou terceira de um ou dos dois elementos desse casal. Porque é importante reconhecer e honrar o vínculo anterior como tendo precedência sobre o novo vínculo, e, ainda, ter consciência que o vínculo atual não será como o da primeira relação. Sem esse movimento de honra e reconhecimento, o ciúme muitas vezes se instala, tornando instável o relacionamento. “O homem só é importante para a mulher quando é e permanece homem, assim como a mulher só é importante para o homem quando é e permanece mulher”. Eles desejam o que não desenvolverão em si; quando tem as características do outro sexo, frequentemente vivem sós. E se bastam. O amor entre o casal envolve uma renúncia inicial, lá na infância, quando ambos precisam renunciar aos pais do sexo oposto, seus primeiros amores. Se permanecem nessa esfera, tornam-se eternos adolescentes, o filho é o queridinho das mulheres, mas não um homem, e a filha é a namoradinha dos homens, mas não uma mulher. “Quando o filho permanece na esfera da mãe, o feminino inunda a sua alma, impedindo-o de tomar a masculinidade que vem de seu pai. E quando a filha permanece na esfera do pai, o masculino inunda sua alma, impedindo-a de tomar a feminilidade que vem de sua mãe. O resultado é a pouca compreensão do sexo oposto. Já falamos sobre a importância do equilíbrio de troca, que é importante que ambos precisem e concedam, com respeito e amor, o que o outro necessita. Não dá pra buscar no parceiro o amor incondicional que esperamos dos pais. Transferir para o casal uma ordem que deve existir entre pais e filhos é uma injustiça com o parceiro/a. Aliás, não só querer amor incondicional, como se sentir na posição de educador, só empurra a outra parte para fora do relacionamento, em busca de alívio e compensação. É preciso reconhecer o outro como igual. Doar além da igualmente, como um pai ou uma mãe, torna pesado a compensação. Um exemplo ótimo é a formação quando custeada por um dos parceiros. É um ato que leva a um agradecimento, mas além disso, a relação só se reequilibra quando o outro compensar aquele que doou plenamente, tanto pelas despesas quanto pelo esforço. Relacionar-se é aprender diariamente. É querer conduzir a vida ao lado de outra pessoa, sabendo que nem sempre será bom, nem sempre será leve e que a felicidade precisa ser uma construção. A decisão de seguir adiante, cabe a cada um!

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